COVID-19: MEDIDAS EMERGENCIAIS CAUSAM TEMOR DE FUTUROS LITÍGIOS

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Notícias
da Central Empresarial e seus Associados

  8
de Abril de 2020

COVID-19:
MEDIDAS
EMERGENCIAIS CAUSAM TEMOR DE FUTUROS LITÍGIOS

Raras
vezes,
juízes e advogados trabalhistas concordaram tanto quanto o
fazem agora, ao prever uma provável enxurrada de ações
reclamatórias após a crise deflagrada no país pela pandemia do
coronavírus.

Uma
clara
evidência disto veio à tona no dia 2 de abril, em nota oficial
divulgada pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça
do Trabalho (Anamatra), opinando sobre a MP 936, baixada na
véspera pelo governo.

De
acordo
com a entidade, substituir negociação por imposição é uma
afronta à Constituição, tendo em vista a fragilidade dos
trabalhadores num momento tão crucial, onde a própria
sobrevivência está em jogo.

Além
de
violar cláusulas pétreas da Carta Magna, como a
irredutibilidade dos salários – salvo convenção ou acordo
coletivo –, a Medida Provisória estaria menosprezando a
autonomia negocial das categorias, assim como a Convenção 98
da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No
lugar
de uma postura que classifica como “meramente programática”, a
Associação aponta a ordem legal estabelecida como única forma
de se garantir “uma saída mais rápida e sem traumas dessa
gravíssima crise”, com os trabalhadores e empregadores
buscando soluções coletivas.

Preocupação
semelhante
tem sido manifestada diariamente na imprensa de todo o país
por operadores da Justiça, para os quais o home office ou
teletrabalho tem tudo para ser o pomo da discórdia quando tudo
isto passar.

Embora
reconhecidas
pela Reforma de 2017 (Lei 13.467), com a responsabilidade do
funcionário de registrar a jornada de trabalho instituída pela
Lei da Liberdade Econômica (13.874), no ano seguinte, a
mudança introduzida pela MP 927 altera substancialmente estes
pontos básicos da ferramenta.

A
insegurança jurídica causada por tais mudanças atinge ambas as
partes, já que empregadores depois poderão pleitear a
compensação de horas eventualmente não trabalhadas, ao passo
que trabalhadores tendem a pedir horas extras, alegando
exatamente o contrário, em relação a jornadas excedentes.

Igualmente
difícil
será o controle de possíveis doenças ocupacionais, contraídas
em função de aspectos laborais de ordem física e psicológica
que exercer as funções profissionais no ambiente doméstico
pode causar para quem jamais cogitou esta possibilidade.

De
acordo
com os advogados, isto se deve à dispensa dos exames
periódicos dos trabalhadores, em conjunto com a postergação do
prazo dos exames demissionais, dos dez dias atuais para nada
menos que seis vezes mais.

Embora
não
se possa garantir de que forma o Judiciário vai interpretar
aspectos assim, a serem vivenciados até dezembro, que é o
prazo inicialmente previsto para a vigência do atual estado de
calamidade pública vivido pelo País, o presidente da CEBRASSE,
João Batista Diniz, reconhece o fundamento dos temores
demonstrados tanto por juízes do trabalho quanto advogados
especializados na área.

“O
governo
fez o máximo que pôde em realização a flexibilizar as relações
trabalhistas, levando em conta o emprego. Entretanto, conforme
analisou a Anamatra, levando em conta a Constituição vigente,
empregados poderão alegar o seu estado de hipossuficiência
frente ao empregador, dizendo-se pressionados a assinar
acordos individuais”, analisa.

Portanto,
o
dirigente recomenda como solução para aumentar a segurança
jurídica nas circunstâncias de hoje, dar sempre preferência às
negociações coletivas, com a intermediação dos sindicatos
laborais e patronais, cuja tutela aos seus representados
elimina a alegação de diálogo desigual.

