São Paulo, 21 de Março de 2017 | |||||||||
Em SP, setor de Serviços recebe relator da reforma trabalhista
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Unida em propósitos, diretoria Cebrasse |
De acordo com o anfitrião do encontro, Vander Morales, a agenda com Rogério Marinho foi sucesso resultante da união de propósitos da federação nacional e do sindicato que preside e também do SEAC-SP e outros diversos associados à Cebrasse. “Tivemos oportunidade de debater ideias e apresentar sugestões para que o deputado relator possa formular da melhora maneira possível um relatório final que contemple aspectos imprescindíveis ao empreendedorismo do setor que mais gera emprego e compõe cerca de tem 70% do PIB. O empresário avaliou que a coesão entre empresários dos mais diversos segmentos presentes numa agenda tão reivindicada pelos Serviços insere suas entidades em outro patamar junto ao Poder Público, na questão da efetiva representatividade da prestação de serviços. “Tenho convicção de que subimos alguns degraus nesse sentido, em razão de o relator ter vindo ao nosso encontro. Uma demonstração de reconhecimento da força da nossa atividade produtiva”. Quanto à Terceirização e à possibilidade de fusão dos dois projetos para a regulamentação da atividade, Morales alertou que “as coisas mudam muito a toda hora, e nossa recomendação é que o setor permaneça mobilizado e atento a qualquer mudança que o possa prejudicar”. Ao comentar eventual aprovação do PL 4.330/2004-PLC 30/2016 em detrimento do PL 4.302/1998 que tem apoio do mercado, ambos em fase terminativa, Vander Morales destacou que o próprio deputado Rogério Marinho acabara de dizer que, embora nunca tenha visto aprovação de dois PLs relativos à mesma matéria, “o inusitado poderá acontecer”. Sendo assim, caberá ao próprio presidente da República a sanção e vetos daquilo que considere não ser bom para o país observou o dirigente empresarial. O presidente da Cebrasse, João Diniz, declarou que “a agenda com Marinho superou todas as expectativas em razão de o parlamentar, uma autoridade desse porte com a incumbência de relator, ficar três horas respondendo a perguntas dos empresários e abordando todo o leque de temas de interesse do setor, para mim, foi excepcional”. Sobre a regulamentação da terceirização, afirmou que “a prevalecer a posição do deputado quanto ao Executivo e Legislativo abandonarem o PLC 30/2015 e adotarem o PL 4.302/1998”, a situação é tranquila, porque a assertiva do governo federal será o melhor dos universos para os apelos e anseios dos segmentos dos de serviços. Destacou não ter observado essa posição durante encontros recentes com os senadores Eunício Oliveira e Romero Juca em Brasília. Supondo que partes do PLC 30 do Senado despontem de alguma maneira na questão, Diniz afirmou que a Cebrasse tem condições de continuar na batalha pelos interesses de seus associados. Para o presidente da Cebrasse, era melhor projeto do Executivo encaminhado em 1998 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, mas, se for a versão do PL 4.330, saída da Câmara, a atividade poderá realmente ter pela frente pontos a ser negociados e implantados. “Portanto, é mesmo o PL 4.302 que mais interessa a todas as atividades produtivas e à economia brasileira, porque incrementará o emprego e a arrecadação do governo. “Como a política é dinâmica, pode ser que mude, e vou lamentar muito porque acho que isso é uma aberração jurídica”, concluiu. Nos diálogos com o deputado Rogério Marinho, Rui Monteiro, presidente do SEAC-SP e do Conselho Deliberativo da Central Brasileira do Setor de Serviços – Cebrasse, também salientou a importância do acordado diretamente entre trabalhadores e empresários nas convenções coletivas, desde que não haja perdas para as duas partes que conhecem profundamente os seus problemas. “Por que deixar o poder Judiciário decidir?”, questionou, se o país pode ter uma lei que dê segurança jurídica e não permita erros de interpretação. “Penso que deveríamos deixar na lei só aquilo que não pode ser