INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO FOI DESTAQUE EM EVENTO QUE REUNIU EM SP COMANDOS DAS SEGURANÇAS PÚBLICA E PRIVADA

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Cebrasse News
12 de Março de 2018

INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO
FOI DESTAQUE EM EVENTO QUE REUNIU EM SP
COMANDOS DAS SEGURANÇAS PÚBLICA E PRIVADA

“O ponto de interseção das duas áreas na proteção às pessoas e aos bens públicos e privados está no papel de apoio que a atividade empresarial desempenha junto à segurança pública”, disse o presidente da Cebrasse, João Diniz

Por Lúcia Tavares

Fotos de João Rubens Shinkado


Abertura oficial da agenda que reuniu autoridades públicas da Segurança e empresários do segmento

O encontro reuniu na capital paulista na manhã da terça-feira de 6 de março o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann; o general Carlos Alberto Santos Cruz, secretário Nacional da Segurança Pública; o secretário da Segurança do Estado de São Paulo, Magino Alves Barbosa; o Comandante-Geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Nivaldo César Restivo e o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Carlos Alexandre Braga, e líderes da segurança privada.

O ministro Raul Jungmann classificou de "irrespirável" o cenário atual da segurança pública, destacando que iniciativas governamentais antes impossíveis tornam-se possíveis quando a população se dá conta disso, diante de um sistema carcerário que “gerou as grande organizações criminosas”. Aos inúmeros comandantes militares presentes ao evento, o ministro destacou a importância de se combater fortemente o crime organizado, já que “ou enfrentamos essa luta ou teremos crescentemente essa ameaça à sociedade, às instituições e a própria democracia".

Na sua visão, esse ambiente impróprio insere o Brasil num quadro parecido com o da hiperinflação que foi forte obstáculo à sociedade há décadas atrás – “quando ou se resolvia ou não tinha moeda, não tinha salário, não tinha praticamente como levar uma vida. Assim é a questão da violência e da Segurança Pública hoje”.

Sobre a situação do Rio de Janeiro, onde cerca de 1 milhão de moradores vivem hoje em “regime de exceção e sem direitos e garantias institucionais”, Jungmann asseverou  que somente a intervenção federal de natureza militar a cargo do general Walter Souza Braga Neto irá reestruturar e fortalecer a segurança local, “no que já estamos tendo e vamos ter resultados cada vez melhores nos próximos meses".

O ministro extraordinário da Segurança Pública defendeu o fortalecimento das ações públicas de segurança nas cidades – que estão mais próximas dos problemas vivenciados pela população e nas quais serviços como iluminação, transportes e outros pontos da infraestrutura local podem ser melhorados para trazer mais tranquilidade aos cidadãos. E se queixou porque “o Brasil universalizou a Saúde, a Educação Básica e a Assistência Social, mas o direito à Segurança Pública não é universal, é muito desigual".

RIO QUER FORÇAS ARMADAS CONTRA OUSADIA INTERMINÁVEL DOS CRIMINOSOS, AFIRMA SECRETÁRIO NACIONAL DA SEGURANÇA

À CebrasseNews,  o general Carlos Alberto dos  Santos Cruz, Secretário Nacional da Segurança Pública, afirmou que a situação do Rio de Janeiro chegou a tamanho ponto crítico que torna legal e ética a decisão do governo Temer de deixar os problemas serem soluciondos pelo interventor nomeado.

“A figura do interventor é muito especial por ser ele nomeado pelo presidente da República, a quem responde diretamente – uma situação excepcional porque o interventor sai de sua cadeia de comando para responder diretamente à autoridade que o nomeou”.

Santos Cruz recordou que a ação do governo federal no Rio de Janeiro vem sendo constante,  com as polícias Federal e  Rodoviária com efetivo permanente de cerca de 750 policiais no estado. E entre e abril e maio do ano passado, foram deslocados para lá 620 homens da Força Nacional; a Polícia Federal aumentou seus efetivos e a Rodoviária tem lá mais 380 homens além dos já lotados no estado.

De acordo com ele, embora as ações de apoio do governo federal, o Rio continua  com sérios problemas, pois a segurança estadual passa por dificuldades materiais resultantes da falência econômica do estado, com a Polícia Militar sem recursos, sem condições de manutenção de seus veículos e também de pagar seu  efetivo. O acúmulo de situações  levou a esse cenário,  já que a situação da segurança pública fluminense é decorrência da deterioração de outros aspectos do Estado, avaliou o secretário Nacional da Segurança Pública.
  
