REFORMA TRABALHISTA MOSTRA QUE O PROBLEMA NÃO É A LEGISLAÇÃO, MAS SIM A JUSTIÇA DO TRABALHONos demais países, o que as empresas mais temem são o concorrente e os azares do mercado. Por isso focam, enfatizam, aprimoram e inovam em produtos, gestão, estratégias etc. No Brasil, os principais esforços têm que ser dedicados à superação da burocracia e o enfrentamento à Justiça do Trabalho, à insegurança jurídica e às crises políticas. Com a Reforma Trabalhista , há possibilidade de se reduzir pelo menos um dos obstáculos ao crescimento econômico. E no momento é preciso dedicar forças à aprovação do Projeto de Lei nesse sentido, bem mais do que discutir seu conteúdo. O PL ainda não está aprovado. Ou então, pelo menos que se trate a reforma como um movimento que busca um fim imprescindível, e se estude estratégias para chegar a ele não apenas como um projeto de lei. Conforme divulgamos por anos, o problema trabalhista no país não decorre da legislação ultrapassada, mas da cultura da Justiça do Trabalho. Essa, em vez de adequar normas a novas realidades e projetar o futuro, faz o contrário, como se vê, por exemplo no conceito do hipossuficiente. Por sua vez, inova constantemente, inventando condenações não previstas em lei; súmulas anticonstitucionais multiplicando reclamações a tal ponto que já são protocoladas quase três milhões por ano. E 16,9 milhões delas estariam tramitando. Entendemos que há interesses corporativos por trás desse superdimensionamento dessa área da Justiça, além de pretensões exacerbadas de ser essa a protagonista na solução dos problemas sociais no país. Bem examinado, o PL da reforma trabalhista mostra o quanto temos razão, não enfatiza a reforma da CLT, mas procura conter inovações e conceitos criados pelos magistrados trabalhistas. No momento, é importante voltar a discutir o PL e pressionar pela aprovação da reforma necessária; pelo destravamento da produção de bens e serviços, pelo crescimento econômico que viabilize a distribuição de renda e o fortalecimento do mercado interno, assim como conquistas de mercados externos. PERCIVAL MARICATO
VICE-PRESIDENTE JURÍDICO DA CEBRASSE
PARA ONDE VAMOS? VEJA O QUE FAZER
O site ruralista (newletter@beefpoint.com.br) traz o artigo “Como lidar com a delação da JBS”. Eis alguns pontos que merecem destaque e bem examinados, podem valer por qualquer crise. O que é provável para o curto prazo?
– dólar sobe.
– bolsa cai.
– economia enfraquece.
– forte instabilidade política.
– efeito negativo para boi e bezerro no curto/médio prazo.
– efeito positivo para o preço do milho e soja (dólar).
Como está a cabeça das pessoas e do pecuarista hoje?
– incerteza.
– medo.
– sensação de injustiça.
– revolta.
– sentimento de que vai “pagar o pato”.
Como lidar com esse novo cenário?
– Filtre a quantidade e fonte das notícias que você consome. Menos é mais, em especial agora.
– Cuide para se blindar das fofocas, notícias falsas, boatos via Whatsapp e mercadores de desespero.
– Exercite o pensamento acurado e o senso crítico.
– Avalie seus pensamentos, suas reflexões e, principalmente, suas ações com base numa análise com a cabeça fria.
– Pratique a mentalidade incomparável de que nada vai tirar do seu centro, calma e serenidade. Segundo analista, o texto pede no final para o leitor imaginar o pior cenário possível e então constatar que continua vivo e pode seguir em frente. BESTEIROL Em Belo Horizonte, um reclamante teria ido à Justiça do Trabalho para pedir adicional de insalubridade por ter que limpar computador. É que ele teria ouvido na empresa que computador está sujeito a vírus e, portanto, poderia contamina-lo (4° Vara 00950/05 – 23 -6-95) |