Jorge Segeti fala sobre perspectivas e rumos do setor para o próximo ano

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Jorge Segeti fala sobre perspectivas e rumos do setor para o próximo ano

Participantes da FNP querem audiência com Lula para buscar consenso na reforma tributária e garantir arrecadação e gestão do ISS

O diretor técnico da Cebrasse e atual vice-presidente do Sescon-SP, Jorge Segeti, participou – no último dia 15 – da 83ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitos. Segundo ele, durante a atividade houve manifestações dos prefeitos – das maiores cidades do país – a favor da proposta ‘Simplifica Já!’, alternativa que é defendida pelo Setor de Serviços.

Governantes das maiores cidades brasileiras reforçaram seu posicionamento pela manutenção da autonomia municipal na gestão do ISS. Na ocasião, dirigentes da associação de municípios manifestaram apoio a proposta do Simplifica Já.

“Muitos fecharam com a proposta, o que significa a criação de uma articulação política dos prefeitos, especialmente o das grandes capitais, chamando os deputados de cada estado para tomar conhecimento do projeto. Isso dá um ânimo para o setor, porque a PEC do Simplifica Já é muito melhor para o setor do que as PECs 45 ou a 110”, explicou.

Para Segeti, a renovação desse apoio em boa hora, quando o novo governo federal anuncia o nome do economista Bernard Appy como assessor especial para reforma tributária. “Essa indicação causa apreensão maior, uma vez que o Appy é uma pessoa que vem, há alguns anos, debatendo com o setor e falando que quem contrata serviços são ricos, não os pobres, então ele tem um viés contrário ao setor de serviços, e isso é preocupante”, assinalou.

Perspectivas

Sobre 2023, Segeti acredita que o setor continuará crescendo, pois esta é a tendência. “E ainda vai puxar a economia no geral, pois todo mercado está mudando, transformando produtos em serviços. A pessoas tendem não mais adquirirem, mas pagarem para usar as coisas, é o caminho. Então, o setor tende e manter o crescimento e evoluir cada vez mais”, avaliou.

O empecilho, na avaliação do contador, é que o país continua com problemas relacionados à qualificação da mão de obra. “Nós perdemos alguns anos no desenvolvimento das pessoas. Nós já temos alguns apagões de mão de obra, principalmente na área de tecnologia. Então, o Brasil precisa correr atrás nesse sentido.”

Com relação ao novo governo, para Segeti, o sentimento é de apreensão. Segundo ele, o governo eleito tem dado sinais de ser a favor estatizações e de retroagir em alguns itens da reforma trabalhista de 2017. “Eu vejo o setor está em alerta para saber quais serão os passos do próximo governo, pois, nas relações trabalhistas, isso gera insegurança quando se fala em voltar imposto sindical ou revogar a reforma trabalhista”, disse.

Agora, na avaliação do diretor da Cebrasse, é momento dos associados olhar para o passado sem arrependimentos e de usar as lições do último período como aprendizado para melhorar o futuro. “E olhar pra frente com esperança, mas disposto a entrar em ação, pois tanto o setor, quanto o Brasil precisam muito das atitudes dos empresários que empreendem nesse país”, concluiu.

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