Uso de energia solar, gestão de água e papel: Sebrae aponta como está a sustentabilidade em PMEs

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Energia Solar

Os dados revelados pela Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, do Sebrae e IBGE, mostram preocupação de pequenas e médias empresas com a sustentabilidade

Os donos de pequenos negócios no Brasil estão mais conscientes sobre a necessidade de adotar ações ligadas à sustentabilidade em seus empreendimentos, é o que mostra um levantamento do Sebrae em parceria com o IBGE. Das micro e pequenas empresas participantes, 74% implementaram o controle do consumo de energia. Já o uso de energia solar é adotado por 14% dos negócios.

Os dados revelados pela Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios mostram que existe uma preocupação das MPEs também com outros aspectos da sustentabilidade, como o controle no consumo da água, observado por 65% das empresas, na gestão do consumo de papel, praticada por 62%, e na separação para a coleta seletiva de lixo, implementada em 55% das micro e pequenas empresas.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esses números confirmam a preocupação que entrou definitivamente no dia a dia da gestão dos pequenos negócios. “Seja pela pressão dos consumidores, que estão cada vez mais atentos às práticas ambientais e sociais das empresas, seja pela necessidade de reduzir os custos de operação, a sustentabilidade se impõe agora como uma das principais missões de quem empreende”, comenta.

Apesar dos avanços, o levantamento mostra que as pequenas empresas precisam amadurecer outras práticas sustentáveis relevantes. O aproveitamento da água da chuva, por exemplo, é feito por apenas 9% das companhias.

A equipe do Sebrae destaca ainda que há empresas que nascem de olho na sustentabilidade. Um exemplo é da Origem Compostagem, fundada por Yasmim Rojas Fonseca. A empresa, criada em fevereiro de 2020 em Cuiabá, Mato Grosso, trabalha com a destinação de produtos orgânicos.

Em dois anos de atividade, a Origem Compostagem atende mais de 200 residências e, em 2022, ampliou o número de micro e pequenas empresas atendidas. A coleta do material é feita por bairro. A empresa deixa o recipiente no local e depois volta para buscar o resíduo orgânico.

O material vai para a compostagem no pátio da empresa onde fica por 120 dias, em média, para virar adubo. Todo mês o adubo é devolvido para os locais onde foram feitas as coletas. Mas como a empresa produz uma enorme quantidade de adubo, uma parte é destinada para os agricultores familiares da região.

“Eu costumo falar que a nossa empresa é um negócio regenerativo que faz parte do sistema ganha-ganha-ganha. A empresa ganha quando tem lucro. A sociedade ganha quando a gente deixa de encaminhar toneladas de resíduos orgânicos para os aterros e lixões e quando doamos parte dos adubos incentivando a economia local, emprego e renda. E o meio ambiente ganha quando deixamos de contribuir com gases de efeito estufa e incentivamos a educação socioambiental nas pessoas”, diz Yasmin.

Confira números da pesquisa do Sebrae

  • 74% das micro e pequenas empresas implementaram o controle do consumo de energia.
  • 65% das MPEs adotaram o controle do consumo de água.
  • A gestão do consumo de papel é adotada por 65% dos pequenos negócios.
  • 55% das MPEs praticam a separação para a coleta seletiva de lixo.
  • O uso de energia solar é adotado em 14% dos pequenos negócios.

Fonte: Boletim Selur/Selurb

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