04 de Maio de 2017 | ||||||||
ATUAÇÃO DA CEBRASSE NA APROVAÇÃO DA |
São Paulo – O projeto da reforma trabalhista (PL 6787, do Executivo) aprovado em 27 de Março pelo plenário da Câmara dos Deputados na forma do substitutivo do relator deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), com aperfeiçoamentos de pontos da regulamentação da terceirização e já em análise pelo Senado Federal, deu tom de entusiasmo à reunião mensal da diretoria Nacional da Cebrasse realizada na tarde do mesmo dia na sede do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana – Selur. Entre diversos pontos, a proposta prevê a prevalência sobre a CLT do que for tratado entre trabalhadores e empresas nas convenções e nos acordos coletivos de trabalho quanto a 15 diferentes situações – entre elas a jornada, banco de horas anual, intervalo mínimo de alimentação de meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente. Poderão ser negociados também o enquadramento do grau de insalubridade e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho. O fim da contribuição sindical obrigatória e da ajuda do sindicato na rescisão trabalhista também constam do substitutivo de Marinho. |
Na condução dos trabalhos, João Diniz ao lado do assessor do Selur, Ariovaldo Caodaglio,
e Aldo de Ávila Junior – que representou a presidência do SEAC-SP
Ao abrir a reunião na última quinta-feira (27/04), o presidente Nacional das Cebrasse, João Batista Diniz, salientou a necessidade de a reforma trabalhista ser aprovada no Senado, “para pôr o Brasil em pé de igualdade com os Estados Unidos e países da União Europeia”. Destacou também a relevância de todos os pontos da matéria para a saúde do mercado gerador de emprego e renda, “principalmente em relação ao fim da contribuição sindical obrigatória”. A seguir, João Diniz passou a palavra ao assessor Ermínio Lima Neto que primeiramente parabenizou a Diretoria da entidade pela conquista histórica da regulamentação da terceirização (Lei 13.429/17, resultante do PL 4302/1998); “uma vitória maiúscula, digna do tamanho do setor de Serviços, que deu um passo extraordinário para todos seus segmentos”
Cebrasse contra aumentos do PIS e da CofinsAo abrir o tema na reunião, João Diniz recordou audiência que membros da diretoria da Cebrasse acompanhados do deputado Laércio Oliveira (SD/SE) tiveram no dia 4 de abril com Gastão Alves de Toledo, assessor do Gabinete Pessoal do Presidente da República. Os empresário manifestaram-se acerca de o quanto um aumento do PIS e da Cofins traria mais desemprego e repasse de custos aos cidadãos. No mesmo dia, o deputado Laércio estivera com o ministro Antonio Imbassahy da Secretaria do Governo, também conversando sobre o a possibilidade de, com a vigência desses aumentos, o mercado seguir caminho inverso ao desejado por todos na geração de postos de trabalho.
