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10 de Setembro de 2018 | ||
Terceirização: a hora é a vez da produtividade
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O horizonte cinzento não permite vislumbrar |
No conjunto de propostas apresentadas até o momento, os candidatos à Presidência da República discorrem desde o sexo dos anjos à privatização de empresas estatais ou ao armamento da população para enfrentar a criminalidade. Estranho, mas nenhum deles mostrou qualquer preocupação com o desemprego, um dos maiores flagelos atualmente no Brasil, deixando sem esperança mais de treze milhões de trabalhadores e suas famílias. De forma genérica, diz-se que o crescimento econômico facilitará a abertura de mais vagas no mercado de trabalho. É um processo demorado. O fato é que nenhum se aprofunda no assunto ou mostra disposição para enfrentar o maior problema do desemprego: o excesso de carga tributária sobre a folha de pagamento das empresas, o que leva o empresário a pensar duas vezes antes de abrir uma vaga. Tudo o que a tecnocracia promove é no sentido de aumentar a arrecadação, sem se importar muito com as consequências, com o apoio de sucessivos governos insensíveis ao problema. E o resultado lógico é um modelo fiscal esquizofrênico, o que leva a uma das mais altas cargas tributárias do planeta. O Brasil tem a sexta maior alíquota de imposto para empresas entre 130 países pesquisados, segundo um levantamento da KPMG Internacional. A carga tributária no Brasil chega a 34%. Desde que a Constituição de 1988 entrou em vigor, mais de cinco milhões de normas foram criadas para reger a vida do cidadão brasileiro, entre emendas constitucionais, leis delegadas, complementares e ordinárias, medidas provisórias, decretos e normas complementares e outros. Ou seja, foram publicadas, em média, mais de 782 normas por dia nos âmbitos federal, estadual e municipal. E boa parte delas para arrochar mais ainda o caixa das empresas. É importante destacar que o setor de Serviços responde no todo por mais da metade dos empregos formais no Brasil e, assim como no resto do mundo, desempenha um papel fundamental no elo das cadeias produtivas. Por isso, sabemos bem que a situação é dramática. A força de trabalho no Brasil é composta por 159,2 milhões de pessoas. Ao decompor essa massa, enxergamos uma tragédia. Para começar, o contingente de pessoas que não trabalha nem procura emprego somou 65,6 milhões no segundo trimestre deste ano, segundo o último levantamento do IBGE. É o maior número de pessoas inativas desde 2012. A quantidade de trabalhadores com carteira assinada atingiu o seu menor patamar no início do ano, com 32,8 milhões. O número de pessoas desempregadas continua no patamar dos 13 milhões. Na composição geral do quadro, os informais somados chegam a 37 milhões, formados principalmente pelos empregados sem carteira assinada (10,7 milhões) e pelos que trabalham por conta própria (22,9 milhões). Ou seja, ao estrangular as empresas, o governo está empurrando a mão de obra para o suplício da informalidade. E nesse mundo não há exames médicos de admissão e demissão, repouso semanal remunerado (uma folga por semana), 13º salário, férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário, vale-transporte ou vale-refeição, licença-maternidade ou paternidade, Fundo de Garantia, horas-extras, adicional noturno, aviso prévio em caso de demissão, seguro-desemprego e outros benefícios. Tudo o que os funcionários das empresas de Terceirização e do Trabalho Temporário têm assegurados por lei. Sem contar que o setor ainda abre oportunidades para jovens e idosos, os que mais sofrem com esse quadro geral de desalento. Apesar disso, em vez de incentivar a abertura de vagas, o sistema em vigor desestimula. Como no caso da Terceirização e do Trabalho Temporário que, desde 2002, com a entrada em vigor do regime de não cumulatividade do PIS e da Cofins, viram seus custos com ambas as contribuições aumentarem em mais de 150%. Continue lendo (*) – É presidente da Fenaserhtt (Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado) e do Sindeprestem (sindicato estadual paulista do setor). |

Prestadoras de serviços de limpeza
