CebrasseNews – Notícias da Central Empresarial e Associados

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Cebrasse News
16 de Julho de 2018

PRESTADORES DE SERVIÇOS ATENTOS À REFORMA TRIBUTÁRIA E TAMBÉM À NOVA NORMA PARA CONCORRÊNCIAS PÚBLICAS


O encontro dos diretores aconteceu no Piso Pilotz, destinado a reuniões de condôminos da nova sede


Diniz com convidados na nova sede da Cebrasse

Por Lúcia Tavares

Na tarde da quinta-feira (12), reunião mensal da Diretoria Nacional da Cebrasse marcou a inauguração da nova sede da entidade à rua Baronesa de Bela Vista, número 411, salas 304/305 – a cerca de 600 metros do Aeroporto de Congonhas – trajeto que pode ser feito a pé em cerca de cinco minutos, “facilitando a participação em nossas agendas de representantes de sindicatos e federações do nosso quadro associativo que tenham sede em outros estados” afirmou o presidente João Diniz, para quem “a escolha do novo endereço foi feliz, com a Central Empresarial instalada num espaço maior, com excelente infraestrutura e a custos mais baixos”.

Tema inicialmente discutido foi a Reforma Tributária, “importantíssima, porque o Brasil é de uma injustiça tributária ímpar, 37% do PIB são de arrecadação de impostos, com retorno muito baixo por parte do governo em serviços à sociedade”.

A Cebrasse busca intervir no processo para que haja justiça tributária e para que o setor de Serviços seja ouvido e levado em conta, pois, normalmente, é a atividade que mais sofre o peso da carga fiscal. E o que a Central Empresarial deseja “é uma justiça tributária, por sermos o setor que mais emprega e mais arrecada, então estamos atrás do equilíbrio da justiça tributária”, assegurou João Diniz.

Na apresentação dos Cenários da Reforma Tributária e o Setor de Serviços, o consultor Emerson Casali, diretor de Relações Institucionais na CBPI Produtividade Institucional, chamou a atenção dos empresários para o fato de tanto as proposta do relator deputado Luiz Carlos Hauly quanto as dos presidenciáveis caminharem para um modelo que merece muita atenção dos prestadores de serviços.

“Se feita de uma forma, será uma boa solução para o País e para o próprio setor de Serviços, uma solução que incentive o emprego. Mas, de outra, poderá trazer um grande aumento de carga tributária para a atividade”, alertou.
“No geral se propõe um modelo de imposto de valor agregado com alíquota única – caso em que o setor de serviços seria altamente penalizado”, advertiu Casali. Para ele, “o setor deve se posicionar de uma forma muito efetiva quanto à sua alíquota”. Por não ter insumo e ser intensiva em emprego e mão de obra, a prestação de serviços vai precisar que sua alíquota seja menor, senão a mudança significará um grande aumento da carga.


ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA EXPOSIÇÃO

 

O deputado federal Walter Ihoshi (PSD/SP) ressaltou que sua preocupação, não somente na Comissão da Reforma Tributária mas em todas as discussões que o governo traz a respeito de reforma tributária, é que a reforma que aí está interfira num setor que tanto emprega, e acabe resultando num aumento de carga tributária para a atividade.

“Estamos atentos a isso, e essa parceria que estamos fazendo para poder representar o setor de serviços é para ampliar e fortalecer o diálogo dentro da Comissão, e evitar que isso eventualmente possa acontecer. É esse o nosso compromisso com o setor”.

O parlamentar acredita que muitos dos candidatos à presidência da República desconhecem a importância do setor de Serviços, “não conhecem o pacto apresentado pelo Casali, e nós temos que alertar os parlamentares e a sociedade para que essas mudanças não tragam aumento de carga tributária, mas sim simplificação e redução da carga”.

Também presentes ao encontro dos empresários o vereador paulistano Rodrigo Goulart, do Partido Social Democrático, e o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PP/SP).