Outras conquistas da Cebrasse que solidificaram seu papel na macroambiência do mercado nacional foram pontuadas por João Diniz: a luta pela regulamentação da terceirização; sua intensa batalha na tramitação da reforma trabalhista; e o papel de amicus curiae em ação no STF contra a inconstitucionalidade de súmula 331. O presidente citou também “uma ação junto ao Ministério do Trabalho, onde está muito bem encaminhado nosso pedido para que a Cebrasse seja reconhecida como Central Empresarial”. Também presentes à reunião da Diretoria Nacional Avelino Lombardi (SEAC-SC), Camille Roux (UP Plan), Dario Escudeiro (Escudeiro Seguros), Diogo Akashi (Maricato Advogados), Celso Saito (Abrafac), Dilceu Scapinelo (Aprag), Edimilson Pereira (SEAC-RN), Edson Schueler (UP Brasil), José Paulo Damasceno (SEAC-PR), Leandro Miranda (Tokio Marine Seguros), Lívio Giosa (ADVB), Luciano Brunherotto (Abrafac), Luciano Galea (Abralimp), Marcos Libanore Caldeira (Sinfac-SP), Marcos Nobrega (SEAC-ABC, Maurício Fernandez (Abriesp), Milene Laviña (DSOP), Percival Maricato (Abrasel-SP), Renato Fortuna Campos (SEAC-MG), Ricardo Dellova (TOTVS), Roger Resende (UP Brasil), Rômulo Sales (Maricato Advogados) Thiago Passos (TOTVS), Urubatan Estevam Romero (Fenavist) e Zauri Candeo (Sindimotor). |
DESTAQUES DA MÍDIA |
Nesse Dia Internacional do Trabalho (01/05), o JC Debate da TV Cultura abordou a Reforma Trabalhista, com a participação de Vander Morales e de Clemente Ganz, diretor técnico do Dieese. O PAÍS DE CARA NOVA Por Vander Morales O Brasil acaba de recuperar algumas décadas de atraso pela via da legislação trabalhista, que acaba de ganhar ampla reforma com a decisão da Câmara de aprovar substitutivo do deputado Rogério Marinho, que passa a tramitar no Senado e, ainda, pela via da regulamentação da Terceirização, projeto de lei aprovado pelas duas casas congressuais e já sancionado pelo presidente da República. O fato é que o caminho da modernização da economia brasileira está desimpedido, apesar da tentativa de uns poucos dinossauros que ainda teimam em puxar o Brasil para os tempos da Idade Média, na verdade uma maneira de manter benesses e privilégios. O momento do Brasil não podia ser tão alvissareiro. O país rompe barreiras, avança celeremente e quebra dogmas fincados na década de 40 por meio de uma CLT que tutela as relações capital/trabalho. Enquanto o mundo civilizado abriu fronteiras, o Brasil ficou confinado nas veredas do passado, só agora alargando caminhos em direção a um mercado de trabalho mais justo, saudável e equilibrado. Depois de décadas andando como tartaruga e vivenciando a maior recessão econômica de sua história, o País escancara as portas para que os trabalhadores possam sair da enorme fila do desemprego, começar a produzir com mais eficiência e garantir o sustento de suas famílias com dignidade. Um dos dogmas que emerge na esteira das reformas é o da defesa dos trabalhadores. Pois, desde o início dessa intensa batalha, só as entidades patronais se mostraram dispostas a assegurar os direitos trabalhistas conforme os ditames da Constituição. E isso tem fundamento: ninguém mais do que o empresário sabe o valor do trabalhador para o seu negócio – portanto, cumpre valorizar e garantir seu bem-estar. De outro lado, a maior parcela das entidades laborais esteve todo o tempo a defender seus próprios privilégios, muitos dos quais adquiridos ao longo do ciclo de 13 anos dos governos petistas. Com raras e honrosas exceções, esses sindicatos e suas centrais elegeram como foco a manipulação de slogans e refrãos, deturpando fatos para tentar impingir a públicos diferentes a falsa imagem de “defensores dos trabalhadores”. Em nenhum momento se ouviu dessas lideranças sindicais uma defesa sequer dos trabalhadores, um ideário voltado para aliviar o sofrimento dos mais de 14 milhões de desempregados, dos 13 milhões de funcionários terceirizados e, principalmente, daqueles outros milhões que se encontram na humilhante situação da informalidade. A estratégia daquelas entidades de interesse oportunista sempre foi o ataque à terceirização, às reformas trabalhista e previdenciária e a todas as abordagens com foco no real bem-estar da população. Trataram sempre de usar pura retórica político-partidária. Hoje, comprova-se que o povo brasileiro não se deixa mais levar por esse tipo de artimanha, como mostrou a greve geral de 28 de abril, quando baderneiros conseguiram ferir o direito de vir e vir dos cidadãos. Continue lendo |
Lúcia Tavares – Assessoria de Comunicação CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE |