FEBRAC DEBATE COTA DE APRENDIZ E CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

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Cebrasse News
13 de Agosto de 2018

FEBRAC DEBATE COTA DE APRENDIZ E
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

Por Lúcia Tavares
Com informações da assessoria de Imprensa da Facop


À mesa diretiva, Adonai de Arruda com Renato Fortuna, João Diniz e Vander Morales

Do setor nacional de serviços, a Cebrasse tem em seu quadro associativo o segmento de Asseio e Conservação representado pela Federação Brasileira das Empresas de Asseio e Conservação – Febrac e 12 sindicatos estaduais (SP e região do ABC, MG, RJ, PR, SC,ES, PE, PA, MS, RS e DF). Em todo o País, a atividade abriga média de 13 mil empresas (70% delas operando nas regiões Sudeste e Sul) com cerca de 1,6 milhões de trabalhadores formais, dos quais 70% são mulheres.

Na quarta-feira do dia 8, cerca de 35 empresários do segmento em todo o país reuniram-se na 1ª Assembleia Geral Extraordinária – AGE da Gestão 2018-2022 da Febrac, na sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná – SEAC-PR, em Curitiba.

O presidente da Cebrasse, João Diniz, destacou o fato de se tratar da primeira reunião da gestão do presidente Renato Fortuna na federação, e “com grande honra” falou do trabalho da Cebrasse a “esse integrante de primeira ordem e importância da Central, sempre presente nas mais importantes bandeiras da entidade, como a aprovação da Lei da Terceirização e da aprovação da reforma trabalhista, só para ficar nos exemplos mais recentes e relevantes”.

Fortuna salientou a palavra união das entidades em seus esforços em comum pelo setor, “lema que a Cebrasse enaltece e valoriza, acreditando que esse é o único caminho para alcançarmos os nossos objetivos”.

Tema bastante discutido na AGE foi a Cota de Jovens Aprendizes que obriga empresas a terem, na proporção de 5% do total de seus trabalhadores, jovens com 14 a 24 anos em seus quadros de funcionários.

Diante de dificuldades para cumprirem a lei, empresários têm constantemente debatido o assunto e apresentado inúmeras proposições aos órgãos competentes. De acordo com o presidente do SEAC-PR, Adonai de Arruda, sem se pensar nas consequências que uma lei pode trazer, não adianta exigir que as empresas a cumpram. “O setor do Asseio, que inclui profissões como vigia e profissionais de limpeza, por exemplo, não possui estrutura para abrigar um menor aprendiz. O Ministério Público precisa considerar as especificidades dos empreendimentos, na fiscalização. Caso contrário, a lei não cumprirá sua finalidade”, alertou.

A Instrução Normativa no.146 que dispõe sobre a fiscalização do cumprimento dessa lei foi amplamente debatida pelos empresários. O presidente da Febrac, garantiu que “como Federação, iremos nos unir para mover uma ação que peça a nulidade desta Instrução que se torna inconstitucional ao extrapolar os limites da fiscalização, já trazendo autuações para as empresas. É preciso que o Ministério Público debata isso de maneira regularizada com o setor”, conclui Renato Fortuna.

Vander Morales, presidente da Fenaserhtt e do Sindeprestem e da Fenaserhtt, e também membro do Conselho Deliberativo da Cebrasse, pontuou que “estivemos em Curitiba para levar nosso apoio ao novo presidente da Febrac, Renato Fortuna, e renovar os laços de cooperação por meio da aliança criada entre a Cebrasse, Fenaserhtt, Febrac e Fenavist, as quatro entidades mais representativas do serviço terceirizado; e propor novas bandeiras em defesa do desenvolvimento dos nossos segmentos no setor de Serviços”.

“O sentimento geral é de que devemos a partir de agora ser protagonistas das discussões sobre políticas públicas para nossas atividades. Há a necessidade de fortalecemos a nossa representação, e o momento é agora”, conclui Morales.  

Contribuição sindical

O fim da obrigatoriedade da contribuição sindical trazido pela lei  13.467/17, da Reforma Trabalhista também foi tratado no encontro em que empresários compartilharam experiências no novo contexto. Foi o caso do SEAC-PR que, ao longo de sua história, desenvolveu um modelo de gestão no qual as contribuições deixarem de ser determinantes para sua manutenção.

Tamanha atuação da entidade foi o foco da matéria “Sindicatos buscam alternativas após aprovação do fim da contribuição sindical”, na edição de 7 de agosto do Diário Indústria&Comércio:“O SEAC-PR, antes mesmo de decisão judicial, emitiu uma circular e isentou todos os seus associados deste ônus. As mensalidades associativas são importantíssimas, mas a prestação de serviços é um caminho fundamental e interessante, portanto, a profissionalização, os bons serviços aos associados, a criatividade e a evolução das contrapartidas asseguram a estabilidade ao sindicato e a garantia do aumento de seu quadro social e consequentemente a estabilidade”, explicou Adonai Arruda, presidente do Sindicato. Lei a íntegra da matéria no Destaques da Mídia desta edição da CebrasseNews

Também presentes à AGE: o vice-presidente do SEAC-PR Rogério Bueno de Queirós; os diretores da entidade Luiz Carlos Poli, Aldo Coser, Manoel Ribeiro Jr e o consultor jurídico José Paulo Damaceno. O presidente da Febrac e do SEAC-MG Renato Fortuna Campos; o presidente da Cebrasse João Diniz;  o vice-presidente da Febrac e presidente do SEAC-SP e do Conselho Deliberativo da Cebrasse Rui Monteiro. Ainda, Luiz Rodrigues Coelho Filho (SEAC-AM), Auro Ricardo Pisani (SEAC-BA), Fabiano Barreira da Ponte e Flávio Patrício (SEAC-CE), Antônio José Rabello (SEAC-DF), Edgar Segato Neto (SEAC-GO), Daniel Felício (SEAC-MS), Bruno Ferreira (SEAC-PA), Ricardo Garcia e José Carlos Lopes (SEAC-RJ), Emilson Pereira de Assis (SINDPREST-RN), Ricardo Ortolan (Sindiasseio-RS), Josiane da Rocha (SEAC-RO), Avelino Lombardi, Francisco Lopes de Aguiar e Aluísio Guedes (SEAC-SC), Rui Monteiro, Amilton Saraiva, Aldo de Ávila Jr e Fábio Sandrini (SEAC-SP), Aguinaldo da Silva (Sindtur-PR), Fábio Andrade e Alex Sandro Moura (SEAC-SE), a executiva da Febrac Cristiane Oliveira; a executiva do SEAC-PR Cleide Mariano, e Lirian Soares e Vilson Trevisan, também da Febrac.

Em Curitiba, Fórum Pulire América reúne especialistas estrangeiros e brasileiros

O evento discute inovação e tecnologia no setor de serviços, além de ética como um princípio permanente


Adonai Arruda na abertura oficial do evento

Com foco na área de gestão e prestação de serviços, o Fórum Pulire América foi aberto nesta quinta-feira, 9 de agosto, com a participação de mais de 700 executivos brasileiros e de países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Nicarágua, México e Argentina. Realizado a cada dois anos em Milão, na Itália, o evento foi trazido a Curitiba porque a América Latina se tornou o mercado que mais cresce no mundo no setor da indústria de serviços e facilities, segundo conta o promotor norte-americano do evento, John Barret, diretor executivo da ISSA, a maior instituição mundial na área de higiene e conservação. Ao lado da ISSA, o fórum é promovido pela italiana Afidamp (Associação dos Fabricantes Italianos de Equipamentos, Máquinas e Produtos para Limpeza Profissional) e pela Fundação de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (Facop).

Na abertura do encontro, realizado na Universidade Positivo, o presidente da Facop, Adonai Arruda, lembrou que o setor é o segundo maior empregador brasileiro de mão de obra, responsável por mais de 2,3 milhões de empregos – um milhão deles ocupados por mulheres.

O fórum discute inovação e tecnologia para a gestão de empresas, mas também promove o debate sobre a ética como um princípio permanente, como frisou o presidente do IRIP (Instituto de Relações Internacionais do Paraná), Eduardo Guimarães, mediador do painel sobre dignidade e transparência.

"Se você não consegue ver um novo futuro, ter esperanças, está condenado a repetir o pior do seu passado”, disse Barret, ao defender a limpeza como um valor absoluto, tanto concreta como filosoficamente, e a necessidade de as empresas transformarem suas práticas sem repetir modelos antigos. A discussão sobre a ética, de acordo com o diretor executivo da Afidamp, Toni D’Andrea, deve ser uma "inspiração para o mundo".

Sustentabilidade – Sustentabilidade significa haver o suficiente para todos para sempre. Com essa simples definição, o ex-presidente e atual conselheiro do Instituto Akatu de Consumo Consciente, Ricardo Vacaro, abriu o painel sobre o assunto, durante o Forum Pulire America. Chegar lá, no entanto, ainda é uma meta a ser perseguida. Com a experiência de quem milita no setor há muitos anos, Vacaro citou pesquisa que mostra que 61% da população brasileira sequer sabe dizer o que é um produto sustentável. E é só com o consumo consciente que podemos mudar a situação grave pela qual passa o planeta. Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 25% dos consumidores lêem o rótulo dos produtos; o problema é que também 25% deles acreditam no que as empresas dizem sobre sua própria atuação.

Tecnologia – Como a tecnologia impacta o setor de higiene e conservação, tornando possível um milhão de transações de manutenção por mês no mercado brasileiro foi o tema de abertura do painel sobre o assunto mediado pelo diretor geral da Kärcher do Brasil, Abílio Cepêra. Ele apresentou o primeiro robô totalmente autossuficiente tanto nas ações de limpeza como de sua própria manutenção, o Fleet, desenvolvido pela matriz alemã.

O executivo do Blockchain Research Institute no Brasil e coordenador da Pós- Graduação em Blockchain da FGV, Carl Amorim, apresentou o que já se conhece como a segunda era da internet. O Blockchain vai descentralizar as transações pela internet, tornando obsoleta a mediação de um banco, por exemplo, para transações monetárias, ou de um cartório, para confirmar assinaturas e títulos ou transações imobiliárias.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Facop / Fotos: Guto Lavigne

Pedidos limitados

Com o risco de pagar honorários de sucumbência, advogados pedem apenas o que a parte têm realmente direito

LIVIA SCOCUGLIA

O risco de ter de pagar honorários de sucumbência e a mudança na legislação sobre o modo de pedir, após a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), limitaram as possibilidades de pedidos feitos por advogados na Justiça do Trabalho. Na prática, segundo advogados e julgadores que atuam na área, as reclamações estão mais curtas, diretas e sem “aventuras jurídicas”.

A nova lei diz que o pedido deverá ser “certo, determinado e com indicação de seu valor”, com isso, o empregado precisa definir exatamente o valor da causa na ação. Pelos honorários de sucumbência, quem perder a ação terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença para os advogados da parte vencedora.
Segundo o advogado James Siqueira, a Reforma Trabalhista resultou em uma racionalização das petições iniciais e impediu “aventuras jurídicas”. “Após a nova lei, as ações reclamatórias são mais objetivas e indicam os pedidos. Antes, pedia-se tudo, até o imaginário”, ressaltou.

Além disso, Siqueira afirma que, em alguns casos, advogados já apostam em entrar no Judiciário com requerimento de produção antecipada de provas, como previsto no artigo 381 do Código de Processo Civil. Dessa forma, afirma, o advogado consegue ter a certeza do que se está pedindo e o valor.

“Antes de apresentar a ação na Justiça do Trabalho, o advogado pede a produção da prova, sem nenhuma consequência, e entende se deve pedir aquilo ou não. É uma maneira de se certificar do pedido”, explica.

Defensor da Reforma Trabalhista, o ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), afirmou que, com a nova regra, os pedidos foram reduzidos a quase 70%. A reforma entrou em vigor no dia 11 de novembro. Segundo relatório do TST, no primeiro trimestre de 2017 houveram 3,9 milhões de pedidos, já nos três primeiros meses deste ano, a Justiça do Trabalho recebeu 1,6 milhão. Segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2016, foram apresentadas 3 milhões de novas ações, no ano seguinte foram 3,6 milhões.


Novos limites para as modalidades de licitação

Por Diogo Teles Akashi*
  
Em 19 de junho de 2018 foi publicado pelo Presidente da República o Decreto nº 9.412/2018, que atualiza os valores das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

O Decreto nº 9.412/2018 atualiza os valores das modalidades de licitação em 120% em relação aos patamares até então praticados, que encontravam-se congelados há 20 anos, o que os tornavam significativamente defasados e, por vezes, obrigava a Administração a realizar certames com custos superiores ao valor contratado.

Com efeito, a última correção se deu em 1998, através da Lei federal nº 9.648. A ausência dessa revisão não acompanhava os preços de mercado e laborava em desfavor da eficiência da gestão pública, incrementando os custos dos procedimentos administrativos.

EMBORA … E não foi por ausência de previsão legal, posto que o art. 120 da Lei nº. 8.666/1993 previu no seu art. 120 que “Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.”

Vejamos como ficaram os novos valores previstos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei de Licitações:
I – para obras e serviços de engenharia:
a) na modalidade convite – até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
b) na modalidade tomada de preços – até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
c) na modalidade concorrência – acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
 II – para compras e serviços não incluídos no inciso I:
a) na modalidade convite – até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
b) na modalidade tomada de preços – até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e
c) na modalidade concorrência – acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).

Cumpre lembrar que os valores acima devem ser sempre “estimados” durante a fase interna do procedimento licitatório e, antes de alcançar seus respectivos patamares, deverá ser providenciado novo certame público, independente de terem ou não alcançado o limite máximo de vigência de 60 (sessenta) meses, nos casos de prorrogação contratual.

Apesar de a redação do Decreto nº 9.412/2018 não indicar de maneira expressa a alteração dos limites para a contratação direta de pequeno valor (dispensa de licitação), esses também foram afetados em razão da vinculação que os incisos I e II do art. 24 da Lei nº 8.666/93 estabelecem com os limites da modalidade Convite.

O início da vigência dos novos limites será 30 (trinta) dias após a data de sua publicação, ou seja, somente a partir de 19 de julho de 2018, nos termos do art. 2º do Decreto nº 9.412/2018. 

 *Diogo Telles Akashi é advogado da Cebrasse


ANTV se reúne com ministro da Casa Civil


Entidade apresentou os problemas enfrentados pelas empresas de transporte de valores

Na quarta-feira (8), o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes de Valores (ANTV), Odair Conceição, se reuniu com o Ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Acompanhado do vice-presidente da ANTV, Paulo Cruz, e do deputado federal Arthur Maia (DEM-BA), Conceição discutiu temas da atividade de transportes de valores e da segurança privada brasileira como um todo.

O Deputado Arthur Maia fez uma exposição sobre os problemas enfrentados pelas empresas de segurança, em especial as de transportes de valores.  Em seguida, apresentou a ANTV ao Ministro. Por sua vez, o presidente da entidade, Odair Conceição, discorreu sobre as dificuldades que o segmento enfrenta em relação ao crime organizado. Conceição ressaltou que as transportadoras de valores têm enfrentado graves problemas devido à falta ou fragilidade no controle de explosivos, desde a venda do produto, transporte e armazenamento.

Diante desse cenário, a associação solicitou o apoio do Ministro. “Essa fragilidade tem desencadeado ações danosas a atividade e a sociedade como um todo, com assaltos cinematográficos e subtração de cifras milionárias. O dinheiro roubado é responsável por alimentar o restante da cadeia do crime”, explica o presidente da ANTV.

Também foi apontada a necessidade do setor ser autorizado a utilizar fuzis na proteção das bases das empresas de transportes de valores, assim como nos carros fortes quando em deslocamento intermunicipal e interestadual. “Essa é uma questão urgente. Precisamos aumentar o poder de reação quando atacados. Com isso, vamos desencorajar essa prática, que, infelizmente, tem crescido diariamente no Brasil”, argumenta Conceição.

Uma importante solução apontada pela ANTV foi a entrada em vigor da Resolução 105, que trata das questões citadas e tramita na Casa Civil. A entidade pediu atenção especial do ministro Padilha ao tema. Também foi exposta a necessidade da urgência da aprovação do Estatuto da Segurança Privada, que aguarda votação do Plenário do Senado. A comitiva da associação pediu ajuda do ministro para que a matéria seja analisada o quanto antes, considerando que ela apresenta inúmeras soluções para os problemas enfrentados pelo setor.

O Ministro Eliseu Padilha se solidarizou com as demandas. O Chefe da Casa Civil orientou que a ANTV se reúna com o Ministério da Defesa, uma vez que a Resolução 105 retornou a pasta, que será a responsável por despachar diretamente com o Presidente Michel Temer.  Em relação aprovação do Estatuto da Segurança Privada, Padilha prometeu interceder junto ao Senado.  

O Deputado Arthur Maia, a quem a ANTV agradeceu pela atenção concedida, comprometeu-se a agendar uma audiência com o Ministro da Defesa para que a entidade possa discutir a Resolução 105.

Ministério da Segurança Pública

A audiência no Ministério da Casa Civil faz parte de uma série de encontros que a ANTV tem realizado com representantes do governo. No dia 6 de junho, o presidente da associação, Odair Conceição, e os vice-presidentes da entidade Edson Pinto e Marcos Guilherme foram recebidos pelo Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Assim como na reunião desta quarta-feira, a comitiva contou com o apoio do Deputado Federal Arthur Maia (PPS-BA).



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DESTAQUES DA MÍDIA

 

09/08/2018

Gestores gostariam de ampliar o número de temporários

Por Letícia Arcoverde | De São Paulo

A maioria dos gestores brasileiros gostaria de ter entre 20% e 40% da sua equipe formada por profissionais temporários, segundo levantamento da empresa de recrutamento Robert Half. O motivo é ter maior flexibilidade na contratação para acompanhar a velocidade das mudanças de mercado. A tendência aproxima o Brasil dos números encontrados em países onde essa modalidade de contratação é usada há mais tempo.

A pesquisa teve participação de mais de 3.800 gerentes gerais e gestores de tecnologia em 12 países, 416 deles do Brasil. Atualmente, só 6% dos executivos brasileiros acham que, idealmente, sua equipe deveria ser formada apenas por profissionais em contrato permanente. A maioria vê necessidade de pelo menos 20% do time ter vínculos temporários.

No Brasil, 14% dos respondentes acham que o equilíbrio entre temporários e permanentes se faz com 10% da equipe em modelo temporário. Quando vislumbram como seria a equipe ideal daqui a 5 anos, no entanto, o percentual de respondentes que afirmam isso sobe para 26%, e cai o número dos que consideram ideal ter 20% ou 30% da equipe em contrato temporário. Para Lucas Nogueira, diretor de recrutamento da Robert Half, isso pode representar a retração da contratação com vínculo permanente em virtude da crise econômica.

Na Robert Half, empresa que tem uma área dedicada ao trabalho temporário, Nogueira viu a demanda crescer desde a reforma trabalhista e as mudanças na Lei da Terceirização, que aumentou de 90 para 180 dias o período permitido em contratos temporários e deu mais segurança jurídica às companhias. "Para as empresas, é uma tendência global, e o Brasil está começando a surfar nessa onda", diz. Na média entre os 12 países, a maioria dos respondentes se concentra em ter de 20% a 40% da equipe formada por profissionais temporários.

Para Lucas, há também uma mudança no perfil do trabalhador que ocupa essas vagas. "Não é só mão de obra operacional, há tendência de contratar mais profissionais especializados para projetos, como os da área de tecnologia, contabilidade, logística, etc", afirma.

O alto desemprego fez aumentar a disposição para atuar nessa modalidade, embora muitos ainda sejam atraídos pela possibilidade de contratação ao fim do período temporário. Na visão de Nogueira, a presença maior no mercado de trabalho de uma geração que busca resultados mais rápidos e não deseja longas carreiras em uma única empresa também contribuem para isso.


7 de agosto de 2018

Encontro mundial dos setores de
asseio e conservação

Os 25 maiores empresários do Brasil no setor de asseio e conservação se encontram em Curitiba nesta quarta-feira para uma reunião da categoria, discutindo entre outros temas, a contribuição sindical. À frente do evento está o Seac (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná), que é presidido pelo empresário Adonai Aires de Arruda, dono da gigante Higiserv. Na quinta e na sexta-feira, na Universidade Positivo, acontece um encontro mundial dos setores de asseio e conservação, o Fórum Pulire América, que normalmente é realizado na Europa e pela primeira vez acontecerá na América Latina.

Sindicatos buscam alternativas após aprovação do fim da contribuição sindical

Com o fim da contribuição sindical obrigatória, estabelecida pela reforma trabalhista – Lei 13.467/2017 – e reafirmada pelo STF no fim do mês de junho, muitos sindicatos estão tendo que se reinventar. O Sindicato das Empresas do Asseio e Conservação do Paraná, o SEAC-PR ao longo de sua história desenvolveu um modelo de gestão em que a dependência da contribuição nunca foi determinante para a manutenção do mesmo. O Sindicato, que representa o lado patronal de um dos setores que mais emprega hoje no Brasil, o de prestação de serviços, completou, em 2018, 40 anos de atuação.

Assim sendo, “O SEAC-PR, antes mesmo de decisão judicial, emitiu uma circular e isentou todos os seus associados deste ônus. As mensalidades associativas são importantíssimas, mas a prestação de serviços é um caminho fundamental e interessante, portanto, a profissionalização, os bons serviços aos associados, a criatividade e a evolução das contrapartidas asseguram a estabilidade ao sindicato e a garantia do aumento de seu quadro social e consequentemente a estabilidade”, explicou Adonai Arruda, presidente do Sindicato.

Assim, a ideia é trazer não só benefícios que normalmente estão atrelados à contribuição, mas sim serviços que tragam valor às empresas. Entre os serviços oferecidos estão cursos, palestras, descontos para grandes eventos, encontros, certificados, enfim, serviços que trazem às empresas valor enquanto negócio. “O mundo atual, em qualquer atividade ou associação, requer profissionalismo e contrapartidas. Realmente muitos sindicatos sobreviviam do imposto sindical e não davam qualquer contrapartida aos seus associados. Os sindicatos que têm prestação de serviços aos associados, assim como clubes sociais, atraem associados e não dependem assim deste tipo de contribuição”, explicou Adonai.

Setor do asseio e conservação

O setor de asseio e conservação engloba profissões na área da limpeza, como serventes, encarregados, supervisores, e outros serviços, como recepcionistas, jardineiros, copeiros, zeladores e todas aquelas que, historicamente, são tidas como mão de obra terceirizáveis e que constituem a base da pirâmide econômica. É um setor que movimenta, por ano, cerca de R$ 30 bilhões, englobando mais de 16 mil empresas e 1,5 milhão de trabalhadores, segundo dados da Federação nacional da categoria (Febrac).