NEGOCIAÇÃO

COVID-19:ALTERNATIVAS
À
JUSTIÇA CONVENCIONAL VIVEM MOMENTO PROMISSOR

Conciliação,
mediação
e arbitragem hoje representam quase um mantra, quando se fala
em contornar o provável excesso de demandas judiciais, após a
pandemia enfrentada atualmente em todo o país.

Quem
deu
o pontapé inicial em favor dessa tese foi ninguém menos que o
vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux,
que em matéria publicada pelo UOL no dia 30 de março, defendeu
as câmaras de conciliação como forma de resolver conflitos,
tanto trabalhistas quanto envolvendo empresas entre si.

Na
opinião
do magistrado, o momento atual requer a flexibilização de
regras estabelecidas anteriormente, o que torna propício o
estabelecimento de câmaras de mediação, com decisões aceitas
consensualmente. “Não me parece que convirja para a ideia de
justiça uma aplicação literal da lei diante de uma situação de
crise”, justificou o ministro.

Segundo
Fux,
além de esvaziar o trabalho do Judiciário, as câmaras de
conciliação trazem soluções onde as pessoas saem felizes e com
a nítida sensação de justiça feita.

“Aliás,
isso
vale para o país, nós precisamos de uma grande conciliação
democrática. É disso que estamos precisando, o diálogo
nacional entre os poderes para acalmar a população”, afirmou.


o
vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho foi além, ao
apostar na utilização da tecnologia para a materialização do
conceito. “Envidem esforços no sentido de promover, com a
participação dos interessados, por aplicativos de mensagens
eletrônicas ou videoconferência, a mediação e a conciliação de
conflitos”, defendeu o ministro Luiz Philippe.

FLEXIBILIDADE

“Mesmo
em
câmaras privadas, mediação, conciliação e arbitragem
constituem ferramentas bastantes positivas, inclusive neste
momento”, concorda a diretora-presidente da Arbitrando CMA,
empresa que desde fevereiro último é parceira da CEBRASSE,
oferecendo condições especiais aos seus associados.

Na
análise
da especialista, medidas tomadas de afogadilho, premidas pelas
circunstâncias, têm mesmo um grande potencial de gerar
litígios de lado a lado, “pois a maioria das empresas não está
faturando, enquanto os trabalhadores, por sua vez, precisam
dos seus empregos, uma combinação que requer a busca urgente
de um meio termo, deixando de lado a filosofia do a ferro e
fogo”, argumenta.

Adoção
de
home office, redução de jornada de trabalho e também de
salários formam um quadro efervescente, de fato. Tudo isso,
porém, Letícia afirma realçar vantagens inerentes aos meios
integrados para a resolução de conflitos, onde predomina a
flexibilidade, ao invés da conotação de disputa que as causas
normalmente assumem nos tribunais.

Por
todas
essas razões, a Arbitrando CMA está funcionando em regime
especial neste período, utilizando da Videoconferência para
evitar
encontros presenciais.

CONFIRA AS ÚLTIMAS
AÇÕES DA CEBRASSE EM PROL DO EMPRESARIADO, NESSE MOMENTO:


São nossas 3 ações

OPINIÃO

VÍTIMAS
DA CRISE ECONÔMICA DO CORONAVÍRUS, EMPRESAS PRECISAM
ADOTAR GUIA DE SOBREVIVÊNCIA

O JOGO DO CAPITÃO

Por GAUDÊNCIO TORQUATO

A
politização da pandemia era bastante previsível por esses
nossos trópicos. Afinal, a tensão que alimenta as correntes
pró e contra o governo Bolsonaro é detectada no radar
da política desde os idos eleitorais de 2018, e o
comportamento açodado do chefe do Estado, nos últimos
tempos, tem funcionado como lenha na fogueira. A esta
altura, não há arquitetura diplomática que consiga conciliar
as duas visões que impregnam o pensamento nacional.


