Apesar de relatos de que empresas do setor produtivo estariam articulando uma compra conjunta de vacinas contra o coronavírus, sindicatos de trabalhadores dos setores de alimentos, bebidas e metalurgia dizem não terem sido consultados sobre o tema. Além disso, a posição dessas entidades é que a imunização dos brasileiros deve ser orquestrada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, se couber atuação do setor privado, isso só ocorreria em um segundo momento.
“A nossa defesa sempre foi a de ter vacinas para todos. Tendo as vacinas, a prioridade deve ser os funcionários da saúde e, de acordo com os protocolos da OMS, os idosos e pessoas com comorbidades na sequência”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres. A CNM, ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), representa de 550 mil a 600 mil metalúrgicos em 15 Estados Brasileiros.
A Gerdau, que estaria no grupo de representantes do setor privado que cogitou a compra de vacinas para seus funcionários, é uma das empresas com as quais a CNM faz interlocução em favor dos trabalhadores. “Além disso, está provada a ineficácia de fazer a vacinação de pequenos grupos”, acrescenta Cayres.
Fonte: Boletim Sindeprestem