FGTS lidera judicializações trabalhistas: mais de 400 mil processos em 2024

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O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um dos direitos mais controlados e fiscalizados na Justiça do Trabalho.

Sua finalidade é proteger o trabalhador em caso de demissão sem justa causa e outras hipóteses legais, garantindo o depósito mensal de 8% da remuneração em conta vinculada.

Apesar da simplicidade aparente, falhas recorrentes no recolhimento e cálculo fazem do FGTS um dos assuntos mais judicializados no país.

ERROS MAIS FREQUENTES:

  • Depósito fora do prazo (mesmo que seja de poucos dias).
  • Base de cálculo incorreta, deixando de incluir adicionais com natureza salarial (horas extras, adicionais de insalubridade, periculosidade, comissões etc.).
  • Ausência de recolhimento durante afastamentos (acidente de trabalho, licença maternidade).
  • Acordo na Justiça do Trabalho com pagamento do FGTS diretamente ao empregado, ao invés de recolhimento por guia própria.

CONSEQUÊNCIAS:

  • Pagamento retroativo + atualização monetária + multa.
  • Rescisão indireta com todos os direitos, inclusive multa de 40% (tese vinculante do TST).
  • Ações coletivas ou civis públicas propostas por sindicatos ou MPT.
  • Fiscalizações e autuações pelo Ministério do Trabalho e cobranças pela Caixa Econômica Federal.
  • Bloqueio de certidões negativas e impedimento para participar de licitações.

COMO APLICAR A INTELIGÊNCIA TRABALHISTA:

  • Inclusão correta de todas as parcelas salariais na base de cálculo.
  • Conferência antes da transmissão ao FGTS Digital.
  • Conciliação mensal entre folha de pagamento e recolhimentos.
  • Auditoria preventiva periódica para detectar falhas.

REFLEXÃO PARA OS EMPRESÁRIOS:

O FGTS é simples de calcular, mas caro de corrigir. Seu controle é preventivo ou reativo?

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