EM REUNIÃO NA CEBRASSE NO PRÓXIMO DIA 26, ENTIDADES APRESENTARÃO PROPOSTAS A COMPLEMENTAREM ESTUDO DA LEI DE LICITAÇÕES

Tramita no Congresso Nacional projeto de lei que revoga a lei de licitações 8.666/1993 e traz novas normas para concorrências públicas.  Um dos artigos prevê para contratos de grande vulto a exigência de as contratadas fazerem um seguro-garantia de 30% do valor inicial do contrato, para cobertura de obrigações das empresas, inclusive multas e indenizações em caso de interrupção de empreendimentos. Outros pontos tratam de regras das diferentes legislações sobre concorrências públicas, como as que tratam do regime diferenciado de contratação e dos pregões.

Relevantíssimo para muitos dos segmentos com mão de obra intensiva associados à Cebrasse que prestam serviços para órgãos públicos, o assunto levou a Diretoria a deliberar sobre uma reunião especifica sobre a Lei de Licitações na quinta-feira de 26 de Julho de 2018 às 15h00 na sede da Central. Abaixo, o texto da convocação encaminhada aos diretores.

“Pedimos a gentileza a todos os segmentos participantes que tenham interesse em contribuir, para que encaminhem propostas a fim de complementar um estudo amplo da Lei de Licitações, gerando subsídios para que nossa assessoria Parlamentar trabalhe em prol de um discurso alinhado a todo o setor. As propostas devem ser enviadas até 25 de julho, e todos estão convidados a participar desse grupo que discutirá e deliberará sobre o documento final”, comunicou a Cebrasse.

João Diniz acrescentou à CebrasseNews que no encontro do dia 26 entidades filiadas “irão tratar de propostas para as quais não há consenso quanto à necessidade ou não de um freio para a pré-contratação, da pré-qualificação mediante seguro e outros temas correlatos. Queremos interferir de maneira positiva para que as contratações sejam feitas da melhor forma tanto para o empresário quanto para o Estado”.

De acordo com ele, “existe uma injustiça muito grande nas contratações, desequilíbrio de contratos, mão de obra por pregão. Agora estão em discussão algumas formas de moralização desse cenário, e também de se colocar um freio no seguro da contratação, numa pré-qualificação para tirar o mau prestador de serviços, mas isso denigre bastante a imagem do empresariado”.

Quanto ao seguro de 30% a ser pago pela empresa prestadora, “que acabará por repassar esse custo também” Diniz avaliou que “ganha-se de um lado e se perde por outro; e a reunião dos diretores será para sabermos até em que ponto vale ou não impor, até que ponto se ganha ou se perde mais, qual o ponto de equilíbrio numa proposta nossa quanto ao tema”.

Com o valor seguro variando de acordo com o risco baseado nas condições patrimoniais e contábeis da empresa, o presidente do Conselho Deliberativo da Cebrasse, Rui Monteiro, afirmou que a medida beneficiará empresas idôneas, que pagarão mais barato, enquanto as idôneas irão pagar mais caro. “A idônea some em oito anos, e quem vai pagar será o Estado”.

Para o vice-presidente Jurídico da Central, Percival Maricato, a questão do seguro está em discussão porque que na maioria dos casos o inadimplente é o próprio Estado. “Quando o Estado fala que não vai pagar, como costumeiramente acontece nas três esferas do Poder, alguém tem que pagar. O que não é certo é a prestadora de serviço, que tem quase 80% de dispêndio em mão de obra, pagar. Ela não vai conseguir sobreviver” concluiu o advogado.

Renato Fortuna, presidente da Febrac, destacou questão fortemente defendida por Avelino Lombardi, presidente do SEAC de Santa Catarina: a necessidade de haver uma única posição do setor de Serviços. “A gente daqui da Cebrasse com uma proposta, a Febrac ter outra e a Fenavist mais outra; e outra de lá da Comissão de Serviços Terceirizados da CNC, na qual temos assento, sair mais uma proposta. Então, em relação aos serviços, o que sair daqui da Cebrasse deve se juntar às outras do setor, para que os representantes todos falem a mesma língua”.

