A cadeia da Limpeza Profissional é formada por Fabricantes e Distribuidores de Máquinas, Químicos, Equipamentos, Acessórios, Descartáveis e Empresas de Serviços Especializados, que representam cada um dos elos desta enorme corrente que trabalha em prol da saúde e segurança das pessoas. Mas você sabe o que cada um deles pode oferecer de melhor para o seu negócio? Faz ideia de como a limpeza pode fazer a diferença aos olhos de seus clientes e colaboradores?
Para debater sobre como a união do segmento pode oferecer mais valor aos clientes, a Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) realizou um webinar com a participação dos representantes de suas cinco Câmaras Setoriais: Edilaine Siena (Prestadores de Serviços); João Carlos da Silva Moreira (Distribuidores); José Antônio dos Santos (Equip. Dosadores e Acessórios); Marcelo Ebert Ribeiro (Químicos); e Sacha Haim (Fabricantes de Máquinas); com mediação da jornalista Fernanda Nogas.
Todos juntos, num mesmo objetivo
Com a pandemia, a limpeza, que antes tinha que ser “invisível”, ganhou os holofotes e agora precisa ‘ser percebida” para apontar que um local está seguro e higienizado. Isso é um ganho para a saúde da população e também para os negócios do setor. Mas isso só é possível graças à união e ação coordenada das diversas frentes do setor.
“A limpeza é uma cadeia formada por vários elos e é impossível um deles trabalhar de maneira isolada. Um produto químico sozinho não limpa o chão: precisa de máquinas, de equipamentos de diluição e de pessoas treinadas”, destaca o diretor da Câmara de Químicos, Marcelo Ebert. “Algo que conseguimos durante a pandemia foi atrelar a questão da saúde à limpeza, isso ficou claro para a população, para os empresários e para todos que contratam serviços de limpeza”.
Outro aspecto benéfico desta união é a comunicação e integração dos setores, como destacou o representante da Câmara de Máquinas, Sacha Haim. “Quando uma câmara tem a oportunidade de mostrar às demais o que tem a oferecer, ou quando entende qual a necessidade do cliente na ponta, consegue aprimorar seus equipamentos, produtos e serviços para que atendam da melhor forma. E a Abralimp tem essa função primordial de conseguir reunir a todos, para discutirmos frente a frente cada uma das questões e, com isso, apresentar as evoluções dos segmentos ao mercado”.
A tecnologia vem tendo papel fundamental para garantir essas trocas de conhecimento, como avaliou o diretor da Câmara de Equipamentos, Dosadores e Acessórios, José Antônio dos Santos. “Hoje, passamos a usar tecnologias como as plataformas de discussão online, o que aproximou muito mais a todos. A pandemia realmente deixou as câmaras mais unidas, estamos nos fortalecendo e trocando muito mais experiências do que antes. Hoje, somos uma verdadeira unidade trabalhando pelo setor, todos por um mesmo objetivo”.
João Carlos Moreira, diretor da Câmara de Distribuidores, destacou a importância do estreitamento de relações, especialmente entre distribuidores e fabricantes. “Temos inovações constantes na Limpeza Profissional, que exigem das máquinas, químicos e equipamentos soluções mais efetivas. Muitas vezes o distribuidor necessita de um treinamento ou capacitação para saber como oferecer uma máquina ou entender de um químico com mais precisão. E, por experiência própria, quando há essa aproximação, há muito mais sinergia e sucesso”.
A Câmara de Prestação de Serviços – que é quem consolida o trabalho de todas as demais frentes – também teve atuação decisiva para o setor neste ano, como explica a diretora da Câmara, Edilaine Siena. “Começamos o ano chamando fornecedores para reuniões presenciais, para conhecer o que havia de novo no mercado. No momento seguinte, já estávamos em pandemia e percebemos que havia muitas dúvidas em relação à segurança contra a Covid, o que nos fez montar um grupo com todos os associados, para consolidar e levar informação unificada a todos”.