negociado, não o contrário, como as normas de segurança e saúde do trabalhador, por exemplo, que aliás já constam do projeto”, concluiu Lima, ressaltando “não ser mais possível que o país continue tratando seu trabalhadores como imbecis, porque, como disse aqui o ministro Almir Pazzianotto, não há mais hipossuficiência no trabalhador brasileiro, a considerar o nível exacerbado de informação e a extraordinária quantidade de sindicatos existentes”. Das questões tratadas com o relator da reforma, o vice- presidente Executivo da Cebrasse, Percival Maricato, destacou a prescrição intercorrente. A prescrição se dá num direito que se extingue por não ter sido exercido por muitos anos, “algo relevante porque as relações na sociedade têm que ter segurança jurídica, mas não podem ser seguranças eternas”. Em caso assim, explicou, a extinção não é somente do direito, mas também da obrigação da pessoa – algo que incide sobre todos os direitos do cidadão, exceto na Justiça do Trabalho. “Portanto, pode ser que daqui a 50 anos alguém desarquive um processo; e o neto de um trabalhador entre com ação contra o neto do empresário, que nem sabia da existência de uma empresa do avô, que deixou de pagar alguma coisa. E o cobrado estará devendo uma fortuna porque, ao longo dessas cinco décadas, qualquer valor próximo a R$ 100 terá virado dezenas de milhares de reais”, previu Maricato. O advogado sugeriu ao deputado Rogério Marinho uma lei que elimine a situação de hereditariedade de dívida trabalhista porque alguém decidiu desarquivar uma ação.
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Comissão deve analisar reforma trabalhista em abrillO relator da reforma trabalhista disse que deve apresentar em meados de abril o texto final à comissão especial da Câmara. Assista aqui a íntegra da reportagemAgência Estado – 16/03/2017 Marinho: é impossível que reforma trabalhista termine como o Executivo mandouSão Paulo, 16 – O relator da reforma trabalhista na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN) afirmou que espera que o presidente Michel Temer (PMDB) sancione o projeto até o fim de junho, antes do recesso parlamentar, mas afirmou que é impossível o texto terminar a tramitação na Casa e no Senado como o Executivo mandou. "Apesar de o relator ter uma certa força, ele não é dono do projeto. Será certamente modificado, faz parte do processo legislativo", disse o deputado. Ele evitou palpitar sobre o número de votos que estima para aprovar o texto entre os 37 parlamentares da comissão. Entre as mudanças que pode apresentar, está a retirada do trecho que amplia os contratos de trabalho temporário dos atuais 90 dias para até 120 dias. Segundo o relator, se o projeto da terceirização for aprovado na Câmara no próximo dia 31, como está previsto, pode não haver necessidade de manter o tema no projeto da reforma trabalhista que tramita na comissão especial. A Casa deve votar um texto que regulamenta a terceirização apresentado em 1998 e que também trata do trabalho temporário. "Se for aprovado o da terceirização, não pode ter uma superposição. Temos que avaliar pontos que vão conflitar e se precisarão ser retirados", afirmou. O Congresso discute votar outro projeto da terceirização, que foi aprovado pela Câmara em 2015 e está no Senado, estendendo as atividades-fim para o que pode ser terceirizado nas empresas. O relator da reforma trabalhista é crítico desse projeto, pois, na opinião dele, inviabiliza a terceirização, ao determinar a obrigação de os empregados terceirizados serem do mesmo sindicato dos trabalhadores da empresa que contrata o serviço, além de outros pontos. "A informação que eu tenho é que vamos votar o 4302 projeto da Câmara e o Senado vai sobrestar o outro. Mas pode ser que mude, eu vou lamentar muito. Acho que isso é, como eu poderia dizer para não ser tão forte, uma abalroada institucional. Gostou do termo?", disse, em entrevista a jornalistas. Continue lendo |
Lúcia Tavares – Assessoria de Comunicação CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE |