O presidente da FENASERHTT (Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado), Vander Morales, participou da reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Serviços para debater as ações desenvolvidas durante a pandemia. Foi apresentado um relatório das atividades abordando temas como reforma tributária, desoneração da folha de pagamentos, parcelamento de tributos, Lei Geral da Proteção de Dados, Nexo Causal, entre outros assuntos.
“Estou entusiasmado com os resultados até agora apresentados. Eu não tinha dimensão do que foi feito. Quando integramos a Frente avaliamos que ela era capaz de aliar a técnica à parte política através do presidente, o deputado federal Laércio Oliveira. Ele é muito humilde, mas é o ‘grande cabeça’. Ele fala que tem uma participação pequena, mas a história parlamentar do deputado Laércio é riquíssima. Não é só por causa da lei do gás agora como relator, não. Mas ele já enfrentou um desafio muito grande que foi a lei da terceirização, quando a terceirização era um palavrão em um governo de esquerda e ele teve que enfrentar muitas fake news. Foi uma batalha muito grande e o deputado teve uma atuação brilhante, além de outras pautas”, afirmou Vander.
Entre os temas debatidos na reunião, a preocupação do setor de serviços com o possível aumento de impostos com a reforma tributária. A Frente se mobilizou e realizou diversas reuniões para defender o setor com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade Carlos da Costa, o Secretário Especial da Receita Federal José Tostes Neto, o Professor Marcos Cintra, o relator da Reforma Tributária Aguinaldo Ribeiro e com Alberto Macedo, do Movimento Simplifica Já. “Nós defendemos o emprego na Reforma Tributária. O setor de Serviços é o que mais emprega e representa 70% do PIB. Não pode sofrer aumento de impostos”, disse Laércio.
Vander lembrou-se da afirmação de Laércio que o texto da reforma tributária sairá do governo. “Esse trabalho também está sendo muito bem feito pela frente, uma ação de convencimento junto ao governo e ao ministro Paulo Guedes e outros integrantes do governo. O ministro Paulo Guedes hoje conhece o setor. Precisamos melhorar o ambiente de negócios que ainda está muito ruim. Hoje o que vemos é muito empresário com medo de empregar porque não sabe quanto vai custar, como fica a conta no final. Temos que trabalhar para dar mais segurança jurídica às relações para podermos gerar mais empregos”, afirmou Morales.
A frente atuou também com ações como parcelamento de tributos federais. “Esse é um assunto de muita importância porque se não houvesse parcelamento, iria haver sobrecarga ou cumulatividade nos pagamentos”, afirmou a presidente da FENINFRA, Vivien Mello, acrescentando que o tema foi debatido com autoridades do Poder Executivo, incluindo o Secretário Especial da Receita Federal, Tostes Neto, para sensibilizá-los sobre a situação.
Vander disse ainda que muitos acadêmicos são formadores de opinião, mas os empresários são muito pouco ouvidos. “Mas somos nós que sentimos a pele as dificuldades. Nós falamos aqui sobre o parcelamento dos débitos trabalhistas. Estamos vendo empresários tendo seus bens expropriados para pagamentos de ações. Enviamos para a Frente algumas sugestões sobre isso. Temos que diminuir os prazos prescricionais, temos que acabar com essa história de um trabalhador trabalhar em São Paulo e abrir uma ação trabalhista em outro estado e a gente tem que deslocar advogados, prepostos e isso é custo”, disse.
“Vander é uma pessoa extremamente competente e séria. É uma pessoa que tem uma visão assim muito focada no desenvolvimento dos negócios, por isso é uma peça-chave dentro da Frente Parlamentar Em Defesa do Setor de Serviços”, afirmou Laércio.