O presidente da Cebrasse João Diniz questionou posição do representante da indústria em matéria publicada na Coluna Painel SA, de 11/01. “Ele está equivocado, olhando somente da tributação sobre o consumo, que é o que eles chamam tributação sobre produtos e serviços, está observando só uma parte da tributação. Sobre consumo tem IPI, ICMS PIS, Cofins e ISS. Mas temos outros tributos como INSS, sobre a folha”, disse.
João Diniz lembra ainda que o setor de serviços e varejo respondem por 2/3 da economia em relação a tributação, arrecadação e emprego e o impacto do aumento de tributação é enorme. “Além disso, diversos setores atendem classes econômicas mais baixas, a exemplo do transporte público”, disse.
O diretor técnico da Cebrasse, Jorge Segeti, observou, ainda, que serviços é o setor que mais emprega. “Ou seja, o maior custo do Setor de Serviços é a mão de obra, que tem uma carga tributária muito elevada, chegando a uma taxa de 40% sobre salários. Diferente da indústria, que trocou a sua mão de obra por processos mais automatizados com máquinas, nosso setor vem garantindo os empregos do país.”, comparou.
Segeti também informou que a análise sobre a tributação deve ser olhada globalmente, aí a carga tributária se equivale. “Quando ele diz que o pobre não consome serviços, esquece de setores como transporte, educação, saúde e segurança são serviços que deveriam ser prestados pelo governo e a população procura este serviço para ter mais qualidade. O que poderia ser considerado tributação indireta”, afirmou Segeti
Segeti afirmou ainda que a tributação sobre serviços vai prejudicar toda economia porque vai elevar ao custo das indústrias que hoje terceirizam serviços. “Outra característica que o setor de serviços tem, diferente da indústria, são os créditos tributários. A indústria, quando ela compra produtos, quando ela compra máquinas, compra insumos para sua produção, ela se credita dos impostos. Os serviços não”, avaliou