farão mutirão em setembro
No dia 15 de setembro, sábado, empresários e trabalhadores do segmento de asseio e conservação unirão forças para realizarem mutirão de limpeza e manutenção dos principais pontos turísticos brasileiros. Promovido pela Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), em conjunto com os Sindicatos Associados, a 11ª Ação Nacional Febrac é um instrumento prático de educação ambiental realizada anualmente no Dia Mundial de Limpeza. “A sustentabilidade é uma das maiores preocupações do momento do setor de Asseio e Conservação. A Ação de Cidadania é uma forma das empresas associadas darem exemplo para as demais da importância do uso consciente do meio ambiente e das técnicas de trabalho responsáveis. É uma forma também de ajudarmos a conscientizar a sociedade sobre a necessidade de valorizarmos e cuidarmos dos nossos espaços públicos", afirmou o presidente da Febrac, Renato Fortuna Campos. Para desenvolver a Ação, as empresas disponibilizarão luvas, sacos biodegradáveis, ancinhos, e outros instrumentos para limpeza, coleta e separação do lixo reciclável. Além disso, realizarão jardinagem, poda de árvores, reposição de grama, reparos em calçadas e meio fio e pintura de canteiros e bancos, bem como, distribuirão mudas nativas e material informativo sobre a importância da preservação do meio ambiente e da reciclagem do lixo, distribuição. A população poderá acompanhar e participar de todo trabalho desenvolvido durante a Ação Nacional. E receberão também informações de conscientização ambiental e mudas de plantas nativas. “A mobilização pretende agregar mais de mil empregados e empresários prestadores de serviços terceirizados, num esforço de conscientização ambiental em todo país e será realizada nos principais pontos turísticos das capitais brasileiras”, contou o presidente da Febrac. Fonte: Assessoria de Comunicação da Febrac |
Fenavist reforça junto à Presidência da
República a impossibilidade de se contratar
pessoa que estejam cumprindo pena
A Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores – Fenavist enviou ofício ao presidente da República, Michel Temer, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, responsável por assinar como presidente interina, no dia 24 de julho, o decreto 9.450/2018. De acordo com o texto, as empresas de prestação de serviços contratadas pelo governo deverão incluir no quadro de funcionários egressos do sistema prisional e todo tipo de presos, incluindo os em regime fechado. Em primeiro lugar, é preciso destacar que em nenhum momento o texto fala expressamente das empresas de segurança privada. Além disso, a legislação já existente sobre o assunto deixa claro que, para exercer qualquer função, o preso precisa atender as especificidades da Profissão. Foi justamente esse ponto que a Fenavist reforçou no ofício. A entidade ressaltou que a atividade de segurança privada possui legislação própria, que exige curso de formação específico e comprovante de antecedentes criminais, o que torna inviável a contratação de egressos e presos. A Fenavist considera a iniciativa do governo positiva, uma vez que o trabalho de ressocialização é fundamental para diminuir os autos índices de reincidência no sistema penitenciário nacional. No entanto, lembra que a contratação de presos para a função e vigilantes pode criar outro problema. Como os profissionais trabalham armados, essa situação pode provocar temor dos colegas de trabalho e da população que se dirige aos órgãos públicos. Assim, a Federação pede que “seja revisto os termos do decreto, e especialmente que seja prevista a exclusão das contratações de serviços de empresas de segurança privada, tendo em vista que elas possuem legislação especial, que disciplina as empresas e os seus empregados vigilantes, prevendo a Lei nº 7.102/1983”. Por fim, a entidade ressalta que caso haja um entendimento incorreto da lei, o caso pode acabar na justiça. Por isso, solicita a máxima atenção do governo e do poder judiciário “evitando-se, assim, a busca das vias judiciais, que implicarão em custos para o Estado e para as empresas, que podem ser evitados diante da situação óbvia”, conclui o documento.
