Associativismo: caminho para fortalecer mercados

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Associativismo: caminho para fortalecer mercados

A sociedade que entende os benefícios e ganhos com o associativismo tem nas mãos o poder de desenvolver setores e transformar categorias profissionais

O famoso ditado popular “a união faz a força” é muito bem aplicado aos objetivos e benefícios que o associativismo promove para um setor.

Literalmente, o termo associativismo se refere a movimentos que unem pessoas e instituições em sociedades, sejam elas grupos, sindicatos, associações, câmaras entre outras, com vistas a defender interesses em comum para uma sociedade melhor.

Quando pessoas e empresas entendem a importância de pertencer a associações, a consequência direta é o maior desenvolvimento de todo o setor.

De acordo com Djalma Quintino Malta Filho, do grupo Dikma, o associativismo promove a união de pessoas que, no uso de sua inteligência, exploram as melhores oportunidades para evoluir social e profissionalmente.

Para exemplificar, citou a Associação Brasileira do Mercado Limpeza Profissional (Abralimp), ressaltando que a entidade concentra o maior volume de pessoas que pensam inteligentemente o setor profissional de limpeza, o que permite trocar informações e oferecer acesso ao que há de mais moderno no segmento.

Voz do mercado

André Stopiglia, gerente de vendas da Nilfisk e diretor da Câmara de Máquinas da Abralimp, afirma que o associativismo no meio corporativo só tende a fortalecer o mercado.

“Somos concorrentes muitas vezes, mas temos dores comuns e para agirmos sozinhos sobre elas há mais dificuldade, principalmente nas questões que envolvem governo e desenvolvimento de mercado”, pondera.

Na visão do executivo, um dos grandes benefícios das associações é unir forças em prol de questões que envolvam leis, regulamentações, como as do Inmetro e Anvisa, e ser uma fonte de informação, que fale pelo mercado e não apenas por uma empresa ou marca.

Para Stopiglia, até mesmo realizar eventos, como a Higiexpo que acaba de acontecer, seria algo dificilmente alcançado se não houvesse uma entidade para reunir as empresas e concretizar o projeto.

Ser um canal de comunicação eficiente é um dos pontos altos que o associativismo proporciona, afirma Stopiglia ao lembrar que muitas entidades produzem material educacional e meios para desenvolver seus associados, oferecendo informação de modo pontual.

“Sozinho, cada um entrega a informação da forma que mais convém e quando fazemos isso via entidade há consenso do mercado sobre o tema”, pontua Stopiglia.

Com a reunião de players é possível levantar e compilar dados mais qualificados do mercado. “O associativismo, organizado, provê as informações que permitem enxergar o mercado e saber para que caminho direcionar o negócio, ajudando na decisão estratégica”, analisa o executivo.

Além de abastecer seus associados com subsídios para melhor realizar o trabalho, é um lugar de aprendizado, relacionamento comercial, pessoal, com oportunidades de conhecer inovações e ainda é um espaço de confraternização.

O melhor para todos

Malta considera que, ao ser parte de uma associação, é preciso ter clareza sobre a necessidade de cada um oferecer o seu melhor para a instituição, doar conhecimento e pensar no todo e não de forma fracionada.

Embora avalie crescente o número de pessoas que buscam associações, ele entende que a dificuldade para a aderência de novos membros está na falta de conhecimento e por não enxergarem os interesses globais da instituição. “Vejo a falta de pessoas que façam esse trabalho de relacionamento, de aproximação do público com as associações, clareando a importância de ser parte de uma delas.”

 

Maurício Lazzeri Antunes de Moraes, gerente-executivo da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), concorda com a falta de comunicação para atrair associados.
Maurício Lazzeri Antunes de Moraes, gerente-executivo da Cebrasse

Maurício Lazzeri Antunes de Moraes, gerente-executivo da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), concorda com a falta de comunicação para atrair associados.

“O crescimento da participação é no ‘boca a boca’ e pelos bons serviços prestados por algumas associações. É preciso fluir uma comunicação massiva e didática, perguntando se a pessoa sabe qual é o sindicato ou associação que a defende, as causas que preside”, enfatiza Moraes.

 

Engajar para mudar

Para ele, há uma parcela do mercado que não entende o serviço das associações e os benefícios que podem obter por meio delas. Assim, é fundamental comunicar que ser parte de um sindicato ou associação abre caminho para acompanhar, interferir e formular estratégias que forneçam meios de crescer profissionalmente e fortalecer as empresas.

“A popularização da política trouxe o público para a realidade de que é necessária maior participação das pessoas nas decisões. As instituições, sindicatos e associações, cada vez mais, ofertam informações e serviços de valor. Com o que já se criou, reforma trabalhista, reorganização da prestação de serviços, há maior engajamento das pessoas”, avalia Moraes.

Sergio Rogerio de Castro, presidente do Conselho de Gestão da Escola de Associativismo, considera que existem associações fortes e atuantes, que se tornam protagonistas do que acontece em prol dos interesses de alguns setores.

Para ele, é importante que os associados tenham uma cultura associativista, ou seja, que entendam o dever de atuar em favor de todo o setor, sem individualismos.

Segundo Castro, é preciso refletir sobre como fortalecer as associações e o associativismo no Brasil e, para ele, isso começa por entender os próprios elementos de gestão das entidades, como a importância de uma sede, da renovação da direção e da boa comunicação.

“Não podemos ter lideranças que se eternizam no cargo e é fundamental ter modelos de envolvimento e engajamento, além de abrir espaço para ter jovens nas associações.”

Castro reconhece que, de modo geral, a aderência é abaixo do esperado e as associações precisam atuar para aumentar o número de seus associados.

“É preciso ter a preocupação de produzir conteúdo, contribuir para o trabalho de quem pertence à entidade e ser visível a representação do setor, apontando meios para desenvolver o mercado.”

Para Castro, os associados precisam ser envolvidos com as causas defendidas pelas entidades, que por sua vez precisam abraçar quem chega para que se entregue e ajude a fortalecê-la.

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Fonte: Abralimp

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