Roadshow CEBRASSE no Sul debateu valorização do vinho e defesa de projeto de lei no Congresso

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A CEBRASSE (Central Brasileira do Setor de Serviços) realizou, no dia 25 de setembro de 2025, o Roadshow Região Sul, no Hotel Wish Serrano Resort, em Gramado (RS). O encontro reuniu lideranças empresariais e políticas para debater o fortalecimento institucional, o diálogo entre setores produtivos e a construção de agendas positivas para o desenvolvimento do setor de serviços. No dia 26, a entidade participou do Foreac, o maior encontro das empresas de Facilities da região Sul.

Entre os principais destaques do Roadshow esteve a pauta do vinho, setor emblemático para a região Sul e de grande potencial de geração de empregos, receitas e turismo. Durante o evento, ganhou espaço a defesa do Projeto de Lei 3837/2023, de autoria do deputado federal Afonso Hamm, que propõe alterar a Lei nº 7.678/1988 para que o vinho seja classificado como alimento obtido da fermentação alcoólica do mosto de uvas sãs, frescas e maduras .

Em sua fala, o presidente da CEBRASSE, João Diniz, destacou que o vinho sintetiza um desafio histórico do empreendedorismo brasileiro: a elevada carga tributária que penaliza setores produtivos mesmo quando representam vocações naturais do país.

“O vinho é um exemplo emblemático de como o Brasil trata sua área de excelência. Temos terras férteis, técnicas modernas como a dupla poda e 19 regiões produtoras espalhadas pelo país – da Serra Gaúcha a Brasília, passando por Bahia e Pernambuco. Ainda assim, o produtor enfrenta barreiras tributárias que desestimulam a produção e inibem o enoturismo, atividade que gera emprego, arrecadação e promove a imagem do país”, afirmou.

Diniz também resgatou uma frase do saudoso ministro Roberto Campos: “O Brasil não perde a oportunidade de perder uma oportunidade”, reforçando que a desvalorização do setor vinícola é reflexo de uma política que precisa ser corrigida.

Projeto de Lei 3837/2023: vinho como alimento funcional

O PL 3837/2023 busca atualizar a legislação para que o vinho seja reconhecido não apenas como bebida alcoólica, mas como alimento funcional, valorizando seus compostos bioativos – como polifenóis, flavonoides e resveratrol – associados a benefícios à saúde, incluindo proteção contra doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Inspirado em modelos já adotados em países como Espanha e Uruguai, o projeto prevê que a classificação como alimento poderá impulsionar a imagem do vinho brasileiro no mercado interno e externo, além de abrir espaço para políticas de incentivo e redução tributária.

De acordo com a justificativa do projeto, seguir esse caminho traria benefícios econômicos e sociais significativos, fortalecendo toda a cadeia produtiva – do cultivo da uva ao enoturismo – e consolidando o Brasil no mercado global.

Ao final do evento, os participantes vivenciaram uma degustação de vinhos produzidos na região Sul, que valorizou a qualidade da produção local e reforçou a identidade cultural do setor.

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