Notícias da Central Empresarial e seus Associados 16 de Janeiro de 2020 | |||
AGENDA 2020 FIQUE EM DIA COM OS PRINCIPAIS EVENTOS DA NOSSA ENTIDADE PREVISTOS PARA ESTE ANO: CALENDÁRIO 2020 – Programação Inicial – 20 de Fevereiro 2020 – 14h00 – Reunião Diretoria – Sede da CEBRASSE – 16 de Abril 2020 – Reunião Diretoria – Sede da CEBRASSE – 14 de Maio 2020 – Reunião Diretoria – ENEAC – Recife – 25 de Junho 2020 – Reunião Diretoria – Sede da CEBRASSE – 27 de Agosto 2020 – Reunião Diretoria – Sede da CEBRASSE – 29 de Outubro 2020 – Reunião Diretoria – Sede da CEBRASSE – 07 de Dezembro 2020 – Evento de Final de ano – CEBRASSE | |||
CEBRASSE SE REÚNE COM KASSAB PARA DISCUTIR REFORMA TRIBUTÁRIA Câmara, Senado e governo devem voltar a se reunir em fevereiro para acertar a tramitação da reforma tributária. A ideia é reunir as propostas que já tramitam nas duas casas legislativas, mais as sugestões do governo, e elaborar um texto único. Esse texto será elaborado na Comissão Mista da Reforma Tributária que terá dois membros do PSD. Por esse motivo, o presidente da Cebrasse João Diniz se reuniu com o presidente do partido, Gilberto Kassab, para falar sobre a preocupação com o aumento de impostos no setor de serviços e também sobre a desoneração da folha de pagamento. O Superintendente do INSS em São Paulo José Carlos Oliveira também participou da reunião. João Diniz afirmou que a entidade tem feito um trabalho de sensibilização dos parlamentares sobre a desoneração da folha de pagamento. “Quem concebeu os textos das duas PECs não deu a devida importância para a desoneração da folha, mas a reforma tributária deve valorizar a geração de empregos. Ao prejudicar o setor de serviços, prejudica-se o emprego porque representamos 70% do PIB. Defendemos a criação de uma Contribuição Patronal baseada em um Imposto sobre Movimentação Financeira. O setor de serviços quer contribuir ajudando a construir uma melhor proposta para o emprego no país”, explicou. “Ambas as propostas que tramitam no Congresso Nacional defendem a simplificação e a redução de tributos sem se aprofundarem, entretanto, na questão da tributação sobre a folha de pagamento, situação que muito nos preocupa”, completou Diniz, que entregou a Kassab um estudo que mostra os impactos da PEC 45 no setor de serviços, gerando desemprego. Kassab disse que vai encaminhar o estudo para a equipe técnica do partido que vai orientar os dois membros do partido na comissão. Carla Passos | |||
SETOR DE SERVIÇOS COMEMORA “CONTRATO VERDE E AMARELO” Em vigor desde 1º de janeiro, o chamado Contrato de Trabalho Verde e Amarelo tem merecido reações positivas de segmentos ligados ao setor de serviços. O presidente da Cebrasse João Diniz está entre os que se dizem otimistas com relação aos efeitos positivos a serem trazidos pela MP 905/19 ao mercado de trabalho. “Ao desonerar a folha de pagamento, este instrumento tem tudo a ver com a expectativa generalizada do empresariado brasileiro em torno de uma retomada econômica maior a partir de 2020”, avalia. Seu desejo, inclusive, é que a ideia vá além, estendendo-se a outras modalidades de contratação, “pois o emprego sempre deve ser taxado minimamente", justifica o empresário. Autor do livro “Terceirização, uma Abordagem Estratégica” e vice-presidente da Central, Lívio Giosa também acha que a iniciativa veio em boa hora, e por vários motivos. “Impulsiona a empregabilidade, atinge a faixa etária dos jovens no início de sua carreira profissional e incentiva as empresas a contratarem por esta modalidade”, enumera o especialista em gestão estratégica. Ele ressalva, no entanto, que o Programa também deveria estimular a capacitação dos jovens, “já que o país necessitará cada vez mais de mão de obra qualificada, principalmente com experiência em conhecimento digital, independentemente da profissão ou função exercida”, acentua. “Sem dúvida, representa um avanço, pois gera uma economia de encargos da ordem de 30%”, emenda Renato Fortuna, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac). Segundo ele, este expediente tem tudo para diminuir a tendência de substituição de mão de obra por tecnologia e constitui-se num fator altamente promissor, “juntamente com os reflexos positivos da Lei da Terceirização; da Liberdade Econômica; e da Reforma Trabalhista, agora que os juízes estão começando a assimilar melhor tudo isso”, acrescenta. Melhor ainda, no entender de Fortuna, será o Supremo Tribunal Federal aceitar que o negociado prevalece ao legislado, “mudança de enfoque nas relações trabalhistas que deverá desemperrar o crescimento brasileiro, finalmente liberto de um protecionismo excessivo, que só faria sentido mesmo à época de Getúlio Vargas”, defende. Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), realmente não resta dúvida de que o “Contrato e Verde Amarelo” é bastante oportuno, diante da necessidade premente de se criarem novos empregos. Contudo, Percival Maricato considera fundamental que a economia retome o quanto antes o ritmo de crescimento anterior à crise predominante nos últimos cinco anos, “o que certamente tornará dispensável a criação de instrumentos emergenciais como este”, conclui. O Programa As contratações de trabalhadores por meio da nova sistemática foi anunciada ainda no ano passado pelo governo com a intenção de gerar 1,8 milhões de empregos em dois anos. O incentivo ao emprego formal para jovens entre 18 e 29 anos decorre de uma diminuição dos encargos sobre a folha neste tipo de contratação, variando entre 30% e 34%. Pela novidade, o desconto relativo à contribuição para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) cai de 8% para 2%, enquanto a multa de 20% sobre o saldo, existente na data do desligamento, poderá ser negociada por empregado e empregador. Quanto aos pagamentos de férias e 13º salário, poderão ser adiantados mês a mês, de forma proporcional, ficando ainda os patrões dispensados de pagar a contribuição patronal ao INSS, que nos contratos de trabalho convencionais representa 20% sobre a folha. Concluindo as desonerações trazidas pela nova modalidade, vêm a dispensa de recolhimento das alíquotas do ‘Sistema S’ (SESC, SESI, SENAI e SENAC), assim como do Salário Educação. Regras Os jovens admitidos pelo “Contrato Verde e Amarelo” são aqueles que nunca tiveram um emprego formal, e seus salários nesta primeira oportunidade devem ser, no máximo, de R$ 1,5 mil. Já os empregadores não podem realizar as admissões pelos regimes intermitente, avulso, de menor aprendiz ou contrato de experiência, além de restringir este vínculo diferenciado ao período de dois anos. Note-se ainda que os contratos do gênero só podem ser firmados até 31 de dezembro de 2022, aplicando-se apenas a novas admissões e não para substituir trabalhadores já contratados. Seguidas todas essas regras, o empregador deve ficar atento para, finalmente, não superar o limite desses contratações, que devem representar, no máximo, 20% do contingente total da empresa, tomando como base a média de trabalhadores entre janeiro e outubro de 2019. Confira no link abaixo a íntegra da PORTARIA Nº 950, DE 13 DE JANEIRO DE 2020, do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, divulgada no dia de sua publicação pelo SEAC-SP: http://www.seac-sp.com.br/juridico/legislacao/portaria_950_janeiro2020.pdf Wagner Fonseca | |||
A DESPEDIDA DE UM GRANDE MESTRE
Johannes Antonius Maria Wiegerinck, mais conhecido no setor como Dr. Jan, faleceu de morte natural na última quarta-feira (8/1), aos 92 anos de idade. Holandês naturalizado brasileiro, o advogado pós graduado em administração de empresas fundou a Gelre em 1963, e também se notabilizou pelo trabalho realizado em prol da Lei 6.019/74, que instituiu no setor automotivo o Seguro Obrigatório. Figura marcante, com a sua impecável gravata borboleta, Dr. Jan também foi autor de vários livros emblemáticos na área, tendo atuado ultimamente como conselheiro do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e a Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo, cuja presidência já havia ocupado. Segundo o presidente do Sindeprestem, Vander Morales, “com sua visão associativa e empreendedora, ele desenvolveu um trabalho e uma liderança que consolidaram os setores de Trabalho Temporário e de Terceirização no Brasil, para os quais deixa agora um grande legado e uma marca histórica”. Outra presença institucional do também chamado “Pai do Trabalho Temporário no Brasil” foi a de cofundador da Associação Brasileira do Trabalho Temporário – ASSERTTEM. “Todos nós, da Cebrasse, expressamos imenso pesar pelo passamento deste empresário inovador e de sucesso, ícone do mercado de mão de obra temporária e líder sindical inconteste. Ele fez toda a diferença em sua passagem pela Terra, deixando uma obra inesquecível”, comentou João Diniz, presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços”.
