Sindeprestem elabora estudo sobre o impacto da reforma tributária no trabalho temporário

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A reunião ordinária do Sindeprestem-SP e do Conselho de Representantes da Fenaserhtt discutiu a elaboração de um estudo sobre o impacto da Reforma Tributária no trabalho temporário. “Nós chegamos à conclusão que 91,2% de toda essa mão de obra não tem nível superior, que é absorvida por esse segmento. Ou seja, são pessoas com baixa qualificação e que só encontram trabalho com carteira assinada nesses setores, tanto no terceirizado de agenciamento de mão de obra, como fornecimento e gestão de recursos humanos, além do trabalho temporário”, disse o presidente Vander Morales.

Morales defende que para a manutenção desses empregos formais, é preciso que haja a desoneração. “Vamos fazer um estudo um estudo sobre a desoneração, sobre dois salários-mínimos. E o que isso poderia impactar, uma vez que 70% desses dos insumos são gastos com o pessoal, com folha de pagamento. Então, o Brasil é um dos que mais tributam salários no mundo. E aí chegamos à conclusão aí que de que a OCDE tem uma média sobre salários na ordem de 13,4%, enquanto no Brasil a média 34,8%, então é exagerado. Então, o que nós vamos demonstrar nesse estudo é o impacto que esse aumento de carga tributária vai ter nos empregos de baixa qualificação, que são os empregos que o Brasil cria hoje”, explicou Vander.

O presidente do Sindeprestem lembrou que as principais pessoas atingidas serão que ganham até dois salários mínimos, que têm pouca qualificação, baixa escolaridade e que só encontram na terceirização o emprego formal e que a desoneração vai corrigir isso. “Então é isso que foi o principal ponto desse estudo que nós encomendamos pra a LC Assessoria Econômica”, completou Vander, acrescentando que a Cebrasse vai ampliar esse estudo para os outros setores de serviços.

O presidente da Cebrasse João Diniz voltou a defender a alternativa uma contribuição previdenciária sobre receita bruta, que é a utilizada pelos 17 setores, sobre dois salários mínimos. Precisamos de uma CPRB (Contribuição Patronal sobre Receita Bruta) de 1,7% para conseguir pagar a desoneração até dois salários mínimos. Essa seria uma contraproposta a do governo, que quer apenas um salário mínimo.”, disse.

“É um absurdo o Brasil ter tributos sobre salários. Assim como é um absurdo a pessoa que ganha a base do imposto de renda de R$ 4 mil seja tributado como se esse valor fosse uma grande renda, mas é uma mera questão de sobrevivência. Então é uma questão de justiça social e justiça tributária”, completou Diniz.

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