De
um
lado, a banda da intelligentzia, liderada por cientistas e
especialistas, que recomenda a rígida quarentena com
ênfase nas pessoas com mais de 60 anos, e, de outro, a
ideia de abrir o portão travado da economia, com a volta
ao trabalho daqueles que não estão na área de risco,
pressupondo, ainda, a abertura das escolas e das
atividades produtivas.

  

A
primeira linha é compartilhada pelas principais lideranças
mundiais, governos e instituições, a partir da Organização
Mundial da Saúde; a segunda tem na vanguarda de defesa o
nosso presidente Jair Bolsonaro. Que quer jogar um jogo
usando suas próprias regras. Até sua fonte de inspiração e
exemplo, Donald Trump, teve que recuar de sua posição
inicial – de considerar passageiros os efeitos do
Covid-19, e aceitar o regime de quarentena nos Estados
Unidos, que agora se transformam em epicentro da pandemia.

A
tese de que a economia fechada pode ser pior que fechar a
população em suas casas é polêmica, mas a maior parte dos
pensadores, incluindo os economistas, aponta como absoluta
prioridade a luta para “salvar vidas”. Deixemos a
discussão para os especialistas e vejamos o que poderá
ocorrer ao país na roça da política, a partir das duas
correntes que continuarão a pelejar na arena da disputa
político-eleitoral.

   

Primeiro,
é
fato que o presidente Bolsonaro perde razoável parcela de
seu vetor de forças. Os governadores fazem um cerco a ele.
Os seus 30% de votos dão sinais de arrefecimento. Já não
teria hoje 57 milhões de eleitores. Seus exércitos nas
redes sociais já não mostram o sentido aguerrido dos
primeiros meses de governo. Segundo, fortes parcelas das
classes médias, que nele votaram, se distanciam de um
discurso cada vez mais assombrador. Terceiro, o Congresso,
mesmo disposto a aprovar as pautas de interesse do
Executivo, sob a sombra aterradora do coronavírus, tende a
agir com independência. Os presidentes do Senado e da
Câmara, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, fizeram duros
pronunciamentos sobre a manifestação presidencial tratando
da crise pandêmica.

O
capitão não dá sinais de que vai mudar de ação ou de
expressão. Os generais que o cercam com ele se alinham,
mesmo com imenso esforço para interpretar o que ele disse.
O vice Mourão até tentou dizer que ele teria se comunicado
mal ao ser contra a quarentena. Ora, é contra mesmo. O
ministro da Saúde, Henrique Mandetta, também tentou
driblar o verbo para não desdizer o chefe. O chamado
gabinete do ódio, com presença dos olavistas e do filho
Carlos, é quem dá o tom do discurso presidencial.

O
nó está feito. Quem poderá desatá-lo? Apenas o desfecho da
crise contém a resposta. Se a curva da morte continuar a
subir em escala progressiva e acelerada, os defensores de
rígida quarentena elevarão sua expressão. A recíproca é
verdadeira. Portanto, o resguardo da imagem presidencial
está a depender da evolução – negativa ou positiva – da
crise.

 

Os
governadores,
unidos na guerra contra a pandemia, poderão se transformar
em grandes cabos eleitorais das eleições de outubro ( se
não forem adiadas sob o calor de uma luta que deixará
marcas profundas no corpo nacional). A esfera política
tenderá a agir com pragmatismo. Nesse caso, mais adiante,
levarão para a balança os pesos a favor e contra
Bolsonaro. E se este continuar a acirrar a animosidade,
terá contra ele a maioria do Parlamento. Será muito
difícil ao presidente subir ao pódio de 2022 caso continue
a apostar no confronto com alas contrárias e a repudiar as
pressões dos conjuntos parlamentares. Claro, 2021 poderá
apresentar um PIB de índice mais elevado. Esta será a
esperança do capitão. Que já pode inserir 2020 em seu
arquivo de tempos perdidos. Mesmo com o jogo ainda no
primeiro tempo, sua posição já está reservada na galeria
dos líderes mais estrambóticos do planeta.

 

 

Gaudêncio Torquato, jornalista, é
professor titular da USP, consultor político e de
comunicação –
Twitter@gaudtorquato

ASSOCIADOS

SESCON-SP
PEDIU
E GOVERNO DE SÃO PAULO PRORROGOU PRAZOS DO ICMS E ISS PARA
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

O
SESCON-SP solicitou e o governador de São Paulo confirmou o
adiamento por 90 dias do pagamento do ICMS e do ISS para
micro e pequenas empresas, medida que João Doria definiu
como sendo “um esforço para preservar a empregabilidade”
durante a pandemia do novo coronavírus.

Em
conjunto
com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (ALESP), o
Sescon-SP havia enviado, no dia 19 de março, um ofício ao
governo de São Paulo, solicitando a adesão do Estado à
postergação anunciada pelo Governo Federal dos tributos de
sua competência para os optantes do Simples.

De
acordo
com o presidente do SESCON-SP, Reynaldo Lima Jr. esse
movimento em defesa das microempresas decorre da união das
entidades contábeis do Estado de São Paulo “com a nossa
Federação (FENACON)”.

O
ideal, segundo ele, seriam os mesmos 180 dias concedidos
pela União, “porém, compreendemos as argumentações dos
Estados e Municípios, e os 90 dias de postergação já auxilia
as MPEs”.

“As
empresas
estão sofrendo de forma dramática a redução drástica da
atividade econômica. Neste momento emergencial não podemos
complicar a vida do micro e do pequeno empreendedor. Devemos
desburocratizar e conceder benesses econômicas, e neste
ponto, parabenizamos o Governo do Estado de São Paulo”,
explicou Lima.

O
SESCON-SP possui um histórico de lutas na defesa das micro e
pequenas empresas e esta é mais uma ação em conjunto com a
FREPEM (ALESP), capitaneada pelo Deputado Itamar Borges, que
visa fomentar a simplificação, desburocratização e o auxílio
econômico frente a essa pandemia instalada.

Carla
Passos

Tendo em vista as
inúmeras dúvidas que poderão surgir a partir da
publicação da Medida Provisória 936, que trata das
medidas trabalhistas durante o período da pandemia,
publicada em 1º de abril de 2020, e da especial
relevância da temática por ela trazida, a FENEP –
Federação Nacional das Escolas Particulares,
disponibiliza à toda sua base um primeiro estudo da
inovação legislativa, já no formato de perguntas e
respostas, visando possibilitar uma melhor compreensão
da temática envolvida.


ACESSE A CARTILHA

ACESSE A MP 936/2020

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CHINA RESPONDE AS 10
PRINCIPAIS DÚVIDAS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE LIMPEZA

 

Prestadoras
de serviço chinesas compartilham com exclusividade ações
adotadas durante o ápice da epidemia do coronavírus.

 

Em
dezembro de 2019, a província de Wuhan, na China,
identificava pela primeira vez um caso de infecção pelo
novo coronavírus. Desde então, já se passaram três meses e
mais de 32 mil pessoas já morreram no mundo, com registro
de 697 mil infectados em decorrência da Covid-19, doença
causada pelo tecnicamente chamado SARS-CoV-2.

Em
meio à pandemia, e aos mais de quatro mil casos já
confirmados no Brasil, o mercado brasileiro de limpeza
busca respostas: para agir corretamente; para orientar
parceiros, clientes e colaboradores; e para reforçar a
limpeza como a arma mais eficaz no combate à proliferação
da doença.

 

Por
isso, o Portal da revista Higiplus ouviu
o segmento, agrupou as dez principais dúvidas, e agora
traz com exclusividade as informações obtidas por
entrevista com duas prestadoras de serviço chinesas. Elas
viveram de perto o pico da epidemia e agora compartilham
com o mercado sul-americano suas experiências e
conhecimentos fundamentais para vencer esta pandemia.

