Presidente da Cebrasse defende a desoneração da folha para maior estímulo ao setor de serviços

0
111
Presidente da Cebrasse defende a desoneração da folha para maior estímulo ao setor de serviços

O governo elevou, novamente, a projeção da inflação para este ano. A estimativa para o Índice de Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,90% para 7,90%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que embasa o reajuste do salário mínimo, deverá fechar 2021 em 8,40%, segundo a nova grade de parâmetros macroeconômicos divulgada essa semana pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia.

Mesmo diante do cenário de pandemia e inflação, a atividade de serviços prestados às famílias impulsionou o setor de serviços em julho para a quarta alta seguida no volume, iniciando o terceiro trimestre no patamar mais elevado em cinco anos. O volume de serviços cresceu em julho 1,1% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o presidente da Cebrasse, João Diniz, isso só comprova a capacidade de recuperação e empregabilidade do setor e defende que deve haver um maior estimulo ao emprego através da desoneração da folha. “O setor de serviços é o principal empregador e está puxando a economia. Então na medida que existe uma desoneração da folha, que atualmente tem uma tributação 43%, vai girar cada vez mais a economia que vai além das contratações”, disse João, frisando ainda que é importante desonerar todos os setores e não somente os 17 que pedem a prorrogação por mais 5 anos.

“Seria o crescimento em cima do crescimento. O serviço já é a locomotiva do crescimento da economia e na medida em que se baixa a carga tributária e se fomenta cada vez mais esse tipo de crescimento, que tem uma base voltada para o social, que é o emprego”, observa Diniz, afirmando ainda que a maior empregabilidade significa maior consumo e maior arrecadação. “Então é uma coisa em cadeia puxando a outra”.

Mais números

Os dados do IBGE deixou o setor 3,9% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e também no nível mais alto desde março de 2016. Das últimas 14 taxas, apenas uma foi negativa. Os serviços de caráter presencial vem recuperando perdas, mas ainda estão abaixo do nível pré-pandemia. Mas há outros que estão acima e colocam julho no maio patamar desde março de 2016.

Nos últimos meses o setor de serviços vem sendo beneficiado pelo avanço da vacinação no país, o que permite a reabertura da economia e favorece os serviços de caráter presencial. Com isso, vem havendo um deslocamento dos gastos das famílias de bens para serviços, embora o setor ainda esteja 7,7% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.

Os desempenhos que mais chamaram a atenção foram de hotéis, restaurantes, serviços de buffet e parques temáticos, mas apesar disso os serviços prestados às famílias ainda estão 23,2% abaixo de fevereiro de 2020, sendo a única das cinco atividades que ainda não superou o nível pré-pandemia.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here