Em palestra no Ceará, Guedes defendeu imposto sobre movimentações financeiras

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Ministro Paulo Guedes defendeu o retorno da CPMF e disse que arrecadação tem "base estável"
Para ele, imposto tem ‘base estável’
E pode arrecadar até R$ 150 bilhões
Ministro Paulo Guedes defendeu o retorno da CPMF e disse que arrecadação tem “base estável”

12.set.2019 (quinta-feira) – 18h07
atualizado: 13.set.2019 (sexta-feira) – 7h21

O ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu a adoção do imposto nos moldes da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) em seminário promovido pelo Poder360, em parceria com o Sistema Jangadeiro, na última 5ª feira (5.set.2019) em Fortaleza.
De acordo com o ministro, a pauta sobre a volta do imposto seria discutida no 2º semestre e caberia à sociedade escolher.
O que você prefere: 20% de encargo trabalhista? Ou pagar 10%, 13% de encargo e pagar 1 ‘zero merrequel’?”, disse no seminário “A Nova Economia do Brasil – o impacto para a região Nordeste”.
Assista ao momento da fala (2min24seg):

Guedes afirmou que na época em que o imposto foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso economistas o apoiaram, mas, segundo eel, depois que o PT ficou no poder e acabou com a taxação, a maioria ficou contra.
Eu não estou nem aí para isso. Eu quero é saber se é uma base estável de transação“, afirmou o ministro.
Guedes disse ainda que essa “base estável” pode arrecadar até R$ 150 bilhões e criar ao menos 5 milhões de empregos, porque, segundo ele, reduz o encargo trabalhista.
Na época em que o Fernando Henrique criou esse imposto era temporário, mas arrecadou de tal forma, tão bem e tão estável, que ele ficou durante 12, 13 anos. Porque ele arrecada mesmo e não teve vazão no tempo de intermediação“, disse.
O ministro afirmou que essa seria uma forma de abarcar, por exemplo, empresas como Netflix e Uber. “Não tem jeito de pegar esses caras que não seja na transação“, disse.
Nessa 5ª feira (11.set.2019), o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, pediu demissão do comando do Fisco, que, segundo o presidente Jair Bolsonaro, foi por “divergências” sobre a reforma tributária.
Cintra era defensor da recriação de imposto sobre pagamentos, e Bolsonaro afirmou que a recriação da CPMF ou aumento da carga tributária estão fora da reforma tributária.
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