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Aperfeiçoamento de gestores de
contratos de limpeza
Voltado a gerentes de contratos, supervisores de operações, encarregados, gestores e demais áreas afins. O objetivo do curso é desenvolver competências de supervisão, coordenação, gestão de crises, tomadas de decisões e de gestão de contratos na área de limpeza profissional. Público alvo: Supervisores, Gestores de contratos e Gerentes de serviços de limpeza Conteúdo Programático
Agenda do Curso – Confira as datas disponíveis para este curso. |
DESTAQUES DA MÍDIA |
Setor de serviços deve estagnar no 3º tri após salvar PIB de abril a junhoConsumo das famílias aponta para ritmo mais lento que o necessário e indefinição com eleição assusta; em agosto, índice de gerente de compras apontou uma contração “sólida” na atividade HENRIQUE JULIÃO • SÃO PAULO Se o setor de serviços foi o principal responsável pelo crescimento do PIB durante o segundo trimestre, no terceiro, a expectativa é de estagnação. Em agosto, a atividade do setor teve a queda mais acentuada desde fevereiro de 2017, segundo índice de gerentes de compra (PMI ) da IHS Markit. O indicador retraiu para 48,8 pontos em agosto ante 50,4 pontos em julho. Motivado por um “enfraquecimento da demanda”, o recuo foi mais um componente que indica para possível estagnação do setor entre julho e setembro; entre abril e junho, houve uma variação positiva de 0,3%. “A tendência é que os serviços caminhem mais lentamente no terceiro trimestre, até mesmo para estabilidade”, afirmou o chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes. Para o economista, ao favorecer exportações, a desvalorização do real deve permitir que “agronegócio e indústria assumam papel principal no crescimento da economia”. Enquanto isso, o setor de serviços – que acumulou alta de 1,4% no primeiro semestre – deve ser afetado negativamente pela recuperação por demais lenta do consumo das famílias. “Os serviços têm sido impulsionados pelo consumo das famílias, que, nos últimos trimestres, tem sido o ‘motor 1.0’ do crescimento do PIB. No terceiro trimestre, eu creio que ele vá ser fraco”, sinalizou Bentes. Opinião similar é expressa pelo economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida – que prevê “uma certa estagnação para os serviços” durante o período de julho a setembro. “O cenário é contrabalanceado”, afirma Almeida. “A inflação se comporta positivamente apesar da paralisação [dos caminhoneiros, em maio]. O crédito vem sido retomado, ainda que de forma lenta. Mas quando olhamos dados do desemprego, que para serviços é um fator crucial, ainda há uma influência negativa”. “Na margem, [o emprego] tem respondido de forma positiva, mas há expansão da informalidade e retração de carteira assinada, com salários menores. Isso gera demanda menor das famílias”, prosseguiu Guilherme Almeida. Para Bentes, da CNC, a mesmo movimento afetará o comércio: se o volume de vendas do setor avançou 5,8% no primeiro semestre, a expectativa de consumo familiar moderado deixa a expectativa para o segundo semestre em 3 Após decisão do Supremo, empresas confundem terceirizados com PJsEscritórios de advocacia recebem uma série de dúvidas sobre modalidade de contratação Anaïs Fernandes e Larissa Quintino – SÃO PAULO A liberação pelo STF da terceirização de todas as atividades de uma empresa gerou uma onda de dúvidas entre empregadores, sobretudo em relação à chamada pejotização. Desde a conclusão do julgamento, na quinta-feira (30), advogados ouvidos pela Folha relatam grande volume de interessados em saber sobre a possibilidade de demitir trabalhadores celetistas e contratá-los na sequência como PJs (pessoas jurídicas). Os questionamentos partem, em geral, de empresas do setor industrial e de tecnologia, mas também da construção civil e do agronegócio. O entendimento do STF regulamentou situações anteriores à lei de terceirização, aprovada em março do ano passado, e à reforma trabalhista, em vigor desde novembro. “Nosso esforço tem sido no sentido de explicar aos clientes que os limites da terceirização não tratam mais do tipo de atividade, mas da manutenção ou não da relação de emprego”, diz Ribeiro. A demissão de funcionários para recontratação como PJ —mantendo a subordinação do trabalhador à empresa, o que configura vínculo empregatício— continua ilegal e nem sequer foi objeto de julgamento do Supremo na semana passada. “Existe uma confusão muito grande entre terceirizado e pessoa jurídica. Não é possível demitir todos os funcionários da companhia e contratá-los como PJ em seguida, em momento algum o julgamento do STF permitiu isso”, afirma Alan Balaban, sócio do Balaban Advogados. Continue lendo |
CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE |