Prioste da Security avalia que a pandemia mostrou que limpeza é segurança

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“Os setores de limpeza e segurança vêm mostrando nessa pandemia os porquês de terem sido classificados como essenciais. Empresas que tiveram suas atividades reduzidas ou totalmente interrompidas ficaram mais vulneráveis a invasão, furto e vandalismo. Por outro lado, instituições que prestam outros tipos de serviços essenciais como bancos e hospitais, por exemplo, tiveram seus protocolos de controle de acesso e de limpeza fortemente impactados. Mais do que nunca, limpeza é segurança!”, afirmou Erasmo Prioste, diretor de Marketing da Security, nova associada da Cebrasse – Central Brasileira do Setor de Serviços.

Mais do que mudar a maneira de se trabalhar, Prioste avalia que a pandemia acelerou bastante o uso de recursos tecnológicos que já estavam sendo planejados, tanto para prestação de serviços para os clientes quanto para a gestão de atividades e processos internos.

Ele citou o exemplo de um aplicativo desenvolvido pela empresa Codifica para a Security que agilizou bastante os processos de recrutamento e seleção (Foram recrutados cerca de 300 vigilantes em poucos dias, em plena pandemia, para uma grande empresa do setor de carnes, nos estados de GO, MT e MS).

“Através do Viber, enviamos diariamente do campo os dados para mesa de operações relacionados a cobertura de postos, substituições, revezamentos e horas extras. Em parceria com a TOTVS, estamos para implantar dois apps: um para registro de ponto eletrônico, ainda sem nome e o Meu RH, um app onde o nosso colaborador terá autonomia e agilidade para agendar suas férias, solicitar cópia do holerite e verificar saldo dos benefícios, dentre outras facilidades”, citou. Confira a entrevista completa:

CEBRASSE NEWS: Focando no segmento de segurança privada, sabemos que os trabalhadores do setor são essenciais no enfrentamento da pandemia. Quais os cuidados que vocês adotaram com os seus colaboradores e o público da empresa?

ERASMO PRIOSTE – Fazíamos um evento sobre inovação e transformação digital no dia em que a OMS definiu a Covid-19 como pandemia (10/03/20) e nossa reunião no final daquela semana para avaliação dos resultados do encontro foi transformada em debate de como entender melhor o que estava acontecendo, os riscos e impactos para nossos colaboradores e clientes. Montamos logo em seguida um comitê de crise multidisciplinar, buscamos fontes de informações oficiais de saúde (OMS e Ministério da Saúde dentre outros) e criamos comunicados diários para esclarecimento e orientação de conduta segura ao nosso público interno e aos clientes. Em um segundo momento, focamos também na comunicação das Medidas Provisórias emitidas pelo governo federal para adaptar as relações trabalhistas à nova realidade (nesse momento, segurança patrimonial e limpeza já eram definidos como serviços essenciais). Foi um período de trabalho muito intenso, com novas informações a cada dia, até que chegamos na etapa de normalizar os procedimentos com afastamento de pessoas do grupo de risco, distanciamento físico, reforço na limpeza, uso de álcool em gel e de máscaras.

CN- A pandemia mudou a maneira como o Grupo Security presta os seus serviços? Vocês adicionaram novas técnicas no atendimento aos clientes?

EP- A pandemia, mais do que mudar a maneira de trabalharmos, acelerou bastante o uso de recursos tecnológicos que já estavam em nosso planejamento, tanto para prestação de serviços para nossos clientes quanto para a gestão de atividades e processos internos. Nesse período de pandemia, inauguramos o CITSS, a segunda central de operações e monitoramento de alarmes e imagens da empresa, com recursos bem modernos para gestão de proteção remota, criamos o CONECTA SECURITY*, uma solução que integra e personaliza serviços de vigilância patrimonial, facilities e de tecnologia com alto potencial de saving para os clientes, entramos em fase final de implantação de um novo sistema operacional end-to-end (Protheus, da TOTVS) e nesta semana fizemos o go live do novo CRM da Security, comprada da norte-americana Hubspot. Adquirimos recentemente o software de mensageria da Microsoft, incluindo a versão premium do TEAMS, para vídeo-conferências, essencial para as reuniões à distância (que vieram para ficar). E até o final deste ano, investiremos em um software para modernizar nossa intranet.

CN- Qual a importância para os setores de segurança privada e limpeza nesse período de combate e controle do coronavírus?