O tempo para o Rio se recuperar

Diante de longa e tamanha dificuldade no estado,  o general Santos Cruz avalia que a recuperação do Rio de Janeiro deverá ser longa também, “uma margem de 10 anos para a recuperação das finanças e do princípio da autoridade e do respeito no estado”.

O secretário não tem dúvida de que a população local, conhecida por sua alegria, criatividade e inteligência “quer as Forças de Segurança submetendo à lei os criminosos. “Com esse espírito muito especial”, a população quer paz, quer as Forças de Segurança intimidando energicamente os criminosos que chegaram a uma ousadia impossível de ser tolerar ao usarem crianças como correio do tráfico e corrompendo menores de idade. A população quer tolerância zero para essa bandidagem criminosa e covarde. E isso é uma obrigaçao do governo, não um favor”, garantiu o general.

O resgate da credibilidade no espírito das eleições

Santos Cruz observou que o resgate da credibilidade da população fluminense passará pelas urnas, nas quais sua escolha deverá ser por  pessoas confiáveis que ajudarão o estado quando eleitas.  Ele não tem dúvidas de que será esse “o espírito da eleição no calendário de 2018”,  depois de diversas administrações terem deixado o Rio deteriorar, não valorizarando a sociedade e o dinheiro do contribuinte.“Agora é a hora de tudo isso ser exigido, ser fiscalizado”.

IMPORTANTE EVENTO NUM MOMENTO DE CRISE NA
SEGURANÇA PÚBLICA DO PAÍS

João Palhuca, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo – Sesvesp e presidente em exercício da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores – Fenavist, afirmou que a atividade de segurança patrimonial privada vê na ISC Brasil 2018 a oportunidade de exposição de tecnologias e equipamentos importantes à integração das atividades de segurança, tanto no meio público quanto no privado.

De a cordo com ele, ao reunir  as principais autoridades e formadores de opinião sobre essa questão que tanto aflige a população brasileira, foi importante o congresso e a  feira ISC 2018 acontecerem num momento em que o Brasil enfrenta uma séria crise institucional na segurança pública.

“Dessa maneira, a ISC Brasil 2018 assume papel de destaque no cenário de feiras e eventos na capital continental e nacional de eventos e negócios que é São Paulo. Nossas felicitações e cumprimentos ao organizadores, a quem agradecemos  pela oportunidade de estarmos juntos nessa engrandecedora missão”, concluiu o empresário.

ATIVIDADE EMPRESARIAL COMO BRAÇO DE APOIO E
DE AUXÍLIO À SEGURANÇA PÚBLICA

O presidente da Cebrasse João Diniz, salientou à CebraseNews os fatos de a Política estar focada na questão da Segurança Pública, e de o ministro Raul Jungmann ter afirmado que o Brasil tem políticas públicas nacionais específicas para a Saúde e  Educação, e o que falta agora é uma ação desse porte para a Segurança Pública.

“Então, em razão desse momento, temos aqui presentes ministro e secretários da Segurança nacional, estaduais e municipais. A cúpula de boa parte das polícias militares de todos os estados também”, destacou o empresário, salientando que com essa composição a feira ISC 2018 fica cada vez maior e representativa. E a Cebrasse novamente esteve presente aos acontecimentos do setor de Serviços. Nesse, especificamente, um dos nossos principais filiados que é o setor da Segurança Privada, por meio da Fenavist, do Sesvesp, ABCFAV, Semeesp e Abrevis, associações sindicais da atividade que fazem parte da Central Empresarial”, observou.

A interseção entre as atividades pública e privada  na segurança

A segurança privada é uma complementação da segurança pública, explicou  Diniz, esclarecendo que está nesse aspecto o ponto de interseção das duas áreas, com a atividade empresarial sendo um braço de apoio e de auxílio à pública.

“Isso ocorre em determinados momentos em que a Segurança Pública não entra –  como a segurança intramuros, em estabelecimentos comerciais e áreas internas que não dizem respeito à  polícia penal criminal, que diz respeito à segurança por parte do Estado”, esclareceu o empresário, acrescentando que a atividade privada é complemento da Segurança Pública.  

O setor público é um dos principais tomadores da prestação de serviços de segurança e vigilância das empresas, e “a contratação de empresas da segurança privada envolve  problemas como licitação na forma de pregão eletrônico, que é uma forma totalmente errada da contratação dos governos”, criticou João Diniz. Regulamentada pela lei 8666 de 1993, a licitação pública considera vencedora da concorrência a empresa que ofertar o menos custo para a execução das demandas –  algo que leva o governo à contratação por preços considerados inexequíveis, e que tem sido veementemente combatido pela Cebrasse.