Membro do Conselho Deliberativo da Cebrasse, o presidente do Sindeprestem e da Fenaserhtt Vander Morales recordou que o empresariado vem sendo castigado, mas que tempo agora é de mudanças. “Esse calor aqui e agora e nossa necessidade de agrupamento vão nos unir mais. A falta de recursos de todos os sindicatos e federações vai fazer com que a gente se uma novamente num discurso único, como sugerido pelo Renato Fortuna”. Morales concordou com observações do consultor do Selur, Ariovaldo Caodaglio, quanto aos empresários terem chegado ao limite de sua capacidade contributiva e de empregabilidade no Brasil.

Também presentes à reunião, Aldo de Ávila, Aldo Luís Coser (SEAC-PR) Amilton Saraiva Costa (SEAC-SP), Antonio Guimarães (ABERC), Celso Toshio (Abrafac), Edison Belini (Sindeprestem), Ermínio Lima Neto (Cebrasse), Fernando Calvet (Sindeprestem), Hamilton Brito Junior (Sinfac-SP), José Carlos Teixeira (Sinserhtt-MG), Lívio Giosa (ADVB), Henrique Erbano, João Palhuca (Sesvesp), Luciano Galea (Abralimp), Ronaldo Pena (Sesvesp), Urubatan Romero (Fenavist), Frederico Câmara (Sindesp-RJ).


IMAGENS DA NOVA SEDE DA CEBRASSE

ACESSE AQUI AS FOTOS DA REUNIÃO

 

CONTRIBUIÇÃO PATRONAL
TRIBUTAÇÃO JUSTA E EQUILIBRADA PARA A CATEGORIA

Prezado empresário,

O Sindeprestem, entidade patronal vanguardista, não se opôs ao fim da obrigatoriedade da contribuição sindical prevista na reforma trabalhista (Lei 13.467 de 13 de julho de 2017), ciente da necessidade de evolução do sindicalismo praticado em nosso país, no qual ainda persiste um número inflado de entidades interessadas apenas na arrecadação de recursos, deixando a desejar na representatividade de categorias econômicas relevantes. Como é sabido, este pequeno escopo enfraquece e prejudica as negociações coletivas por ausência de legitimidade.

Por outro lado, para entidades sólidas, a representação sindical continua mais viva do que nunca. Reafirmamos: sindicalismo forte garante proteção às empresas. A Constituição Federal de 1988 coloca como função dos sindicatos a defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, em questões judiciais e administrativas (art. 8º, III) e a participação nas negociações coletivas de trabalho (art. 8º, VI). A CLT, em seu art. 513, dispõe como prerrogativas dos sindicatos a representação da categoria, a celebração de acordos ou convenções coletivas e ainda a colaboração com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal.

Diante da nova realidade, e ciente do seu papel, o Sindeprestem se adapta e seguirá em transformação na busca por novos modelos de gestão. A continuidade de projetos em andamento e o monitoramento constante de ameaças se fazem ainda mais necessários após a reforma trabalhista, a aprovação da Lei da Terceirização e a modernização do Trabalho Temporário, conquistas estas alcançadas em virtude do protagonismo praticado por nossa entidade, sempre comprometida com as causas do setor de serviços.

SINDICALISMO FORTE GARANTE PROTEÇÃO ÀS EMPRESAS

Há quase 30 anos somos um Sindicato atuante, transparente, responsável e ético. Muito nos orgulhamos das conquistas obtidas em benefício da Terceirização de Serviços Especializados e do Trabalho Temporário ao longo da história. E precisamos continuar.

Por isso, precisamos da compreensão e do apoio de todos os grupos e empresas que estão sob a égide do Sindeprestem e da Fenaserhtt. É hora de consolidar o sindicalismo no Brasil. Continue lendo

LÍDER CLASSISTA MINEIRO ASSUME PRESIDÊNCIA DA FEBRAC


Eleita no dia 25 de abril, a nova diretoria, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto à CNC e respectivos suplentes, da Federação Nacional das Empresas das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), presidida pelo empresário e líder sindical mineiro Renato Fortuna Campos, para o mandato de 26 de junho de 2018 a 25 de junho de 2022.