EP- Os setores de segurança (patrimonial, pessoal e eletrônica) e de limpeza, todos eles contemplados no portfólio da Security, vêm mostrando nessa pandemia os porquês de terem sido classificados como essenciais. Empresas que tiveram suas atividades reduzidas ou totalmente interrompidas ficaram mais vulneráveis a invasão, furto e vandalismo. Por outro lado, instituições que prestam outros tipos de serviços essenciais como bancos e hospitais, por exemplo, tiveram seus protocolos de controle de acesso e de limpeza fortemente impactados. Aferição de temperatura corpórea à distância, feita por vigilantes com termômetros digitais ou por câmeras termográficas, softwares de reconhecimento facial, câmeras inteligentes para detecção e alarme para aglomeração ou para falta de distanciamento físico, isto é, soluções touchless. Quanto à limpeza, preocupações extras com a limpeza comum (maçanetas de portas, apoio de cadeiras, mouse, etc) e mais ainda com a limpeza especializada (laboratórios, UTI´s de hospitais, etc). Mais do que nunca, limpeza é segurança!

CN- Como o senhor descreveria a situação vivida pelo segmento de segurança privada, hoje, em São Paulo?

EP- Em relação à pandemia, a segurança privada em São Paulo vem atuando com responsabilidade e precaução; como em qualquer metrópole, onde as distâncias entre moradia e trabalho são grandes, nossa maior preocupação com os colaboradores está relacionada às condições de transporte e dos postos de trabalho, então focamos bastante nos esclarecimentos e comunicação para nossa equipe quanto aos quatro pontos principais de atenção: distanciamento físico, limpeza reforçada, álcool em gel e uso de máscaras. Sabemos que tudo o que é feito, ainda sim, não elimina todos os riscos, mas ameniza bastante. Em São Paulo, tivemos apenas dez colaboradores infectados. Em todo o Brasil, até o momento, estamos com 16 colaboradores em tratamento (sendo 14 com sintomas leves), 23 curados e nenhum óbito.

CN- Houve retração nos postos de trabalho em diversos setores da economia, como essa realidade configurou-se para o grupo Security, especialmente com a adoção de novas tecnologias?

EP- A retração de postos de trabalho atingiu todas as empresas de segurança patrimonial, porém, até agora na Security, ela foi muito baixa e o principal motivo é a nossa forte capilaridade, em duas dimensões: segmentos de mercado e espaço territorial.

Atuamos em diversos segmentos de mercado como papel e celulose, agrobusiness em geral, pet, indústria eletroeletrônica, cooperativas, bancos, hospitais e condomínios residenciais e em cada um deles as restrições impostas pela pandemia foram diferentes, tendo havido até aumento de demanda em alguns setores, como papel e celulose e hospitalar, por exemplo; empresas prestadoras de serviços cujas carteiras estão concentradas em shoppings centers e lojas de varejo, por exemplo, estão sofrendo mais.

Outra característica que vem a minimizar o impacto da pandemia na Security é o fato de estamos bem distribuídos geograficamente pelo Brasil; são cerca de 7 mil colaboradores trabalhando em mais de 700 cidades diferentes, em 10 estados e no DF. O Brasil é muito grande e já passamos por pelo menos cinco ondas regionais de foco da doença. No início da pandemia, concentramo-nos nas operações em São Paulo, capital e região metropolitana, em seguida, Bahia, posteriormente interior do Estado de São Paulo e agora o foco está no Mato Grosso e Paraná. Empresas com grande concentração de colaboradores em poucas cidades estão sofrendo mais. Quanto à adoção de novas tecnologias para enfrentar esse momento de retração, além daquelas já descritas na resposta à questão 2, o uso de aplicativos para gestão de operações, de recursos humanos e da frota vem ajudando bastante. Um app próprio da Security, desenvolvido pela empresa Codifica, agiliza bastante os processos de recrutamento e seleção (implantamos cerca de 300 vigilantes em poucos dias, em plena pandemia, em uma grande empresa do setor de carnes, nos estados de GO, MT e MS).

Através do Viber, enviamos diariamente do campo os dados para mesa de operações relacionados a cobertura de postos, substituições, revezamentos e horas extras. Em parceria com a TOTVS, estamos para implantar dois apps: um para registro de ponto eletrônico, ainda sem nome e o Meu RH, um app onde o nosso colaborador terá autonomia e agilidade para agendar suas férias, solicitar cópia do holerite e verificar saldo dos benefícios, dentre outras facilidades.

Market Place Level Group
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