Presidente do Cenam participou do IV Fórum de Gestão de Risco de Terceirização, que também contou com a presença do diretor técnico da Cebrasse Jorge Segeti
No último dia 15, o grupo Level e o Centro Nacional de Modernização Empresarial (Cenam), com apoio da Cebrasse, promoveram o IV Fórum Gestão de Risco de Terceirização, no dia 15 de setembro, em São Paulo, evento que reuniu empresas interessadas em evoluir com práticas e técnicas na gestão da terceirização.
Um dos palestrantes do Fórum foi o diretor técnico da Cebrasse Jorge Segeti, que participou do debate sobre o “estado da arte” em Terceirização. O tema de governança foi aprofundado em outro painel, encabeçado pelo presidente do Cenam, o administrador de empresas e consultor Lívio Giosa, que falou sobre a importância de implementar o famoso ESG nas empresas que terceirizam serviços.
Em entrevista ao Cebrasse News, Giosa destacou como o Setor de Serviços ganhar ao adotar esses princípios. Ele também falou sobre a o prêmio ‘Top Sustentabilidade’, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), e que vem distinguindo empresas e entidades que têm preocupações com o meio-ambiente. Confira!
Cebrasse News – O que é o Top Sustentabilidade? Desde quando a ADVB promove e como surgiu a ideia?
Lívio Giosa – O Top de Sustentabilidade é um prêmio que nossa entidade, o Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental e ADVB que promovem há muitos anos. Antes, ele era chamado de Top Ambiental. Nós tínhamos dois prêmios que eram o Top Ambiental e o Top Social, mas há sete anos concentramos em uma única denominação, que é o Top de Sustentabilidade. O objetivo do prêmio é homenagear e distinguir as organizações que têm as boas práticas de sustentabilidade de uma forma perceptível, documentada, seguindo hoje os mecanismos e dimensões do ESG. E desde 2014 o Top de Sustentabilidade garante toda essa percepção das boas práticas na área ambiental, social e das boas práticas das organizações.
Cebrasse News – Como o Setor de Serviços tem se adequado as demandas de ESG?
Lívio Giosa – De uma forma geral, o Setor de Serviços é o menos impactado nessa terminologia sustentável e na terminologia do ESG, no entanto, o mercado, hoje, exige cada vez mais que o Setor se posicione a respeito destas questões. Importante salientar que toda empresa emite carbono, independente da natureza do seu negócio. E o Setor de Serviços, na sua extensão de atividades, também recorrentemente emite carbono. Mas as boas práticas, de ESG, não estão disseminadas em todos os segmentos que compõem o Setor de Serviço de modo a que ele possa se tornar exemplo.
Só que nesses últimos anos, com a implementação dentro dos critérios de governança do sistema de compliance e integridade das organizações, estas grades e medias corporações contratam fornecedores e prestadores de serviços e passam esses fornecedores a serem exigidos a terem boas práticas dentro dessa cadeia de valor. Então, eu entendo que a Cebrasse deve, o mais rápido possível, impulsionar essas premissas junto aos seus associados, empresas e entidades, de modo que que o Setor de Serviços se posicione cada vez mais nesse endereço, algo que hoje é mais do que necessário para a demonstração de habilidades sustentáveis.
Cebrasse News – E com relação ao cenário econômico/político, quais as perspectivas do senhor?
Lívio Giosa – Vou tocar nesse ponto sob dois contextos: as organizações, hoje, têm um dever que o mercado exige em se posicionar em relação a práticas sustentáveis. No entanto, é o Poder Público que é o encarregado das grandes transformações. Os órgãos públicos e ação pública demanda uma transformação coletiva tanto no gestor, quanto do Legislativo, que promove leis capazes de oferecer essas transformações já sedimentadas por toda sociedade. Assim, é importante a gente estabelecer esse modelo e a partir daí entender o cenário político, o que nós estamos vivenciando agora, às portas das eleições. Cabe a cada um de nós, cidadãos, que vamos exercer esse princípio fundamental da cidadania, que é o voto, elegermos candidatos comprometidos com as causas sociais, sustentáveis, tanto pelo olhar do Executivo e, principalmente, do olhar do Legislativo, porque serão as leis que transformarão coletivamente a sociedade.
E eu entendo que nesse momento nós vivemos um processo transformatório da economia brasileira, vivenciamos dois momentos que relevam a questão social, que foi a pandemia à luz de 2019, o que refletiu muito no desemprego, na queda da renda das pessoas, e essa falta de geração de renda, que refletiu muito no desemprego e na queda da renda das pessoas e isso abriu muito mais claramente as sequelas e identificou uma dificuldade de bens que o Brasil compra no mundo e trouxe como sequela uma inflacionária que atingiu o Brasil, aumentando o preço dos combustíveis e dos bens, dos combustíveis aos alimentos, então, nós entendemos que o Brasil pode viver uma nova fase, já que enfrentamos muito bem esse cenário, e neste final de 2022, para 2023 podemos ter aí um equilíbrio maior, minimizando as causas sociais do país.