 

Portal
Higiplus:
 O que as empresas de serviços
adotaram como protocolo na desinfecção de ambientes
contaminados e não-contaminados? Quais os produtos,
processos e equipamentos que melhor funcionam?

Empresas
de Limpeza da China:
 No dia-a-dia, adotamos o
uso de máscaras, óculos, luvas de proteção e roupas
especiais. Os veículos são desinfetados antes e depois da
operação, com desinfetante à base de hidróxido de cloro
(5%) diluído 1: 100, e é disponibilizado álcool 75% para
desinfecção da equipe. Podem ser usados desinfetante de
250-500mg/l ou 500mg/l e álcool a 75% para borrifar e
desinfetar recipientes de lixo, áreas de escritório,
instalações públicas etc.

Em
relação aos procedimentos, a equipe de limpeza primeiro
executa a higienização e o transporte do lixo doméstico
dos recipientes para o local onde o caminhão fará a coleta
e, após, realiza uma operação de desinfecção, usando uma
solução desinfetante Tipo 84 (exclusivo de fabricação
chinesa) a 5% ou peróxido de hidrogênio na proporção de 1:
100. O lixo deve ser limpo no local, e o recipiente de
descarte e seus arredores devem ser desinfetados ao mesmo
tempo. Se o chão estiver muito sujo, é adicionado
desinfetante ao tanque de água do carrinho de limpeza. Ao
coletar o lixo, primeiramente o recipiente é pulverizado e
desinfetado, o saco é recolhido e, por fim, o recipiente é
pulverizado e desinfetado novamente. O lixo esporádico no
chão, especialmente máscaras descartadas, deve ser
recolhido com alguma ferramenta e não diretamente com as
mãos.

 

Para
limpeza externa mais pesada, atualmente existem dois tipos
de veículos mais eficazes, limpos e seguros: um pequeno
caminhão para limpeza de alta pressão, que inicia a
operação para desinfetar todos os contêineres de lixo a
partir das 7h30 da manhã; depois, das 10h às 16h, outro
caminhão pipa que usa água e desinfetante à base de
hidróxido de cloro para pulverizar e desinfetar as
superfícies das ruas principais e secundárias.

 

Em
locais fechados, como escritórios, foi adotado o teste de
temperatura em todos os colaboradores duas vezes ao dia,
desativados pontos eletrônicos por impressão digital,
providenciada boa ventilação (preferencialmente natural)
e, durante a epidemia, o ar condicionado foi estritamente
proibido para evitar contaminação cruzada, com dutos de ar
de retorno fechados. No mais, foram fornecidos todos os
equipamentos e suprimentos necessários à lavagem das mãos.
Quanto à higienização destes locais, a limpeza e
desinfecção foi aplicada às estações de trabalho,
elevadores, banheiros, pias, maçanetas e outras peças de
contato frequente. Também é fundamental a disponibilização
de caixas de reciclagem especiais para máscaras (em
escritórios, empresas e também em locais públicos), bem
como o gerenciamento e coleta adequada deste resíduo.

 

PH: Por
ser tratar de um vírus, houve a adoção da “limpeza
terminal” (padrão realizado em hospitais) nos escritórios
e demais ambientes? Se não, quais os processos e
princípios ativos mais utilizados nesses ambientes?

ELC: A
“limpeza terminal” não foi usada em escritórios ou outros
ambientes. Em um ambiente fechado, a desinfecção de
superfície com desinfetantes que contêm cloro foi
comumente usada. Assim, para escritórios, recepções e
banheiros públicos são frequentemente usados ​​sprays de
superfície para borrifar o desinfetante: limpe com um pano
ou borrife com 250-500 ml/l de água sanitária, e depois
desinfete o equipamento com álcool a 75%. Os ingredientes
ativos comumente usados ​​são o desinfetante de cloro
500-1000mg/l, ou produtos locais como desinfetante Tipo
84, a 250-500mg/l ou a 500mg/l.