Durante a posse festiva, ocorrido no ENEAC 2018, Renato Fortuna destacou o fortalecimento da representatividade, incentivando maior participação e a construção coletiva. “Só iremos edificar as bases para as realizações futuras a partir do reconhecimento de todos aqueles que nos trouxeram até aqui, sejam eles dirigentes, seja o conjunto de nossos colaboradores e parceiros, sem os quais ações e projetos não frutificam”. E ainda, destacou o espírito democrático e “os predicados daqueles que encontram no diálogo o meio de se alcançar a eficiência e os melhores resultados”.

Renato Fortuna destacou também o compromisso que a chapa eleita assumiu em “se empenhar em dirigir nossa Federação, com o espírito de bem servir esta entidade e a categoria que representa organização”.
 
Confira abaixo entrevista com o presidente eleito da Febrac:

1. Qual o sentimento de ter sido eleito presidente da Febrac?
Renato Fortuna Campos:
 Foi muito importante pra mim porque já almejava o cargo há alguns anos. É uma contribuição que eu tenho que dar para a atividade. Chegou o momento de eu me doar, doar o meu tempo para esta atividade. Por isso, planejei e me preparei para ocupar o cargo de presidente da Febrac e desenvolvi o Plano de Governança Sindical – Plansind, ações que vão nortear a minha gestão à frente da Febrac.

2. Sobre o Plano de Governança Sindical – Plansind, quais projetos o Senhor considera prioritários?
Renato Fortuna Campos:
 Neste primeiro ano o Instituto Febrac, que buscará melhor condições paras as instituições e para o segmento. Ao negociarmos em grande escala, poderemos ter redução de alguns insumos que o segmento venha consumir.

Outro projeto prioritário é a criação de uma base parlamentar mais forte e aproximar os parlamentares da Febrac. E também, juntamente com a Fenavist e com o Cebrasse, promover encontros com os candidatos à presidência da República para que possamos apresentar as nossas demandas e pleitos.

3. Quais são as principais bandeiras a serem defendidas pelo Senhor durante a sua gestão?
Renato Fortuna Campos:
 Reforma tributária e as cota do aprendiz e das pessoas com deficiência nas empresas para que possam cumprir na área administrativa e levando em consideração as especificidades de cada atividade.

4. Qual será a linha de trabalho a ser desenvolvida durante a sua gestão?
Renato Fortuna Campos:
 Tenho uma grande preocupação em gestão e em qualquer entidade que estou gerenciando, por isso prezo pela capacitação e treinamento dos profissionais do segmento, principalmente dos colaboradores internos da Febrac. Considero ideal uma média de 96h a 144h em treinamento para poder ter um desenvolvimento maior dos funcionários para capacitá-los de forma adequada e com isso, atender com excelência os Sindicatos. 

5. Há alguma ação que deseja desenvolver para o fortalecimento dos Sindicatos filiados?
Renato Fortuna Campos:
 Sim. Pretendo organizar os Sindicatos que inorganizados e descobrir se os Sindicatos filiados estão ou não conseguindo sobreviver com o fim da contribuição sindical, e caso estejam com dificuldades, ajudar a torná-los sustentáveis.

Ter também maior interação e participação dos Sindicatos nos projetos e Assembleias da Febrac. O auge da minha gestão será quando estiverem presentes os presidentes dos 27 Estados nas nossas AGE´s.

6. O Programa de Sustentabilidade terá continuidade na sua gestão? 
Renato Fortuna Campos:
 Este é um tema muito importante que eu pretendo dar continuidade na minha gestão. 

7. Uma mensagem ao Setor 
Renato Fortuna Campos: 
O medo não pode ser maior que a paixão de vencer. Por isso, acredite no que você faz, nos seus objetivos. Gostaria de contar o apoio e participação de todos, diretoria e colaboradores, para que possamos alcançar com excelência os nossos objetivos e possamos fazer uma ótima Gestão.


