Número deve ser celebrado e demonstra a retomada do emprego puxada majoritariamente pelo setor de serviços
O número de empregos formais (com carteira assinada) criados em junho de 2022, de acordo com balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), revelou que o saldo de junho foi resultado de 1.898.876 de contratações e 1.620.932 desligamentos. Já o estoque total de trabalhadores celetistas aumentou 0,67% em relação ao resultado de maio deste ano, passando de 41.729.858 para 42.013.146.
Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem foi admitido em um novo emprego em maio foi de R$ 1.922,77. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 12,99 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,68%. No acumulado do ano, foi registrado saldo de 1.334.791 empregos, decorrente de 11.633.347 admissões e de 10.298.556 desligamentos (com ajustes até junho de 2022).
Os números mostram que, no mês de junho, dos grupamentos de atividades econômicas o destaque foi do setor de serviços, com a geração de 124.534 novos postos de trabalho formais, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas (65.827 postos).
O Comércio fechou o mês com 47.176 novos postos, a Indústria geral criou 41.517 postos, concentrados especialmente na Indústria de transformação, que gerou 37.986 postos. Na sequência vêm o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que gerou 34.460 postos. A Construção fechou o mês com 30.257 novos postos.
Com relação ao trabalho intermitente e em regime parcial, o Caged registrou 23.483 admissões e 16.093 desligamentos na modalidade, o que gerou um saldo de 7.390 empregos criados. No mês, 5.640 estabelecimentos contratantes e 242 empregados celebraram mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. O trabalho em regime de tempo parcial também registrou saldo de 2.642 empregos.
Para o presidente da Cebrasse, João Diniz, os dados são muito positivos e devem ser comemorados, especialmente essa retomada do emprego, puxada, principalmente, pelo setor de serviços. Até passado recente, o Brasil estava com taxas de 13% desemprego. Agora, o índice registrado está abaixo de 10%.
“Isso mostra, ainda, uma retomada consistente pós-pandemia e o acerto de algumas medidas no período pandêmico na economia pelo governo Federal, com auxílios fundamentais a população carente e medidas de flexibizacão trabalhista pro emprego. Acredito que o Brasil está no caminho certo da economia, precisa apenas acertar a calibragem do discurso explosivo político – que não raro derruba bolsas, aumenta o dólar e afasta investidores – para trazer ambiente de negócios mais favoráveis”, avaliou Diniz.