 

PH: 
POP (Procedimento Operacional Padrão) de higienização e
desinfecção criado para ambientes/áreas críticas? Eles
foram padronizados para todo o país? Como isso foi feito?

ELC: A
província de Wuhan (epicentro do coronavírus) formulou
padrões de desinfecção para áreas-chave, como locais onde
ficam concentrados contêineres de lixo e áreas adjacentes,
caminhões de coleta e áreas de quarentena. Em cada cidade,
os padrões foram formulados pelo governo local, e de
acordo com as condições reais, por isso estes
procedimentos não foram uniformizados em todo o país.

 

PH: O
surgimento do coronavírus culminou na criação de alguma
nova tecnologia para limpeza? Mudaram os produtos
utilizados atualmente? Vocês têm, por exemplo, alguma
experiência com ozônio ou vapor durante o processo de
limpeza?

ELC: Não
temos experiência com ozônio ou vapor na limpeza. Mas
houve a utilização de pulverizadores à gasolina, com
volume de spray de 80 litros de água por hora (imagem de
referência abaixo), o que melhorou muito a eficiência de
trabalho em relação aos pulverizadores tradicionais No
mais, atualmente não há novas tecnologias na limpeza
contra o vírus, mas roupas de proteção médica estão
disponíveis para evitar riscos biológicos. Todos os
profissionais de limpeza devem usar roupas de trabalho à
prova d’água, botas de chuva compridas, máscaras de
proteção, luvas e sabão líquido para as mãos (ou álcool
gel) e desinfetante. E fazer a desinfecção completa do
equipamento de proteção após cada trabalho.

 

PH: As
empresas da China criaram treinamentos específicos para
preparar os trabalhadores da limpeza para o combate à
epidemia? Como fizeram para treinar os profissionais em
tempo hábil e com o contato entre as equipes reduzido?

ELC: Foi
fornecido treinamento especial e houve dois métodos
principais de treinamento: um foi distribuir materiais em
espaços abertos, explicá-los no local e realizar operações
de campo; outro foi compartilhar vídeos de proteção,
operação e informações por meio de grupos WeChat (similar
ao WhatsApp) e documentos relacionados. O ideal também é
designar uma pessoa especial para realizar inspeções, e
verificar se todos compreenderam as informações que lhes
foram transmitidos.

 

PH: Como
fizeram para repor trabalhadores afastados ou para
contratar mais pessoal? Como resolveram o problema da
mão-de obra-reduzida?

ELC: Devido
à prevenção e controle eficazes, não possuímos
funcionários infectados até o momento. Além disso, durante
a epidemia, a cidade adotou um modelo fechado de
prevenção: pessoas só entravam ou saíam dos condomínios
com autorização, o que fez com que a sujeira das ruas
diminuísse e, portanto, a força de trabalho fosse
suficiente. No caso de haver escassez de pessoal em algum
período crítico, administrativos como gerentes também
foram envolvidos na linha de frente, e instituições
públicas e pessoas da comunidade poderiam ser mobilizadas
para auxiliar no recrutamento. Caso houvesse escassez
neste grupo também, havia a possibilidade de contratar
pessoal temporário.

 

PH: Como
lidar com o medo dos trabalhadores de contrair a doença? O
que utilizaram para proteger estes trabalhadores contra
riscos biológicos? (protocolos, equipamentos etc.).

ELC: Em
termos de materiais, a segurança dos trabalhadores é feita
por uma série de ferramentas de desinfecção e
esterilização fornecidas, como máscaras, roupas de
proteção, desinfetantes, luvas etc.

Em
termos de segurança social, ao adquirir o seguro médico
básico para os trabalhadores, nossa empresa prontamente
adquiriu um seguro para acidentes também.