DIRETORIA FEBRAC GESTÃO 2018 -2022


FEBRAC PARTICIPA DE REUNIÃO DA CBS

Em Brasília na última quarta-feira (04), o presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), Renato Fortuna Campos e alguns membros da diretoria participaram da reunião da Câmara Brasileira de Serviços (CBS) da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Um dos assuntos abordados foi a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) e as mudanças na legislação trabalhista após a perda de validade da Medida Provisória n.º 808 que regulamentava alguns pontos do texto. Bem como, os efeitos da Instrução normativa, aprovada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que estabeleceu que as mudanças valem apenas para os novos contratos. E mais, analisaram os reflexos na arrecadação das entidades sindicais com o fim da Contribuição Sindical obrigatória.

Outro importante tema discutido foi contratação de aprendizes, no qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) tem atuado junto à justiça para que todos os setores, independentemente das especificidades, cumpram a cota estabelecida em lei. 

Saiba mais

Responsável por discutir assuntos diretamente relacionados ao setor de serviços, bem como buscar soluções para os problemas existentes, a Câmara Brasileira de Serviços tem sido fundamental para o desenvolvimento de vários segmentos econômicos. 

A Câmara é um órgão consultivo da presidência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que realiza estudos e fornece sugestões para a atuação política da entidade.

Os membros das Câmaras do Comércio, sob supervisão da Coordenação das Câmaras Brasileiras do Comércio (CCBC), alinham ideias e interesses para desenvolver e executar programas e ações voltados para as categorias econômicas que representam. Além de representantes do empresariado, também são convidados a participar das reuniões parlamentares e dirigentes sindicais.

DESTAQUE DA MÍDIA

 

Projeto que exige reajuste para prestador é
aprovado na Comissão de Trabalho


Foi aprovado na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados,
o Projeto de Lei 5100/13 que exige o reajuste do valor dos contratos de prestação de serviço na
data-base da categoria do profissional contratado. Pela proposta, do deputado Laercio Oliveira (PR-SE),
essa obrigação de atualização financeira é do tomador do serviço e deve ser prevista no contrato.

De acordo com Oliveira, a proposta visa corrigir situação desfavorável ao trabalhador “que ocorre há anos”. Segundo afirma, o objetivo da medida é “adaptar o que é contratado à realidade econômica do mercado”.

De acordo com o relator, o deputado Jorge Côrte Real, é razoável e justo determinar que os contratos de prestação de serviços sejam reajustados na data-base de cada categoria profissional, de modo a se propiciar a manutenção permanente e concomitante do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, mediante imediata apropriação das variações dos preços, principalmente, quanto à remuneração dos trabalhadores, insumo de maior peso nos contratos de prestação de serviços continuados.

“A proposta do nobre deputado Laércio Oliveira, não podia vir em melhor hora, no momento em que a sociedade cobra maior transparência, responsabilidade e idoneidade na relação Estado e particular. Neste sentido, a proposta traz à tona um dos maiores problemas da contratação na administração pública, a considerar que o maior flagelo que corrói a capacidade financeira das empresas idôneas, que prestam serviços continuados, são os constantes atrasos nos pagamentos das faturas, agravado, e muito, pela demora na concessão do reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, principalmente quando da aplicação dos reajustes salariais, de maior peso na planilha de custos que sustenta a proposta apresentada no processo licitatório”, argumentou Côrte Real no relatório.

O relator acrescentou ainda que esse processo pode também corroborar com a corrupção, na medida em que a insolvência da empresa contratada gera oportunidade de contrações emergenciais, “sem dúvida, um dos grandes focos de corrupção que há no poder público”, disse.

“Um dos maiores problemas nos contratos de terceirizacão e a concessão do reequilibrio econômico e financeiro; ou demora muito, ou sequer é feito. O projeto que conseguimos aprovar hoje na Comissão de Trabalho, obriga o gestor público a repactuar o contrato, concomitantemente, ao acordado na convenção coletiva de trabalho. Este processo e de suma importância para o trabalhador, na medida em que 80% do  preço estabelecido na licitação,  e direito dos trabalhadores”, acrescentou Laércio.

