Presidente do SinHoRes avalia cenário do setor de turismo e eventos e celebra parceria com a Cebrasse

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Edson Pinto, Presidente do SinHoRes
Edson Pinto, Presidente do SinHoRes

O SinHoRes Osasco – Alphaville e Região é o Sindicato Empresarial de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares representa oito cidades da região metropolitana oeste de São Paulo, sendo elas: Osasco, Barueri, Santana de Parnaíba, Carapicuíba, Cajamar, Itapevi, Jandira e Pirapora do Bom Jesus. Osasco, por sua vez, é é o 2º no ranking do PIB (Produto Interno Bruto) do estado de São Paulo e o 6º do Brasil (IBGE). A entidade patronal tem pouco mais de quatro anos de existência, mas já marcou de forma definitiva a coordenação, proteção e representação legal do setor. E mais: o SinHoRes Osasco – Alphaville e Região ao atuar para consolidar os setores de turismo, hotelaria e gastronomia nas cidades de sua base, gerando emprego, renda e tributos aos municípios, a entidade assume a representação de 20 mil empresas que geram, aproximadamente, 50 mil empregos diretos nessa importante região.

Esta semana, o Cebrasse News entrevista o presidente do SinHoRes Osasco – Alphaville e Região (Sindicato Empresarial de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) Edson Pinto, que também é coordenador Geral da Aliança Empresarial de Entidades da Região Metropolitana Oeste (formada pelo SinHoRes, Sincomercio e ACIB); vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da FHORESP – Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (entidade composta por 24 SinHoRes) e diretor de Assuntos Estratégicos da CNTur – Confederação Nacional de Turismo,

Cebrasse – O SinHoRes passou a ser membro da Cebrasse este ano. Qual o objetivo dessa parceria institucional?
Edson Pinto –
Unir forças com o objetivo de fortalecer pleitos em comum e estabelecer iniciativas conjuntas em defesa do macro setor do Turismo, especialmente em nível federal, sobre projetos de lei e regulamentações incidentes, atuando também em temas de grande impacto como a reforma tributária, dentre outros.

Cebrasse – A pandemia e as restrições sanitárias adotadas para combatê-la afetaram duramente quase todos os setores econômicos do Brasil (e do mundo). O senhor poderia fazer um resumo dos impactos negativos, entre eles o fechamento de milhares de negócios do ramo de turismo e eventos?
Edson Pinto –
As restrições impostas pela pandemia foram negativas para todos os setores, mas catastróficas para o nosso segmento em especial, que foi um dos que mais sofreu de forma desproporcional. Ficamos mais de cem dias totalmente fechados em 2020 e cerca de 30 dias em 2021. No restante do período tivemos sempre restrições de horário e capacidade reduzida. Estudos mostram que uma pequena empresa não suporta mais do que 18 dias sem liquidez, a partir daí, ela começa a quebrar e 96% das empresas do nosso setor são micro e pequenas empresas, que geram muitos empregos devido a característica da nossa atividade que é eminentemente social e de atendimento. Esse aspecto torna nossa situação ainda mais dramática pois nossos custos com a folha de pagamento são muito elevados. Na Região de atuação do SinHoRes Osasco – Alphaville e Região, de 20% a 25% das empresas encerraram definitivamente as suas atividades, deixando aproximadamente, 10 mil pessoas sem emprego.

Cebrasse – Na base de atuação do SinHoRes, vocês estão buscando quais as alternativas para o funcionamento dos negócios? E como tem sido a resposta das autoridades públicas?
Edson Pinto –
Entregamos ofícios e nos reunimos com quase todos os 8 prefeitos da nossa base, aos presidentes das Câmaras Municipais e ao CIOESTE (Consorcio Intermunicipal da Região Oeste), solicitando a reabertura responsável das nossas atividades, já que entendemos que não é nos restaurantes legalizados e que cumprem todas as normas fito sanitárias, de distanciamento social, uso de máscaras e álcool gel que as pessoas estão sendo contaminadas. Não estou com isso ignorando a gravidade da doença, mas dizendo que o transporte público lotado, as eleições municipais, reuniões de final de ano em família, festas clandestinas dentre outros, são os grandes culpados e que não foram eficientemente combatidos, sendo o empresário correto, com poucos clientes na loja, que acabou sendo punido pela ineficiência do poder público. A maioria dos nossos pleitos na região foram atendidos e conseguimos, inclusive, evitar um lockdown total.

Outra importante ação foi a união das três mais importantes entidades dos setores na Região – SinHoRes Osasco – Alphaville e Região, Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Osasco e Região) e ACIB (Associação Comercial e Empresarial de Barueri), formando a Aliança Empresarial para fortalecer os nossos pleitos junto às autoridades municipais.

Além disso, estreitamos, via Aliança Empresarial com o Cioeste – Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo, onde estão quase todas as cidades que representamos em nossa base de atuação. Essa relação nos aproxima dos prefeitos que compõem a Assembleia do Consorcio e enviamos oficio com várias solicitações, entre eles um “Termo de Intenções” entre o CIOESTE e as entidades que integram a ALIANÇA, no sentido de promover projetos e ações conjuntas em diversos níveis e esferas de interesse comum.

Cebrasse – O Perse e o PGSC foram instituídos, após uma forte atuação de entidades, com o SinHoRes e a Cebrasse. Agora, quais as expectativas – a curto, médio e longo prazo – com relação a este apoio?
Edson Pinto –
O apoio da Cebrasse foi muito importante, pois havia restrição do governo federal pela sanção do projeto, que acabou vetando alguns pontos, mas preservou os trechos mais relevantes. Agora estamos articulando por uma regulamentação favorável às empresas e verificando a possibilidade de incluir o setor de bares e restaurantes, cuja emenda de inclusão foi derrubada no Senado Federal. Essa ação foi o “start” da parceria e esperamos fortalecer ainda mais o Turismo através do apoio de Cebrasse que tem forte presença em Brasília.

Cebrasse – O senhor acredita que quem sobreviver sairá mais forte? E qual o cenário vocês projetam para os próximos meses/ano?
Edson Pinto – Eu penso que pouquíssimos segmentos sairão mais fortes dessa crise e o nosso setor de turismo não é um deles. Se nada mais der errado e se não regredirmos mais de Fase, mas avançarmos no plano São Paulo de combate à Covid-19, vamos levar cerca de 3 anos para nos recuperar e voltar aos níveis de 2019, infelizmente. O que nos anima um pouco é que há de fato uma demanda reprimida por viagens, jantares em restaurantes, idas a barzinhos e eventos sociais e de negócios. Há também uma poupança interna relevante, pois as pessoas deixaram de gastar nesse período e estão ansiosas pelo retorno do convívio social e das experiências sensoriais que o nosso setor proporciona.

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