 

Em
termos de saúde psicológica, foi promovido amplo
conhecimento sobre o novo coronavírus para membros de toda
a equipe, dos altos setores administrativos aos
trabalhadores da limpeza, para que compreendessem as
características do vírus e dominassem os requisitos de
proteção. Também houve consulta regular à saúde dos
funcionários, medição de temperatura corporal com
termômetros infravermelhos portáteis duas vezes ao dia e a
promoção e entrega diária de todos os itens que os
trabalhadores precisem.

 

Foi
adotado, por fim, um método para reduzir o horário de
trabalho, que garante que o lixo e máscaras descartadas
sejam coletados e transportados a tempo de evitar a fadiga
excessiva e de reduzir os riscos de trabalho para os
funcionários. Eles, por outro lado, também demonstraram
sua total determinação em vencer a luta contra a epidemia.
Com a vida segura, corpo e mente ficaram felizes.

 

PH: Como
é feita a desinfecção no transporte público? (trens,
metrôs, ônibus). E para outras grandes espaços públicos?

ELC: Hospitais,
aeroportos
e locais com muita circulação de pessoas utilizam solução
de desinfecção com dióxido de cloro para desinfecção, e
pulverizadores portáteis de tubo duplo (similares à imagem
já citada acima e imagem abaixo) para desinfetar de forma
completa salas de espera, chão, assentos, elevadores etc.

 

Para
pulverizar solução desinfetante atomizadora nas praças,
estradas ou ruas podem ser utilizados caminhões pipa com
varredeiras, veículos de limpeza de alta pressão ou mesmo
caminhões de pulverização de água, como os de rega de
plantas (imagem abaixo). Também há a opção de caminhões
com canhão pulverizador.

 

Para
veículos em horário de operação, é necessária desinfecção
após cada viagem (para veículo e cabine) com desinfetante
com teor efetivo de cloro de 500 mg /l. Já para veículos
que retornam às garagens após concluir operações no fim do
dia, é necessária uma desinfecção profunda: mergulhar o
esfregão em desinfetante de 500 mg/l por 30 minutos e
depois desinfetar o veículo com esfregão molhado. Para
corrimãos, portas, assentos etc. que entram em contato com
público denso, o pano deve ser embebido em desinfetante de
500 mg/l por 30 minutos, depois aplicado para limpeza e
desinfecção, sendo selado por 30 minutos após a
desinfecção e ventilado.

 

Quando
há poluentes (sangue, secreções, vômitos e excrementos)
nos meios de transporte, como trens, carros, metrôs,
aviões etc., eles devem ser completamente cobertos com pó
desinfetante ou alvejante que contenha ingredientes
absorventes de água. Após, é despejada uma quantidade de
2000mg/l de desinfetante com cloro em um material
absorvente de água por mais 30 minutos (ou toalha seca que
possa atingir um alto nível de desinfecção) e a sujidade é
removida com cuidado. O ideal é evitar o contato com esses
potenciais contaminantes durante o processo de remoção,
lembrando que este material deve ser descartado como lixo
médico. Após a remoção, pulverizar a superfície dos
objetivos contaminados com uma solução desinfetante de
2000 mg/l de cloro e limpá-lo. Lembrando também que, para
aeronaves, os tipos e dosagens dos desinfetantes devem
estar em acordo com a agência regulamentadora local.

 

PH: Houve
algum apoio do governo (financeiro ou outros) às empresas
de limpeza?

ELC:Em
regiões como Shenzhen e Hangzhou foram fornecidos
subsídios financeiros. Alguns governos também forneceram
produtos de limpeza e materiais antiepidêmicos, apoiaram a
prevenção e controle da epidemia, e apoiaram a retomada da
produção e dos negócios. Houve ainda redução de impostos,
políticas de redução de preços e empréstimos com baixas
taxas de juros.

