Entidades repudiam a morte de João Alberto após agressão por seguranças

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Palhuca:
Palhuca: "Todo treinamento de abordagem e de identificação é sempre feito sem tocar na pessoa"

Entidades do setor de vigilância patrimonial repudiaram a ação dos dois vigilantes que espancaram até a morte João Alberto Silveira Freitas em um supermercado em Porto Alegre-RS. “Todo treinamento de abordagem e de identificação é sempre feito sem tocar na pessoa. O vigilante tem sempre a orientação de chamar a polícia. Evidentemente que houve abuso. Mais do que isso: houve crime cometido por pessoal (os dois agressores) não capacitados pelas escolas de formação e de reciclagem, como informado pelas autoridades que investigam o caso”, afirmou o presidente do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada) João Palhuca.

O presidente da ABCFAV Ricardo Tadeu Correia informou que a formação do vigilante exige que ele passe por um curso com 200 horas de aula que abrange várias disciplinas, desde relações humanas no trabalho, até direitos humanos. E o mais importante: para que ele inicie um curso de formação, de reciclagem ou extensão, ele passa por um exame psicológico”, disse.

Estimativas de associações da categoria é que de cada 3 empresas, uma é clandestina. O presidente da Abrevis, José Jacobson Neto afirmou que é importante que a empresa contratante consulte a empresa de segurança na Polícia Federal, que é o órgão que fiscaliza esses serviços e também o seu histórico junto ao Sindicato dos Vigilantes e junto aos seus clientes. “O profissional de segurança frequentemente está sendo monitorado e controlado. Se não tiver, ele estará fora da lei. Shoppings centers e supermercados muitas vezes contratam policiais. 90% dos problemas acontecem exatamente por causa da contratação de policiais de forma irregular. É preciso verificar se o policial que agrediu tinha curso de vigilante. (Confira live sobre o assunto abaixo).

Jacobson: é importante que a empresa contratante consulte a empresa de segurança na Polícia Federal
Jacobson: é importante que a empresa contratante consulte a empresa de segurança na Polícia Federal

A (Fenavist) se solidarizou com a família e amigos da vítima e reforçou o compromisso de colaborar com o combate ao racismo e qualquer outra forma de discriminação. “A Federação assinou um termo de cooperação com a Universidade Zumbi dos Palmares com o objetivo de reconhecer e ampliar os esforços já compromissados para o direcionamento de ações relacionadas às metas do Movimento AR, como treinamento de quadros corporativos e policiais em Discriminação e Racismo e Gestão da Diversidade Racial, inclusão do tema “combate ao racismo” na disciplina obrigatória “Legislação aplicada e Direitos Humanos” dos cursos de formação e a criação de cartilha com práticas não discriminatórias para vigilantes”, disse ainda a nota (confira a nota na íntegra abaixo).

Jeferson: A Fenavist reforçou o compromisso de colaborar com o combate ao racismo
Jeferson: A Fenavist reforçou o compromisso de colaborar com o combate ao racismo

Nota à Imprensa: caso João Alberto Silveira Freitas

A Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) vem a público lamentar a morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, que faleceu no dia de ontem (19), após ser agredido um por um vigilante terceirizado e um Policial Militar temporário em um supermercado, em Porto Alegre-RS.
A Fenavist se solidariza com a família e amigos da vítima, a quem presta os mais sinceros sentimentos.
A Federação esclarece que as ações do vigilante não condizem com as práticas adotadas por profissionais da segurança privada, que precisam ser aprovados em um de curso de formação autorizado e fiscalizado pela Polícia Federal. Durante as aulas, os vigilantes, que passam por reciclagem a cada dois anos, recebem orientações para agirem de forma preventiva e sempre com o objetivo de proteger a vida da população. Na grade curricular, inclusive, existe a disciplina Legislação Aplicada e Direitos Humanos.
O caso de ontem é uma exceção e não representa o modo profissional como a atividade de segurança privada é desenvolvida em todo País. Essa situação criminosa e lamentável não pode ser entendida como o modus operandi padrão dos cerca de 550 mil vigilantes agem em todo Brasil.
Além disso, a Fenavist e outras entidades ligadas ao segmento atuam de forma constante para aprimorar e capacitar a atuação dos profissionais.
Situação evidenciada, novamente, no dia de hoje, quando a Federação assinou um termo de cooperação com a Universidade Zumbi dos Palmares com o objetivo de reconhecer e ampliar os esforços já compromissados para o direcionamento de ações relacionadas às metas do Movimento AR, como treinamento de quadros corporativos e policiais em Discriminação e Racismo e Gestão da Diversidade Racial, inclusão do tema “combate ao racismo” na disciplina obrigatória “Legislação aplicada e Direitos Humanos” dos cursos de formação e a criação de cartilha com práticas não discriminatórias para vigilantes.
Desta forma, a Fenavist reforça o compromisso de colaborar com o combate ao racismo e qualquer outra forma de discriminação, sempre com objetivo de proteger e garantir os direitos da população Brasileira e a dignidade humana.

Jeferson Nazário Presidente da Fenavist

Confira matéria do Jornal da Cultura em que entidades repudiam ação de segurança:

https://m.youtube.com/watch?v=y88wb4cXPo8

Confira Live com José Jacobson sobre a importância da contratação de empresas de segurança legalizadas:

https://www.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=L1aosxZT38I

 

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