Presidente da Abrava fala sobre pauta prioritária e urgentes desafios sobre as mudanças climáticas

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Arnaldo Basile, presidente da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento).
Arnaldo Basile, presidente da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento).

Na Cebrasse News dessa semana trazemos uma entrevista exclusiva com Arnaldo Basile, presidente da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento). A entidade patronal gigante do AVACR atua como interlocutora dos setores representados nos diálogos com o poder público, em especial com os ministérios.

Nessa entrevista trataremos sobre a pauta prioritária da entidade e toda a trajetória de contribuição com instituições governamentais para tratar dos urgentes desafios que as mudanças climáticas demandam.

Diretores da ABRAVA participaram da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), em Glasgow, na Escócia (2021), e da 35ª Reunião das Partes no Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (MOP35), em Nairobi, Quênia, em outubro de 2022. E participará também na (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes, com o objetivo de contribuir para definir as ações que limitem a elevação da temperatura do planeta em 1,5°C até 2050.

No que diz respeito às questões de saúde pública, a pandemia da Covid-19 comprovou que investimentos adequados para melhorar a qualidade do ar em ambientes fechados, climatizados mecanicamente, são essenciais para promover a saúde pública, proporcionando ambientes internos seguros, saudáveis para o bem-estar dos usuários. Confira a entrevista:

1- Quais as pautas prioritárias do setor junto aos órgãos públicos?

Incentivo às inovações tecnológicas e às boas práticas operacionais, com foco na qualidade do ar de interiores; cumprimento da Lei nº 13.589 (Plano de Manutenção Operação e Controle de equipamentos e sistemas de climatização mecânica); atendimento às normas regulamentadoras e ambientais; melhoria da eficiência energética em sistemas de climatização e de refrigeração, entre outros aspectos que provocam significativos impactos socioeconômicos.

2- Como está a evolução do setor e quais são as perspectivas positivas?

O AVACR brasileiro é ordenado e competitivo, e oferece inúmeras oportunidades para empreendedores e profissionais habilitados. A base instalada de sistemas de climatização, refrigeração e ventilação é imensa e continuadamente crescente, significando que além das novas instalações, há a necessidade de constantes manutenções preventivas, preditivas e corretivas, além de “retrofits”, ampliações e trocas de equipamentos e componentes. O setor mobilizará, formalmente, em torno de R$ 40 bilhões em 2023.

Os quatro segmentos estão presentes em todos os 20 setores mais significativos da economia brasileira. Por ter poucas barreiras de entrada, são atrativos para profissionais de diferentes setores afins. Este movimento é desafiador porque exige uma capacitação adequada para esses profissionais.

3- Como o setor lida com as normas reguladoras?

A ABRAVA deu especial atenção às NRs desde o início de suas discussões e criou um comitê específico para orientar as empresas associadas sobre suas interpretações e consequências. Essas orientações foram fundamentais para que diversos empresários planejassem suas atividades. Com a entrada das NRs em vigor, esse comitê se transformou no Comitê ESG, executando basicamente as mesmas atividades.

4- A ABRAVA atua em questões climáticas e de saúde pública. Pode falar um pouco sobre esse trabalho?

Por representar pujantes segmentos da economia, a ABRAVA tem fortes e históricas relações institucionais com Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Pnud, Cetesb etc. Temos contribuído proativamente com as instituições governamentais para tratar dos urgentes desafios que as mudanças climáticas demandam.

Diretores da ABRAVA participaram da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), em Glasgow, na Escócia (2021), e da 35ª Reunião das Partes no Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (MOP35), em Nairobi, Quênia, em outubro de 2022.

A ABRAVA estará presente também na (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (30/11 a 12/12), com o objetivo de contribuir para definir as ações que limitem a elevação da temperatura do planeta em 1,5°C até 2050.

Há que se destacar também a intensa atuação da ABRAVA na ratificação da Emenda de Kigali, que incentiva a introdução de tecnologias mais avançadas e eficientes no mercado brasileiro de equipamentos de refrigeração e ar-condicionado.

No que diz respeito às questões de saúde pública, a pandemia da Covid-19 comprovou que investimentos adequados para melhorar a qualidade do ar em ambientes fechados, climatizados mecanicamente, são essenciais para promover a saúde pública, proporcionando ambientes internos seguros, saudáveis para o bem-estar dos usuários.

Já o Qualindoor, Departamento de Qualidade do Ar de Interiores da ABRAVA, vem empreendendo muita energia na elaboração de propostas concretas nesse sentido. Seu maior resultado é o PNQAI (Plano Nacional de Qualidade do Ar de Interiores).

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