 

PH: O
que recomendam para o Brasil, um país com grande extensão
territorial, população com grande desnível cultural e
financeiro, falta de recursos e de infraestrutura
hospitalar para atender uma demanda de coronavírus?

ELC: Sobre
o Brasil, antes de tudo o país precisa entender a
seriedade dos perigos do coronavírus. É preciso despertar
a consciência das pessoas para trabalharem juntas no
combate à epidemia e para obedecer às exigências políticas
do país. Em segundo, o Estado deve controlar em tempo
hábil as áreas com epidemias mais severas, concentrar-se
para garantir suprimentos adequados ao setor médico e de
saúde, e controlar a movimentação de pessoas. Finalmente,
todos os setores do governo, dos altos escalões aos
governos estaduais e municipais, devem trabalhar juntos
para fazer com as necessidades diárias da população sejam
atendidas. E pedir ajuda a outros países, se for preciso.

 

Fonte:
Empresas chinesas Hubei Xinxingjei Environmental
Technology e Mindge Group, e do Manual de Orientação
sobre Defesa Epidêmica da Hubei Xinxingjei.

Matéria
produzida e publicada pela Revista Higiplux, em
26/03/2020. Dados estatísticos sobre coronavírus
atualizados em 30/03/2020


TÉCNICO DE LIMPEZA DA
ABRALIMP FALA SOBRE COMO EFETUAR A LIMPEZA CORRETA DO
LAR


https://revistahigiplus.com.br/abralimp-na-tv-globo-informacoes-fundamentais-sobre-limpeza-no-combate-ao-coronavirus/?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=News-Higiplus-Marc

DESTAQUES DA MÍDIA

 

LAÉRCIO É AVALIADO COMO O MELHOR PARLAMENTAR
DE SERGIPE, SEGUNDO O RANKING DOS
POLÍTICOS


O deputado federal
Laércio Oliveira aparece em primeiro lugar em Sergipe
entre deputados e senadores no ranking dos políticos,
um site que foi criado para fornecer informações sobre
quem é quem no Congresso Nacional. “A pontuação dos
políticos é definida de acordo com os dados que
obtemos sobre gastos, assiduidade, fidelidade
partidária e processos judiciais. Consideramos como
válidas as informações vindas de fontes oficiais, como
sites governamentais e de veículos de mídia de
primeira linha”, informa o portal.

O maior destaque do parlamentar foi na qualidade
legislativa. “Avaliamos as votações das leis mais
relevantes do Congresso. As pontuações são definidas
por nosso Conselho de Avaliação de Leis levando em
conta principalmente sua contribuição para o combate à
corrupção, aos privilégios e ao desperdício de
recursos públicos”, informa o portal.

Outro critérios avaliados no ranking são processos
judiciais, gastos de verbas, privilégios e presença em
sessões. O portal classifica os senadores e deputados
federais do melhor para o pior. “Se votarmos em massa
nos melhores, incentivaremos uma melhoria no panorama
político do Brasil. Nossa meta é oferecer informação
para ajudar de forma objetiva as pessoas a votarem
melhor”, explica texto do portal.

“Combate à corrupção, ao desperdício de recursos
públicos sempre foram a tônica do meu mandato. Fico
muito feliz quando o trabalho realizado é avaliado
positivamente. Procuro sempre votar de acordo com os
interesses da sociedade, gastar o mínimo possível das
minhas verbas de Gabinete para fazer o melhor
trabalho. Procuro apresentar projetos e relatá-los
pensando na contribuição com a melhoria da qualidade
de vida do povo do Brasil e especialmente de Sergipe”,
afirmou Laércio.

CONFIRA

EMPRESÁRIOS QUEREM MANTER BENEFÍCIOS DO GOVERNO
APÓS FIM DA CRISE DO CORONAVÍRUS

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GOVERNO LIBERA SAQUE DE R$ 1.045
DO FGTS A PARTIR DE 15 DE JUNHO

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AUXÍLIO EMERGENCIAL DE R$ 600

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