William Waack / Flávia Jannuzzi
São Paulo, SP / Rio de Janeiro, RJ
Consequência direta da pior recessão da história contemporânea, o desemprego já atinge no Brasil mais de 9 milhões de pessoas. O pior do desemprego é o fato de que os especialistas preveem ainda mais dificuldades no mercado de trabalho neste ano.
A previsão dos economistas ouvidos pelo Jornal da Globo não é otimista para 2016. A taxa de desemprego vai continuar subindo e, até o fim do ano, deve chegar a 13%. E uma outra tendência: o emprego com carteira assinada que vem se mantendo relativamente estável, também deve sofrer as consequências da crise.
“A recessão está batendo com força no mercado de trabalho, a taxa de desocupação e desemprego deve continuar subindo tanto pelo fato de que as pessoas vão continuar perdendo emprego como pelo fato de que novas pessoas vão entrar no mercado de trabalho para tentar recompor renda, pagar dívida e manter um determinado padrão de vida”, aponta Armando Casstellar, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
“Emprego temporário também não está fácil. Durante a Páscoa, o número de vagas no comércio e na indústria vai ser quase 35%, menor do que em 2015”. Nota da Cebrasse (Dados da Fenaserhtt e do Sindeprestem, presididos pelo empresário Vander Morales)
De acordo com o IBGE, a renda do brasileiro ficou estável até novembro do ano passado, o que não deve se repetir em 2016.
“Muita gente perdeu o emprego com carteira, mas conseguiu um bico, um emprego informal que manteve a renda, vai ficar cada vez mais dificil porque esse é processo cumulativo. Mais gente desempregada, mais taxa de desemprego, é mais complicado manter a renda”, pontua o economista Armando Castellar.
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