Na última reunião de diretoria realizada no último dia 27, a Cebrasse abriu o processo eleitoral para a votação da sua nova diretoria. As chapas poderão se inscrever até o dia 20 de novembro. E após 30 dias haverá a eleição. “Recentemente havíamos decidido prorrogar o mandato da chapa completa da atual gestão em razão da pandemia e também por não haver outra chapa. Decidimos que seria feita uma aclamação, que seria levada ao cartório. O cartório não fez oposição, mas decidiu, entretanto, que desse seguimento ao processo eleitoral, e não uma mera aclamação”, explicou o presidente da Cebrasse João Diniz.
O presidente da entidade destacou ainda que vai trabalhar para que no próximo triênio haja uma nova liderança para que nova liderança oxigene a Cebrasse com um novo rumo.
Diniz destacou que à frente da Cebrasse tem se empenhado para que o setor de serviços se torne protagonista nas pautas econômicas, a exemplo do que foi na reforma tributária, por exemplo. APEC 110 estava pra ser aprovada e nós conseguimos impedir. Foi muito emocionante ver na reunião com os senadores, a maioria com as pastinhas da Cebrasse, com nosso subsídio que explicava porque a PEC 110 era prejudicial para o emprego no Brasil. Explicamos para o parlamentares que ela foi feita simplesmente com direcionamento da indústria e financeiro e que a conta seria transferida para o setor de serviços que é o maior empregador”, explicou João Diniz.
O presidente do Sindeprestem Vander Morales lembrou que com a vitória do presidente Lula, a Senadora Simone Tebet quer trazer de volta a PEC 110. “Além disso, a revisão da reforma trabalhista vai demandar muita energia para defender as conquistas que tivemos nos últimos anos”, disse.
O presidente da Cebrasse explicou ainda que outra pauta que tem sido tratada como prioritária é a do menor aprendiz. “O setor de mão de obra terceirizada intensiva não tem como cumprir a cota do aprendizado no formato que ela foi feita. Esse não é um tópico novo, é da época da ditadura do Getúlio Vargas. É muito bem-vinda, como a ideia do primeiro emprego, como forma de treinar os jovens, entretanto o cumprimento de uma cota de 15% a torna inviável. Estamos com algumas soluções, como uma cota no setor administrativo, ou então substituir o aprendizado pelo primeiro emprego, com uma idade mais avançada, que ficaria muito mais fácil de nós cumprirmos essa cota. Nós estamos com uma iniciativa de que seja os 14 aos 28 anos”, disse.
Vander lembrou que uma empresa anunciou no LinkedIn a contestação de profissionais de limpeza com deficiência e foi massacrada nas redes sociais. “A dificuldade de certos setores de cumprir a cota é muito grande. A empresa só queria cumprir a lei. Isso mostra o tamanho do nosso desafio”, observou.
Diniz explicou ainda que outra ação que a Cebrasse tem focado é a publicação de estudos que são bastante utilizados pela imprensa nacional. Os estudos são elaborado pelo vice-presidente Jorge Segeti e também por professores da FGV. O último deles foi que o impacto da empregabilidade da Cebrasse, com 9,1 milhões de empregos, que representam 23% da mão de obra ativa do país. “O que nos dá segurança tanto para argumentarmos frente aos órgãos governamentais, de comunicação, e outra coisa que a Cebrasse avançou bastante foi a parte de Comunicação”, explicou Diniz.
Percival Maricato lembrou ainda que no passado, a Cebrasse iniciou a guerra na Justiça do Trabalho. “Todo mundo tinha medo de brigar com juízes e nós fomos lá e apontamos as aberrações e os absurdos. A Justiça do Trabalho atrapalha o crescimento das empresas e do emprego. Por isso temos que lutar para reduzir o seu poder”, defendeu.
O Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Urubatan Estevam Romero elogiou o trabalho que foi desenvolvido pelo presidente da Cebrasse. “Parabéns pela dedicação e pela luta. Você tem creditado um tempo grande da sua vida, da sua família, e nós temos que reverenciá-lo por isso”, disse.