Diniz ressaltou ainda o problema da falta de pagamento pelos serviços prestados a governos, “como no estado do Rio de Janeiro, onde boa parte das empresas trabalham para o poder público sem receber – uma constante na história da segurança privada e também de empresas de todos os segmentos que prestam serviços a governos. E acentuou que “as empresas sofrem calotes e passam por quebradeiras, em razão de o tomador publico não honrar com suas responsabilidades no quesito de pagamento”.

NO EXPO CENTER NORTE, A 13ª. FEIRA INTERNACIONAL DE SEGURANÇA ISC BRASIL 2018 FOI AMBIENTE EM QUE SEGMENTOS DA SEGURANÇA ELETRÔNICA, PRIVADA, PÚBLICA E DIGITAL APRESENTARAM SOLUÇÕES PARA INDÚSTRIAS, CONSTRUÇÃO, TRANSPORTE E LOGÍSTICA, VAREJO, HOSPITAIS, HOTÉIS, BANCOS, AEROPORTOS, AGRONEGÓCIO, UNIVERSIDADES, SHOPPINGS E CONDOMÍNIOS.

O HOMEM AINDA É A PEÇA MAIS IMPORTANTE NO CENÁRIO

Ao conceber a ISC como um grande evento que congrega especialistas, alta tecnologia e inovação para a segurança,  Ricardo Tadeu, presidente da Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes – ABCFAV,  declarou que o evento resgatou a integração dos recursos humanos com a tecnologia, pois “ pela primeira vez eu vejo empresas de segurança sendo parceiras numa feira do segmento”.

Para ele, isso prova que “nós estamos buscando a evolução não só da tecnologia, já que praticamente dormimos de um jeito e acordamos de outro por causa de rápidas e inúmeras inovações que acontecem, mas também a evolução em qualificação, treinamento e melhor preparo. Eu acredito mesmo que  homem  ainda é a peça mais importante nesse cenário da segurança”.

Tadeu disse ainda que o stand  da ABCFAV  simboliza justamente essa integração que a entidade sempre buscou.  “É  uma associação que tem uma representação pequena, e que nós buscamos ampliar trazendo o Sesvesp,  a Abrevis e a Fenvist. Unimos as quatro entidades do setor de Segurança Privada num mesmo espaço e, automaticamente, o resultado disso será a interação entre os visitantes, entre os amigos que passarão aqui para  nos visitar”.

APESAR DA INSEGURANÇA,TOMADORES CORTAM POSTO DE TRABALHO

Tatiana Diniz, presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança – Abseg, avalia que esses trabalhadores têm um bom campo de atuação no mercado, mas observou que somente agora as empresas estão a se conscientizar da importância da diminuição de perdas e, consequentemente, da alavancagem de lucros. Afirmou, entretanto, que a crise econômica está levando à queda das contratações dos serviços de segurança porque, apesar da insegurança que também grassa pela ruas e cidades, e mesmo precisando da vigilância, os tomadores estão cortando postos de trabalho.

“Vivemos um problema de insegurança sem precedentes no País. Há um número enorme de roubos, furtos, descaminhos, devios, falsificações e outros prejuízos às pessoas e às instituições chegando a níveis disparatados”, comenta a empresária.

“No Brasil, morre uma mulher a cada dois minutos, muitas delas até por violência doméstica. E tudo influi no cenário, então a gente está sofrendo muito e precisa realmente do trabalho da segurança privada em união com a segurança pública, para que o Brasil possa voltar a níveis adequados na nossa atividade. “E o gestor de segurança é um profissional que está cada vez mais qualificado para coordenar tudo isso”, observou Tatiana Diniz ao salientar que “agora nos estamos sentindo uma recuperação da economia, esperando que melhore daqui para a frente”.

NO TIME DO BEM, SINERGIA ENTRE SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA

Presidente do Sindicato das Empresas de Escolta Armada do Estado de São Paulo – Semeesp, Autair Iuga afirmou que o objetivo da entidade na ICS 2018 “é passar para todo o público a importância desse naco da segurança privada, num ambiente adequado à segurança pública e também à privada.

“Estamos aqui trazendo a primeira viatura privada de escolta armada do Brasil, e também outras tecnologias como travas de segurança, portaria virtual e imagens guardadas remotamente nas nuvens. Todos produtos que incorporam tecnologias inovadoras para ajudar a alavancar a feira.