Edilaine conta que foi por meio da convergência e apoio de todas as câmaras que surgiu a necessidade de desenvolver materiais específicos voltados à Covid. O resultado foram mais de dez manuais, voltados aos mais diferentes setores, como escolas, comércios e escritórios, além de encontros virtuais com palestrantes e outros parceiros, para esclarecer dúvidas. “A realidade é que nós dependemos uns dos outros. E estando lado a lado, podemos utilizar melhor os processos, alcançar mais produtividade, qualidade dos serviços, e assim colocar a limpeza num patamar mais alto ao olhar do cliente”.
Mecanização
Durante o webinar, Sacha Haim ressaltou também o quão pouco mecanizado ainda é o processo de limpeza no Brasil. “Quando analisamos os números de prestadoras de serviços o número de máquinas vendido no país, é quase metade. Se cada empresa comprasse somente uma máquina, teríamos um crescimento de 40% nas vendas, o que obviamente mostra a quantidade de organizações que ainda faz a limpeza de forma manual. Existe uma oportunidade muito grande se conseguirmos, enquanto Abralimp, mostrar ao mercado o tanto de economia que é possível por meio da mecanização – seja economia financeira, de recursos naturais ou até ganhos para a saúde. O que o fabricante de máquinas busca é melhorar o processo de limpeza, fornecendo mais segurança, conforto, eficiência, produtividade e economia”.
Química e sustentabilidade
Marcelo Ebert apontou os dois principais pontos de contato em que a indústria de químicos se relaciona com a sustentabilidade. “O primeiro está na composição dos produtos. Vemos cada vez mais inovações ligadas a ingredientes de fontes naturais, que impactem menos o meio ambiente ou com uma cadeia produtiva mais amigável, menos extrativa e focada em recursos renováveis. A segunda é a questão das embalagens. A indústria ainda se baseia muito na cadeia do plástico para fazer embalagens. Já existe evolução nisso, ligada à economia circular e à logística reversa, bem como a embalagens com polímeros biodegradáveis. Além disso, somos um setor já habituado a trabalhar com produtos superconcentrados, o que é muito bom para o meio ambiente – considerando que temos produtos com concentrações de até 1:400 ou isotanques de 1.000 litros, o que reduz sobremaneira a quantidade de uso de plástico”.
Chegando também aos pequenos
José Antônio dos Santos destacou o diferencial do segmento de Equipamentos, Dosadores e Acessórios, que consegue chegar também às médias e pequenas empresas. “Por menor que seja o local, com trinta ou quarenta metros quadrados, sempre precisará de acessórios, mesmo que um simples pano de microfibra, para fazer a limpeza adequada”. José Antônio também salientou o processo de reeducação do público, advindo da pandemia. “As pessoas passaram a entender a diferença entre preço e valor, pois quando se fala de saúde, da vida do ser humano, passa-se a olhar menos para a questão do custo”.
Para pulverizar as opções de limpeza
Na mesma linha de raciocínio, João Carlos Moreira exaltou a importância de chegar aos clientes menores. “O papel do distribuidor é pulverizar, levar também ao pequeno e médio consumidor as opções profissionais da limpeza. Agregamos valor através da união de três pilares: sustentabilidade, padronização e redução de custos. E essas características são responsáveis pelo sucesso da implantação da Limpeza Profissional no cliente e da melhoria da qualidade de vida de nossos profissionais”.
Limpeza não é custo, é investimento
Edilaine Siena finalizou o bate-papo frisando o trabalho de todas as câmaras em prol da disseminação de conhecimento, para que cada vez mais a limpeza seja entendida não como um custo, e sim como investimento. “Temos tido vários fóruns e debates, com o único objetivo de multiplicar conhecimento e profissionalizar o mercado. A Abralimp, por meio de todos os seus canais, inclusive da própria revista HigiPlus, vem disseminar tudo o que há de novo no mercado, sanar dúvidas, e isso tudo é muito rico de informação. Nosso mercado é vivo e muito dinâmico. E as câmaras vêm se organizando há muito tempo para ajudar a treinar e capacitar o segmento. Essa é a importância do associativismo: discutir assuntos do setor para alcançar formas mais eficientes de entregar qualidade ao cliente”.
Fonte: Abralimp