Fonte: Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado do Rio de Janeiro


O Globo – 13 de Julho

UGT promove feirão de emprego para aumentar sindicalizados

Após fim do imposto sindical, central busca alternativas para elevar receitas

SÃO PAULO — Na tentativa de ampliar as receitas sindicais, que caíram fortemente depois do fim do imposto sindical, determinado pela nova legislação trabalhista que entrou em vigor em novembro, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) passará a fazer o processo seletivo de contratação de empregados para as empresas do comércio e, em troca, tentará sindicalizar todos os novos funcionários selecionados. De acordo com Ricardo Patah, presidente da UGT, a novidade será implementada primeiramente no sindicato dos comerciários, categoria com a qual a UGT já fez parcerias com as empresas, num processo que deve selecionar 2 mil novos empregados a partir da próxima segunda-feira.

— Essa é uma consequência da reforma trabalhista, que extinguiu o imposto sindical. Convencendo o trabalhador a se sindicalizar e conseguindo fazer isso em massa, melhora a nossa situação — afirmou. A sindicalização dos comerciários de São Paulo custa R$ 30 por mês.

Segundo Patah, o empregado sindicalizado tem acesso a benefícios como serviços médicos e de dentista, descontos em universidades e acesso a lazer. A ideia é estender o modelo para os cerca de 1.330 sindicatos da central.

— Mas o mais importante é fortalecer o sindicato para que a gente faça boas negociações para a categoria. Depois da reforma trabalhista, o negociado prevalece sobre o legislado, portanto um bom acordo é vital para os trabalhadores — disse ele, observando que a sindicalização não será obrigatória no feirão.

Segundo o advogado Otávio Pinto e Silva, sócio trabalhista do escritório Siqueira Castro e professor na Universidade de São Paulo, não há nenhuma irregularidade em o sindicato colaborar com as empresas na busca de mão de obra qualificada. Ele diz que o esforço também é válido no sentido de garantir maior filiação sindical, diante das mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista, entre elas o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical.

— Se as empresas têm vagas, é natural que o sindicato faça essa intermediação e também trabalhe pela qualificação profissional de seus filiados. O que o sindicato não pode fazer é forçar o trabalhador a se sindicalizar para que consiga o emprego. Isso fere uma cláusula da Constituição que trata da liberdade da filiação sindical. É o trabalhador que tem que tomar a decisão se quer ou não se sindicalizar. Trata-se de um ato de escolha — disse Silva.


Valor Econômico – 13 de Julho

Ministro do Trabalho suspende registros

O novo ministro do Trabalho (MTE), Caio Vieira de Mello, suspendeu novos registros sindicais por 90 dias em sua primeira medida à frente da Pasta. Uma portaria publicada ontem no "Diário Oficial da União" (DOU) interrompeu "todos os procedimentos de análise, bem como as publicações relativas a processo de registro sindical" nos próximos três meses.

A decisão é uma resposta a uma operação da Polícia Federal para apurar supostas fraudes nos registros. Ao tomar posse, Mello disse que faria o necessário e que realizaria "um exame apurado da situação". Seu antecessor, Helton Yomura, foi alvo da terceira fase da Registro Espúrio, ação da PF com foco nos registros emitidos pelo MTE, realizada na semana passada. Yomura foi afastado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

A primeira fase da Operação Registro Espúrio foi deflagrada em maio e atingiu sindicatos e o governo. Segundo a PF, importantes cargos do Ministério do Trabalho "foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na Pasta". Depois disso, em junho, o MTE suspendeu a análise de mais de 180 certidões sindicais.

Esse foi apenas o episódio mais recente da crise no ministério, que começou quando a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), também alvo da operação, foi nomeada para comandar a Pasta. Cristiane não conseguiu ser empossada por conta de uma batalha jurídica e abdicou do cargo em favor de Yomura, indicado por ela. O pai de Cristiane, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), também é investigado no caso.

A portaria publicada ontem faz a ressalva de que não impede registros sindicais cujo cumprimento é alvo de determinações judiciais. Procurado, o MTE não se manifestou até o fechamento desta edição.

 

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