Iuga salientou que órgaõs das segurança pública aproveitam essas datas para promover na ISC o encontro dos comandantes gerais dos 27 estados brasileiros que apresentam ou buscam o que há de mais inovador para poderem trabalhar não só na parte operacional e de inteligência, com veículos blindados, drones, motocicletas, aparelhos rádio transmissores etc. Exposição do que tem de ponta!

“O que mais me marca na feira é a sinergia entre a segurança pública e a segurança privada. A gente sabe que as forças regulares, auxiliares e complementares juntam-se cada vez mais. Sempre falo que nós fazemos parte do time do Bem, e quanto mais gente desse time, certamente poderemos combater o crime organizado que assola não só São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, mas todo o Brasil”, concluiu o empresário.


SEAC-RJ RECEBE PRESIDENTE DA CEBRASSE EM
REUNIÃO DE DIRETORIA

Entidades apostam em atuação conjunta para fortalecimento do setor de serviços

Por Juliana Araújo

A reunião de diretoria do Seac-RJ, realizada na segunda, dia 5, teve como convidado o presidente da Cebrasse – Central Brasileira do Setor de Serviços, João Diniz. Durante o encontro, o presidente do Seac-RJ, Ricardo Garcia, debateu com o representante novas estratégias e ações que poderão ser realizadas durante o ano para fortalecer o setor de serviços e elogiou a atuação da entidade.

“Gostaria de enaltecer o trabalho que a Cebrasse tem realizado, como o Prêmio Cebrasse, que reúne empresários com convidados sempre importantes para o setor”, disse Ricardo Garcia.

Em sua exposição, o presidente João Diniz apresentou à diretoria do Sindicato as realizações da Cebrasse durante o ano de 2017, com destaque para encontros e reuniões com representantes políticos para a discussão de temas de interesse dos empresários que atuam no setor de serviços – que representa 40% do PIB brasileiro.

“Atualmente, a Cebrasse possui 51 confederações, federações e sindicatos associados. Nosso foco neste ano foi realizar intervenções políticas e atuações jurídicas na defesa dos interesses do setor de serviços”, explicou.

Entre as ações realizadas pela Cebrasse, João Diniz destacou o encontro com o presidente do Senado Eunício Oliveira para pedir apoio à aprovação da lei da terceirização; o VII Prêmio Cebrasse, que contou com a participação do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e da senadora Ana Amélia; o encontro com o ministro Padilha e a discussão sobre o aumento do PIS e Cofins com Gastão Toledo, assistente do presidente Michel Temer para assuntos tributários; além de diversos manifestos de apoio à terceirização.

Ao final da reunião, tanto o presidente do Seac-RJ quanto o presidente da Cebrasse chegaram ao acordo de que é cada vez mais necessário que entidades representativas do setor de serviços trabalhem em parceria para que possam manifestar suas convicções e defesas de opiniões transparentes sobre os temas de interesse dos empresários.

Em 7 de março, a Febrac completou 35 anos de fundação, com uma história repleta de desafios que culminaram no fortalecimento e crescimento do segmento País.

Antes do nascimento da Febrac, o profissionalismo era um conceito difuso. O intercâmbio de experiências, inexistente. A capacitação dos trabalhadores, apenas um sonho. Hoje, essa realidade pertence definitivamente ao passado.

A atividade de Asseio e Conservação conquistou a tão sonhada regulamentação da atividade e o respeito que faz jus, conseguindo expurgar de seu meio significativa parcela dos que desonravam trajetórias embasadas no trabalho digno e eficiente.

Foi justamente o advento da Febrac o divisor de águas entre os dois quadros – o das empresas sérias aviltadas pelo joio em meio ao trigo e o das que atualmente vicejam operosas, sob o signo da eficiência e da qualidade na prestação de serviços.

A Febrac somente chega a esta data graças ao apoio de todos os diretores, Sindicatos filiados e empresários do setor, muitos dos quais estão conosco desde a fundação.
Unidos em confiança, somos invencíveis. Unidos na correção de nossos rumos e em propósitos lícitos, desenhamos um mercado mais promissor. Trazemos no passado, no presente e no futuro um elenco de bons exemplos, como tijolos sólidos na construção de um mundo melhor.

É uma honra comemorar os 35 anos da Febrac no exercício da presidência. Agradeço a todos que fizeram e fazem parte desta história. Com certeza, continuaremos trilhando um longo e profícuo caminho em defesa dos interesses do setor de limpeza e conservação no Brasil.

Edgar Segato Neto, presidente

CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE
AVENIDA PAULISTA, 726, 7ºAND. J.710 – CEP 01310-910
CERQUEIRA CÉSAR – SÃO PAULO/SP
TELEFONES (11) 3251-0669 / 3253.1864