Para empresários, o foco agora deve estar em fazer o setor ser conhecido no novo parlamento, bem como entrar na disputa pelo poder de agendar e ditar os rumos do tema de interesse no Legislativo
Os dois candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram reeleitos para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado Federal no último dia 2. Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) venceu com votação recorde. Já no Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) enfrentou uma eleição mais disputada, mas ainda assim conquistou seu segundo mandato com uma boa margem sobre o candidato Rogério Marinho (PL-RN).
Após essa fase, a definição dos blocos partidários nas duas Casas (Congresso e Senado), seguem sendo articuladas. A expectativa dos líderes partidários é finalizar o acordo até o final desta semana. Enquanto essa trama se desenrola em Brasília, os empresários e líderes do Setor de Serviços brasileiro acompanham com atenção as tendências.
Leia, a seguir, a opinião de três empresários: Carlos Baptistão (Sescon-SP), Arnaldo Basile da Abrava e Ricardo Nogueira, da Abralimp:
“O que nós, do Sescon-SP, entendemos é que o segmento de prestação de serviço precisa manter posição firme, acompanhar de perto a evolução da Reforma Tributária, porque o Setor de Serviço é o que mais emprega no Brasil, que assim empregando é o que mais paga e contribui com o PIB e com a massa salarial. E são estes dois fatores – PIB + Massa – que fazem o desenvolvimento do país, inclusive ajuda a Indústria e o Comércio também a crescerem. Portanto, nós esperamos que o Setor de Serviços seja ouvido e levado em consideração na Reforma Tributária. E o que nós esperamos é que o governo, juntamente com as Casas Legislativas cuidem bem, e primeiro, da reforma administrativa. Cuidar dos gastos para depois pensar na arrecadação.” – Carlos Alberto Baptistão
“Relembrando as palavras de Ulisses Guimarães: ‘A política é como as nuvens no céu: a cada momento têm posições e configurações diferentes’. A missão dos Srs e Sras parlamentares é legislar em nome dos seus eleitores, com o compromisso de atender as demandas da Sociedade. Seus posicionamentos e debates políticos na Câmara e no Senado devem refletir democraticamente o grau de importância e os ajustes necessários dos projetos legislados. Essas demandas são dinâmicas e alteram em função das complexas necessidades que os inúmeros setores da Economia e Segmentos da Sociedade interagem dentro e fora do Brasil. É previsível que necessitem do auxílio e que mantenham interação com especialistas representantes dos diversos segmentos sociais para cumprirem suas missões como legisladores. Como cidadão e empresário brasileiro ‘Eu’ creio que somos parte desses representantes e que sabemos como manter interlocução com parlamentares, particularmente neste início de ano legislativo que conta com considerável quantidade de novos parlamentares. Por isso acredito que com a representatividade da Cebrasse o parlamento brasileiro a entenderem com propriedade as demandas dos nossos diversos setores da economia”, Arnaldo Basile.
“Independente dos nomes que figuram nas cadeiras do Congresso Nacional para os próximos quatro anos, a Abralimp espera que seja feito um excelente governo, com projetos e tomadas de decisões assertivas e que possam surtir impactos positivos para a sociedade em termos econômicos e sociais. Como representantes da cadeia produtiva da limpeza profissional, a Abralimp se coloca à disposição para discutir temas que possam agregar valor à produtividade das empresas e na geração de renda e empregos. Acreditamos que um ponto importante para promover a geração de emprego e renda é a reforma tributária, no sentido de desonerar a Folha de Pagamento. Lembro aqui que a limpeza profissional tem um importante papel social, ao empregar mais de 1 milhão de trabalhadores no País, a maioria pertencente à base da pirâmide”, Ricardo Nogueira.
Errata:
Por um equívoco, informamos erroneamente que o nome do presidente da Abralimp é Ricardo Tufan quando, de fato, é Ricardo Nogueira. Pedimos desculpas aos nossos leitores e associados!