Wagner Fonseca | |||
A LUTA ENTRE RAZÃO E EMOÇÃO GAUDÊNCIO TORQUATO O mote da década de 50 acompanhou por muitos anos a vida dos consumidores: “vale quanto pesa”. O símbolo da balança, estampado na embalagem, não apenas garantia a legitimidade do “sabonete das famílias”, mas reforçava o conceito de verdade. O consumidor constataria não haver um grama de peso a mais ou a menos. Era a época da “verdade verdadeira”. De lá para cá, a verdade passou a perder substantivos e a ganhar superlativos, dando vazão ao bordão desses tempos virtuais: “vale muito mais do que pesa”. Essa versão embala anúncios de propaganda, expressões sobre pessoas, políticos, jogadores de futebol, entre outros. A observação cai bem no momento em que a política no Brasil começa a rejeitar os velhos paradigmas. Nesse ano eleitoral, o superlativo dominará a expressão política, a verdade se cobrirá com as cores da ficção, sob a capa de fake news, e o mundo real dividirá suas cores com o mundo virtual. A passarela entre esses dois universos será pavimentada por três tipos de argamassa: a razão, a emoção e a polarização. O cenário da razão deixa ver, na linha de frente, eleitores conscientes, autônomos, exigentes, que já não agem ao estilo que o vulgo costumava recitar em ditos politicamente incorretos: “Maria vai com as outras”. O campo da razão disputará o processo decisório com o espaço da emoção. Basta medir a temperatura do meio ambiente ou ver o desfile de adjetivos nas redes sociais, onde o palavrório bolsonarista é confrontado pelo verbo oposicionista, expandindo a polarização. Indignação, revolta, ódio se amalgamam nas bandas que dividem a sociedade: os adeptos, eleitores e simpatizantes do presidente Jair; os oposicionistas de partidos de oposição e contingentes que não leem pela cartilha da direita-radical-conservadora; e os centristas, que olham para os lados e para cima, à procura de novos protagonistas. Bolsonaro, de um lado, e Lula, de outro, são os dois líderes do cabo de guerra. A linguagem de ambos é embalada por camadas de celofane emotivo. O presidente usa a saída do Palácio da Alvorada para puxar a corrente; o ex-presidente usa palcos de eventos do PT ou de organizações. Ambos se esforçam para antecipar a campanha, com desfecho em outubro, usando metralhadoras expressivas para agregar parceiros das bandas, tentando encantar as turbas. O perfil populista de ambos emerge na exposição de uma semântica desarrumada e uma estética destemperada. Ora, quando falta água na fonte da razão, os dois correm para beber na fonte da emoção. O ritual é conhecido. Com uma linguagem coloquial, os dois transmitem mensagem subliminar, querendo dizer: “somos gente como vocês”. Metáforas aparecem aos montes. E assim a liturgia emotiva acaba construindo um suporte de simpatia. Mas a movimentação social no Brasil, nos últimos tempos, mostra que a razão, como mecanismo para a tomada de decisões, amplia laços, inclusive nos setores populares, tradicionalmente conhecidos por agir sob emoção. Os comportamentos racionais estão relacionados a um cenário de modernidade, que aponta para um reordenamento de valores, princípios e visões dos grupamentos sociais. Dito isto, é o caso de perguntar: que vetor terá mais influência em campanhas? Atente-se para o ethos nacional, cuja composição agrega valores como cordialidade, improvisação, exagero, paixão, solidariedade. O resultado aparece na “alma caliente” dos trópicos, em contraposição à frieza anglo-saxã. Em nossas plagas, a emoção ganha da razão. Mas se expande a cada ciclo político. Por quê? Por causa de mudanças no campo individual. A pessoa, escondida no anonimato na massa, descobre que pode se transformar em cidadã. A cidadania deixa de ser bandeira de instituições e ingressa no repertório mental do indivíduo, passando a ser meta desejada. Ou seja, amplia-se a "consciência do EU" em contraponto ao conceito do "NÓS", esteira da propaganda política. Maior autonomia fortalece o desenvolvimento de uma autogestão técnica, pela qual os indivíduos passam a traçar rumos e a selecionar os meios, recursos e formas para atingir seu intento. Rejeitam ou aceitam, com restrições, pressões do poder normativo. Equivale a dizer que fogem dos "currais" psicológicos que enclausuram pensamentos. Em suma, o campo social alarga o universo do discurso, a rebeldia das formas e provoca a rejeição a tudo que se assemelhe a totalizações. Classes sociais e categorias profissionais, usando suas tubas de ressonância, desfraldam bandeiras de defesa. Se muitos segmentos ainda votam com a emoção, outros buscam apoio nos pilares da razão: o voto sai do coração para subir à cabeça. Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP, consultor político e de comunicação – Twitter@gaudtorquato Mais análises no blog www.observatoriopolitico.org | |||
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