O presidente do Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a terceiros do Estado) e da Fenaserhtt (Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado), Vander Morales, afirmou iário do Grande ABC que se o projeto de Reforma do PIS/Cofins ficar como está haverá precarização nos empregos.
“Imagino que, primeiro, o governo vai unificar todas as alíquotas, para depois fazer uma desoneração ampla”, disse. “Se ficar só nisso, vai impactar muito na precarização. O setor de serviços é muito amplo, tem hotéis, bares, restaurantes, turismo, e representa 70% do PIB (Produto Interno Bruto) do País. Isso prejudica até a própria indústria, já que as fábricas possuem muitos trabalhadores terceirizados. Acaba-se criando uma insegurança jurídica muito grande em um momento em que o País precisa criar emprego urgente”, disse ele, citando que, para as empresas do setor, a folha de pagamento representa 70% dos custos, e a mesma não pode ser compensada.
“É algo que afeta toda a prestação de serviços. O governo, em vez de acabar com subsídios em cima do imposto, quer prejudicar os prestadores de serviço, que são na maioria pequenos empresários. Isso em um momento em que ficamos 120 dias ou mais fechados por causa da pandemia. Somos surpreendidos com um aumento de imposto e, o socorro, que era o que se esperava, não veio”, afirmou o presidente licenciado do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Beto Moreira, complementando que se for aprovada nos moldes atuais, as consequências são “mais desemprego, porque o lucro das empresas já está reduzido.”
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