Fenep e CNE defendem ensino presencial e discutem novas possibilidades com a educação híbrida

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Fenep e CNE defendem ensino presencial e discutem novas possibilidades com a educação híbrida

Temas foram tratados na primeira live deste ano, promovida pela Federação, no dia 07/02

Por Assessoria de Comunicação FENEP

A Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) abriu a programação de lives deste ano, na noite da segunda-feira, (07/02), com uma conversa sobre a importância do ensino presencial, nessa volta às aulas, e as possibilidades de aperfeiçoamento pedagógico a partir da educação híbrida. O evento contou com a participação da conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE), Suely Menezes, da vice-presidente da FENEP e também conselheira do CNE, Amábile Pacios, e do diretor da FENEP e Coordenador do Colégio de Assessores Pedagógicos da Escola Particular (CAPEP), Pedro Flexa Ribeiro. A live foi transmitida pelo canal do Youtube da entidade.

Na abertura do encontro, o diretor da Fenep, Pedro Flexa Ribeiro, lembrou que as escolas de todo o país estão vivendo um momento especial com o início do ano letivo de forma presencial. “Dois anos atrás, nos vimos quase que “despejados” de nossos endereços físicos e tivemos que colocar a escola no ar, de forma inusitada. Mas, se a escolaridade e os vínculos com o aprender puderam ser mantidos, foi graças ao esforço heroico dos professores”, relembrou, destacando, também, a importante conduta do Conselho Nacional de Educação nesse período.

Ao lembrar os dois últimos anos, Suely, que também é presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, considerou que as escolas fecharam por muito tempo durante a pandemia. “Tivemos escolas fechadas por mais de 200 dias letivos. Se olharmos para outros países, por exemplo, a China, ficou três meses fechada. No Chile, aqui perto, também não passou de três meses. Nossos prejuízos são incalculáveis, os números são assustadores do tempo que levaremos para recuperar tudo isso. As perdas foram pedagógicas, emocionais e sociais”, salientou a educadora. Diante da nova variante Ômicron, ela destacou que o CNE está recomendando às redes de ensino um esforço para garantir o retorno às aulas presenciais, para não aumentar os prejuízos junto aos estudantes, que já são enormes. “Consideramos que devem existir protocolos sanitários para garantir a segurança de todos, assim como metodologias inovadoras de ensino que permitam que, quando o aluno estiver em risco de contágio ou infectado, tenha acesso ao currículo, de casa”, salientou.

Para Suely, o grande desafio das escolas, neste momento, é aproveitar o conhecimento obtido com o uso da tecnologia para melhorar e recuperar o aprendizado. “A pandemia nos ensinou que podemos ser tecnológicos. Mas não podemos repetir o modelo adotado até o ano passado. As escolas têm a liberdade de inovar e trazer o mundo de conectividade para dentro do seu ambiente, sem amarras e normas rígidas”, destacou. A educadora alertou para prática ilegal que está ocorrendo em algumas instituições, em que está sendo mantido o modelo de ensino emergencial utilizado nos dois últimos anos. “Não podemos permitir soluções ilegais como oferta de aulas remotas, com carga horária reduzida e adoção de mensalidades que ferem a ética de mercado. A escola brasileira é, por lei presencial, aluno só não vai para a escola se estiver doente”, defendeu.

A também conselheira do CNE e dirigente da Fenep, Amábile Pacios, lembrou que, em caso de aluno com atestado médico, a escola pode utilizar o atendimento domiciliar, recorrendo à tecnologia para atender o estudante, mas somente no período em que ele não puder comparecer à aula. “Temos que defender e lutar pelo ensino presencial, em todas as modalidades, e de forma honesta. Não existe credenciamento de outra forma, é ensino presencial. Aprender é um ato social, precisamos de todos na escola”, reiterou.

Suely explicou, ainda, porque o ensino híbrido não pode ser considerado uma modalidade de ensino: “a educação híbrida propõe metodologias variadas e inovadoras usando recursos e procedimentos, não apenas virtuais, mas também virtuais, que enriqueçam e ampliem a qualidade do processo do ensino presencial. Ela não é uma modalidade de ensino, isso é outra coisa. Modalidade de ensino é um modo de atender um público específico, como no caso da EAD”. A educadora adiantou que o CNE está finalizando o documento com as diretrizes da educação híbrida, que deverá ser publicado em dois meses.

Para o dirigente da Fenep, Pedro Flexa Ribeiro, o desafio, nesse novo ano letivo, é de cada escola construir, à luz do seu projeto educativo, a sua versão de metodologia híbrida. “Isso poderá ser feito a partir de um fluxo mais orgânico de alternância entre aulas presenciais e aulas assíncronas. É o que podemos esperar de bom para 2022, buscando resgatar as experiências produtivas do período do ensino remoto”, defendeu o professor.

Clique aqui e confira a live na íntegra! (https://www.youtube.com/channel/UC-NM5kidEMr7GrZb3BLUdag)

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