Empresário brasileiro dá 10 dicas para investir nos Estados Unidos

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Durante evento promovido pela Cebrasse, o consultor Antônio Barreto compartilhou sua experiência de mais de uma década atuando nos Estados Unidos e apresentou recomendações práticas para empresários brasileiros que desejam internacionalizar seus negócios. Instalado em Miami desde 2014, após carreira em grandes companhias e fundação de empresas próprias, Barreto hoje assessora companhias em estratégia e oportunidades no mercado norte-americano, incluindo projetos ligados a esportes e mídia.

Segundo ele, o segredo está em compreender que o ambiente de negócios norte-americano, embora semelhante ao brasileiro em alguns aspectos, funciona sob lógicas bastante diferentes. “Parece igual, mas é 100% diferente. É preciso esperar o inesperado, ter humildade e manter a mente aberta”, afirmou.

Dicas para empreender nos EUA

Entre as orientações, Barreto destacou:

1. Evite comparações diretas com o Brasil – cada mercado tem sua dinâmica própria.
2. Comprometa-se com o mercado – nos EUA, é preciso estar presente e atuar de forma consistente para ganhar espaço.
3. Foque no consumidor – a economia é voltada para o atendimento e satisfação do cliente.
4. Escolha bem a região – mais do que abrir uma empresa, é fundamental entender a cultura e a comunidade local.
5. Prepare-se para a competição com imigrantes – milhões de pessoas chegam todos os anos, dispostas a recomeçar sem falar inglês e acabam prosperando.
6. Aposte na mobilidade social – não há espaço para estagnação; é preciso se movimentar sempre.
7. Não se preocupe com estereótipos – em cidades como Miami, ser latino não é obstáculo, já que o espanhol é tão presente quanto o inglês.
8. Posicione-se com clareza – se o empresário optar por manter identidade estrangeira, o mercado respeita, mas se buscar ser local, também será aceito.
9. Mire no grande mercado – só a região metropolitana de Miami tem 2,8 milhões de habitantes, forte infraestrutura logística e poder econômico comparável a países inteiros.
10. Entenda a cultura jurídica americana – os EUA são um país altamente litigioso, com processos caros e complexos; estar bem assessorado é essencial.

Competitividade e resiliência

Para Barreto, o mercado norte-americano recompensa quem se adapta rápido, não teme riscos e enxerga o longo prazo. “O sucesso não é o mercado que define, é você quem define onde quer estar”, destacou.

Ele concluiu sua fala reforçando que os Estados Unidos oferecem oportunidades únicas, mas exigem preparo, resiliência e disposição para lidar com regras diferentes das do Brasil. “É preciso entrar em campo para jogar. Quem se posiciona, cresce”, finalizou.

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