Resolução permite o ajuste máximo de preços de 10,89%; especialista comenta principais alternativas para população de baixa renda, como pesquisa e iniciativa privada
“Os serviços possibilitam remédios e profissionais de saúde para tratar casos de baixa complexidade que, estatisticamente, são os mais frequentes” O reajuste de 10,89% no preço dos medicamentos para o ano de 2022, autorizado pelo governo federal por meio de publicação no DOU (Diário Oficial da União) no início de abril, pode representar um impacto para o orçamento dos brasileiros de baixa renda.
A alta nos preços dos medicamentos foi antecipada pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) e se tornou oficial por meio da assinatura de Romilson de Almeida Volotão, secretário-executivo da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão interministerial responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil.
De acordo com o Sindusfarma, o reajuste não deverá ser imediato, considerando pontos como a concorrência entre as empresas do mercado, que oferecem medicamentos com o mesmo princípio ativo de vários fabricantes.
Para Richard Crivelari, CEO do MEDIK, empresa de benefício de assistência à saúde, considerando o momento de crise econômica e vulnerabilidade social, o peso dos gastos com saúde no orçamento familiar pode chegar a 30% para as famílias com pequeno orçamento familiar. “Outros itens essenciais acabam sendo afetados, como moradia, alimentação e educação para que esses brasileiros continuem seus tratamentos”.
O especialista articula que, apesar de a Farmácia Popular, programa de subsídio do governo, distribuir medicamentos gratuitos ou com 90% de desconto, a lista pode ser considerada restrita para a diversidade de linhas de tratamento que incorporam o hábito prescritivo dos médicos e as atualizações constantes por tratamentos inovadores, que reduzem o risco para o paciente.
“Neste cenário, o pior que pode ocorrer é o abandono do tratamento. Que é algo muito mais comum do que imaginamos”, diz o profissional.
Pesquisa e ajuda de empresas ganham destaque
De acordo com Crivelari, para driblar os efeitos do reajuste, muitos brasileiros recorrem a pesquisas em farmácias. O e-commerce, inclusive, facilitou esse processo de pesquisa por medicamentos mais em conta e cresceu com a pandemia. “Muitas empresas passaram a pagar remédios para seus funcionários, contratando serviços de benefícios de assistência saúde com cobertura de médicos e medicamentos, em um modelo parecido com o de planos de saúde e de odontologia, onde é cobrada uma mensalidade fixa para todos os colaboradores, e o medicamento sai até de graça nas farmácias”.
Segundo o CEO da MEDIK, outra alternativa é procurar planos ou serviços de assistência à saúde que cobrem medicamentos de farmácia. “São poucos ainda no Brasil, mas já vemos avanços significativos, onde algumas operadoras investem no medicamento para redução de outros gastos como internações”, diz. “Infelizmente só 25% da população brasileira tem acesso a planos de saúde, e o restante depende exclusivamente do SUS, com uma lista de medicamentos que, muitas vezes, não consegue desonerar o orçamento familiar, colocando milhões de brasileiros em risco de vida”, completa.
Serviços de assistência à saúde são opção
Crivelari destaca que os serviços de assistência à saúde de baixo custo da iniciativa privada são uma alternativa, pois oferecem acesso rápido e seguro a médicos. “Os serviços possibilitam remédios e profissionais de saúde para tratar casos de baixa complexidade que, estatisticamente – e, felizmente -, são os mais frequentes na vida de uma pessoa”.
Tendo a tecnologia e inovação como aliados, acrescenta, alguns serviços possibilitam que o paciente tenha acesso a um médico 24 horas por dia, 7 dias por semana, através de telemedicina, além de outros profissionais, como psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos.
“Algumas iniciativas oferecem medicamentos cobertos, sem custo adicional, em uma rede de farmácias credenciadas”, pontua. “Este conjunto de serviços coordenados apresenta uma resolutividade média de 60% dos atendimentos”.
O especialista conta que os serviços de assistência à saúde têm sido adotados por PMEs (Pequenas e Médias Empresas) que buscam por um benefício acessível e que atenda às necessidades dos colaboradores, reduzindo faltas e atrasos, aumentando o engajamento e diminuindo a rotatividade (turnover) e presenteísmo – quando um profissional está “de corpo presente” com baixa produtividade. “Alguns serviços disponíveis no mercado não têm carência ou variação de preço conforme a idade e oferecem contratação descomplicada”.
Para concluir, Crivelari esclarece que os serviços de assistência à saúde diferem dos tradicionais cartões de desconto. “Na assistência à saúde de baixo custo, via de regra, o acesso a profissionais é ilimitado, não envolve coparticipação financeira no momento do atendimento e, na maioria dos pacotes, os remédios estão inclusos”.
Para mais informações, basta acessar: https://www.medik.com.br/
Fonte: Assessoria da Medik