No ano passado, o setor ficou evidenciado com a aprovação da lei nº 13.429, que regulamentou o trabalho terceirizado no país. Com a lei, as discussões a respeito das responsabilidade e vantagens desse tipo de trabalho entraram em pauta e, apesar de muitas pessoas associarem a terceirização à precarização, o setor de asseio e conservação mostra que essa pode sim ser uma realidade bem diferente.

Durante esses 40 anos de atuação do sindicato, que representa as empresas do setor, diversas ações foram decisivas para que esse estigma da precarização não se torne realidade, e muitas delas, inclusive, em parceria com o sindicato que representa os trabalhadores da categoria. “Sempre tentamos viabilizar projetos que beneficiem ambos os lados. Não há como privilegiar uma categoria. As empresas dependem da mão de obra dos trabalhadores, e, para isso, é preciso pensar amplamente. O sucesso de um depende diretamente do sucesso do outro. Assim, durante esses 40 anos, tivemos exemplos muito felizes disso, com um sindicato que tem saído à frente no Brasil, com ações que vem elevando a discussão sobre a terceirização”, finaliza Adonai Arruda, presidente do Sindicato desde 1996.


  09/08/18  – PESQUISAS

Setor de serviços tem melhor resultado
em meio à greve

Entretanto, incertezas em relação às eleições e ao desempenho da economia ainda afetam as expectativas dos empresários paulistanos, indica federação

RENATO GHELFI • SÃO PAULO
O setor de serviços paulistano faturou R$ 27,8 bilhões em maio, mesmo com a paralisação dos caminhoneiros, marcando o melhor resultado para o mês desde 2010. É o que indica a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), da FecomercioSP, divulgada com exclusividade ao DCI.
Na comparação com igual período do ano passado, o faturamento do setor cresceu 15,2%. Já os R$ 129,8 bilhões recebidos entre janeiro e maio de 2018 representam um aumento de 14,1% em relação aos cinco primeiros meses de 2017.

De acordo com a porta-voz do estudo, as variáveis de consumo – inflação e crédito, por exemplo – se mantiveram estáveis durante a paralisação dos caminhoneiros. “Por esse motivo, o impacto da greve para o setor não foi tão grande”, afirmou Kelly Carvalho, assessora econômica da FecomercioSP.

Além disso, a manutenção dos índices de preços em patamares baixos, a leve recuperação do emprego e a retomada da produção colaboraram para o resultado de maio, disse ela.

Para os próximos meses, a especialista espera novos avanços. “Entretanto, a incerteza ainda é grande, o que deve impedir a repetição de aumentos expressivos [como os de maio]”, ponderou. Entre as causas de insegurança, Carvalho citou as eleições presidenciais e a trajetória do PIB.
Por segmento
A pesquisa da FecomercioSP indica que mercadologia e comunicação foi o segmento do setor de serviços com melhor desse desempenho em maio, ao registrar um avanço no faturamento de 127,3% em relação a 2017.

Grande parte desse resultado se deve à inclusão, neste segmento, da atividade inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda, que antes não era considerada pela pesquisa. “Mas o resultado seria bom mesmo sem essa atividade”, disse Carvalho.

Segundo ela, os números de maio indicam que as empresas estão encontrando “estímulo econômico” para investir em propaganda e publicidade.

Também atingiram marcas expressivas os segmentos de agenciamento, corretagem e intermediação (40,1%), de educação (27,7%), técnico científico (21,1%), jurídico, econômico e técnico-administrativo (20,5) e de representação (16,3%). Por outro lado, recuaram os ganhos de construção civil (-10,9%), conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-6,4%) e saúde (-3,6%).

Já na análise por faturamento, os melhores resultados de maio vieram dos segmentos jurídico, econômico e técnico-administrativo (R$ 8,2 bilhões), serviços bancários, financeiros e securitários (R$ 4,1 bilhões) e agenciamento, corretagem e intermediação (R$ 3,1 bilhões).
Na ponta oposta da tabela estavam os ramos de representação (R$ 498 milhões) e conservação, limpeza e reparação de bens móveis (R$ 523 milhões).

CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE
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